Pneumologista Filipe Froes: "Não houve uma estratégia clara no desconfinamento."

“Falhámos, desconfinámos com novos casos a rondar os 200 e não valorizamos os assintomáticos.”

in Observador (ler a notícia na íntegra aqui)

6 comentários

Vagueando 01.07.2020

Também achoque não e já li a notícia. Resta saber se é possível conceber uma estratégia ou seja, se há conhecimento técnico e científico que permita conceber essa estratégia e colocá-la em prática.
/i. 01.07.2020

Olá, Vagueando.
O desconfinamento começou mal com as atitudes de Marcelo e Costa. Foram para a praia, café e afins. Percebo porque é dinheiro a sair e pouco a entrar nos cofres do Estado. Desesperadamente andaram a promover as saídas. Parecia que a covid-19 tinha eclipsado.
Esqueceram-se dos transportes públicos, as pessoas não são todos funcionários públicos... e não podem dar-se ao luxo de ficarem em casa e há empregos que não é possível estar em teletrabalho.
Enfim. É complicado, porém o Costa e sua equipa (que as direcções de hospitais, e ars e afins são chefiados por pessoas nomeadas pelo governo) já se provou que não são capazes de governar no lodo... ou seja, no caos.
Vagueando 01.07.2020

Marcelo e Costa como políticos mundiais valem zero. Dizer que foram os culpados do desconfinamento também tem que se dizer que foram os culpados do confinamento. Olhando o problema de uma perspectiva mais global que é a que me interessa, porque bem podia o Costa e o Marcelo terem feito tudo bem, melhor muito bem, melhor ainda, de excelência (que é o termo adequado à actualidade) que não nos valia de nada, porque o vírus desconhece fronteiras nem escolhe ricos nem pobres.
Dito isto, se o Mundo está como está, se os políticos foram numa direcção ou noutra, se recuaram ou avançaram, se confinaram, se não confinaram, se desconfinaram bem ou mal, fizeram-nos sempre com base nos conselhos dos especialistas e cientistas.
Acredidanto que estes últimos regem-se por critérios matemáticos e científicos, só posso concluir que, desta vez, os políticos são as vítimas a par das populações.
Os políticos serão sempre julgados negativamente (mesmo que as suas decisões tenham sido as mais correctas). As populações sofrem na pele o desemprego (devido ao confinamento) ou com a doença por via do desconfinamento.
A comunidade médico/científica que se dizia tão desenvolvida, está completamente atarantada.
Resta falar dos restantes poderes, os media, que já reconheceram que levaram as pessoas a confinar-se, mesmo antes de existir ordem para tal e as teconólgicas que estão perante uma oportunidade única de testar a eficácia do tele-trabalho e dos que nos propõem vender.
O que me parece é que a coisa, infelizmente, está para durar e nem a OMS, nem os países mais ricos do mundo e mais desenvolvidos do Mundo conseguem desenvolver uam vacina ou um medicamento e isto não é política é a realidade factual, nua e crua e altamente dolorosa.
/i. 02.07.2020

Vagueando, peço desculpa ter apagado a minha resposta porque estava confusa.
Agora sim a resposta "limpa".

Concordo consigo.

Acrescentaria o seguinte: sempre achei que o governo deveria ter montado um gabinete de crise interdisciplinar antes mesmo que existissem casos. E depois já tudo oleado quando começasse a aparecer casos estaría a receber e monitorizar os dados bem como ativamente a controlar e avançar com medidas necessárias e fundamentais para conter a pandemia. E não teria problemas em adoptar medidas drásticas com peso e medida (sanitárias, económicas), porque não governaria para se manter no lugar e antes para evitar um colapso.
Não há uma coordenação capaz, dentro da imprevisibilidade do vírus. Nem houve no confinamento e nem no desconfinamento.

A OMS deveria sofrer uma drástica reforma.

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