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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Quem serão os próximos Bandeirantes?

"(...) Povos incultos não sabem por vezes distinguir o seu país do seu rei; ambos são grandes e bondosos, terríveis e grandes."

Rainer Marie Rilke, Histórias do Bom Deus

 

No século XVIII Portugal enfrentava a concorrência feroz dos impérios inglês, holandês e francês no comércio do Oriente originando a diminuição de lucros para a coroa portuguesa, assim para minimizar as perdas financeiras houve uma aposta maior na exploração dos recursos naturais que o Brasil tinha.

Os Bandeirantes tiveram um  importantíssimos papel para que a coroa portuguesa recuperasse o poderio financeiro, pois eles é que foram explorar o interior do Brasil à procura de minas de ouro, pedras preciosas e de mais índios para os converter como escravos.

Perante este beco onde o António Costa colocou a aprovação deste Orçamento de Estado,  gostava de saber quem serão os Bandeirantes que irão salvar o António Costa desta encruzilhada em que se colocou.

Um mau primeiro-ministro é sempre autor de maus Orçamentos de Estado. Foram os anteriores e este não é excepção. 

Porém,  tanto vilipendiou quem lhe deu as mãos, os braços, ou melhor o corpo todo, chegaria algum dia este cenário de não ter parceiros de geringonça em que o combustível que os fazia mover era o evitar que a direita voltasse a governar Portugal.  Mas esta desculpa começa a desvanecer como acontece em todos os casamentos celebrados por casais a viver o fulgor da paixão quando dão por si estão a assinar o divórcio,  uma vez que a paixão não se transformou em amor. 

A história é cíclica.

D. João V, o rei absoluto, a governar sem convocar as Cortes, comprou com a riqueza vinda do Brasil a  Nobreza e o Clero, exigindo que fossem obedientes. O ouro do Brasil foi a bazuca de D. João V. 

O Primeiro-Ministro António Costa diz que não se demite,  mesmo com a dissolução da Assembleia da República, por via de não ser aprovado na generalidade o OE 2022.

Obviamente, assim pode continuar a tomar medidas que beneficie a sua "clientela", para além de celebrar acordos tendenciosos para aplicação dos fundos da bazuca, em que um governo demissionário está proibido de fazer,  apenas pode fazer gestão corrente dos assuntos do Estado.

Sendo certo que comprou os seus parceiros parlamentares de aprovação de orçamentos de Estado e agora achava que seriam eternamente obedientes.  O António Costa agora que tem bazuca, falta-lhe os Bandeirantes para se aventurarem na exploração das oportunidades de criar aldeias nas bancadas do Parlamento para hastearem lá  as suas bandeiras para fazerem um enorme favor à  Corte socialista de Costa e seu Governo. Estamos em plena monarquia absoluta e nem sabíamos. A este primeiro-ministro só lhe falta ter um coche ornamentado e luxuoso para ser o D. João V na era republicana. 

 

Fazendo uma leitura rápida do ponto de situação da aprovação do OE 2022 verifica-se que há um Bandeirante a destacar-se que é nada mais nada menos que o Presidente da República. 

Entretanto, surgiu um Bandeirante de última hora: o Presidente da Região Autónoma da Madeira. Até ver são poucos. Resta esperar se surgem outros Bandeirantes com um "golpe de mágica". Nunca se sabe.

O que se sabe verdadeiramente é que não iremos ter um primeiro-ministro a demitir-se.

Os Reis não pedem a demissão. No máximo, abdicam! Nada de novo no Reino de António Costa. 

 

 

 

 

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