Se é para descentralizar funções, não se precisa de Primeiro-Ministro
O Parlamento eleito mantinha os poderes, os ministérios passavam a ter uma gestão profissional sem a entourage néscia de ministros e secretários de estado, consequentemente terminava a figura de Primeiro-Ministro, bastando-nos ter um Presidente da República a fiscalizar e coordenar a actividade de todos os ministérios de acordo com as directrizes decididas pelo Parlamento. As câmaras municipais ficavam com a execução de todas as tarefas que esses ministérios enviariam através de notas, não de dinheiro, mas informativas por correio interno. Se é para termos um Primeiro-Ministro corta-fitas, é sempre preferível ter unicamente o Presidente da República para utilizar a "tesoura para cortar a fita". A designação, Presidente da República, granjeia mais notoriedade e prestígio junto do cidadão e na representação da nação junto de outros países.
Nesta nova reorganização da estrutura governativa seria uma boa oportunidade de haver poupança no orçamento direccionado para suportar a máquina governativa central que é um sorvedouro de dinheiro dos impostos dos cidadãos, para além de finalmente elegermos deputados para governar o país.
A regionalização foi declinada no referendo, porém este António Costa insiste em dividir em pedacinhos aquilo que nunca se quis que acontecesse. A descentralização que quer implementar não é mais do que tornar ainda mais um país mais desigual, desorganizado e consequentemente ingovernável. É uma descentralização para que os ministérios tenham orçamentos sem défice, passando para a administração pública local os encargos financeiros, os quais não serão totalmente cobertos pelas transferências financeiras dos ministérios. A maioria absoluta vai ser uma forma de concluir a criminosa descentralização. Virá com a resposta que os portugueses votaram no seu programa eleitoral em constava este logro. Todavia, o António Costa nunca respeitou de facto a decisão dos portugueses relativamente à regionalização, chamando de uma descentralização àquilo que está a ser uma regionalização encapotada em que não segue uma matriz em benefício dos cidadãos mas sim para trabalhar os seus indicadores de falsa boa governação
Aflige-me este esquartejar de Portugal e parece que só alguns estão preocupados, logicamente que os sequazes seguem sem pestanejar as ordens.
A democracia precisa de defesa constante. Não pode ser um sistema de egos, o Parlamento, as instituições democráticas deviam ser mais incisivas na defesa das decisões dos cidadãos limitando o ego de cada chefe de Governo sob pena de se cometer muitos erros governativos que tornam um país inoperacional para que o Primeiro-Ministro alcance os sucessos políticos sacrificando o desenvolvimento de um país cada vez mais dividido por peças ligadas entre si com arames muito frágeis.