P&O na Planície: Bom Fim de Semana 80
P&O na Planície: Bom Fim de Semana 80 = Semana difícil com emoções fortes!
Finalmente, o homicídio hediondo praticado por sádicos pagos com o dinheiro dos contribuintes saiu da gaveta passando a ser divulgado pelos vários pivôs nos serviços noticiosos televisivos.
O Natal está a aproximar-se a passos apressados mas mesmo assim o Edu Cabrita continua enCOSTAdo. Ainda bem. Em tempo de Cabrito todos fazem falta para fazer número à mesa da última consoada governativa de Geringonça.
A TAP a voar rasteiro. Dizem que só voará alto com o muito dinheiro a voar dos bolsos dos contribuintes. A TAP é mais uma filha problemática para os pais contribuintes portugueses. Nós, pais contribuintes, só criamos, alimentamos filhos problemáticos: RTP, BPN, BES, CP....
No meio destes turbilhões de emoções, as lágrimas aparecem inesperadamente! A comoção tomou conta da Ministra da Saúde sem evitar as palavras soluçadas sintonizadas com a voz embargada liderada pelos olhos humidamente salgados conseguiu ler o texto preparado para a ocasião. Está a caminhar em cima de brasas incandescentes, cansada de fugir para não se queimar, descontrolou-se. Ser Ministra da Saúde num país com prioridades invertidas, onde o dinheiro necessário não chega, só chega uma parte para que nunca falte o dinheiro nos e para os lobbies, é complicado. E com uma pandemia em velocidade de cruzeiro, as lágrimas de sobrevivência perante a angústia de tantas pessoas que têm falecido ou vão morrendo aos poucos. Esta estatística na sua bagagem ninguém lhe a tira: Há mais de 70 anos que Portugal não tinha tantos mortos como em 2020.
Chorar em público pode ser um acto de desespero para ir atrás da empatia que nunca conseguiu transmitir aos cidadãos portugueses. É tarde. E a Ministra sabe disso. A empatia nasce connosco. É possível fingir, porém mais cedo do que tarde sentimos que está a ser empática de forma fingida.
A última vez que eu chorei em público durante um momento bonito, algo que tento com todas as minhas forças evitar, foi uma premonição que não desejei sentir, as lágrimas reprimidas até ao segundo seriam de uma infelicidade com ano e dia marcados. Nos momentos felizes surge uns minutos em que o sofrimento surge para nos alertar que esse momento vai ter uma despedida mais cedo do que se imagina.
A Marta despediu-se ali, no Instituto Ricardo Jorge, não sabe quando, mas as lágrimas mandadas pelo subconsciente sabem que o dia e a hora estarão marcados para terminar o seu compromisso de ser Ministra da Saúde.
A semana ainda foi colorida com as parolices do Marcelo Rebelo de Sousa. Foi a uma pastelaria oficializar a sua candidatura à boca das urnas. É pena a pastelaria não ter churros, pois o Marcelo transformou numa feira o seu mandato, bem como o anúncio da sua recandidatura.
E a entrevista que deu na SIC?
Ah a entrevista... foi um veste e despe de casaco: ora era presidente em funções, ora era comentador político, ora era professor, ora era coisa nenhuma: simplesmente alguém que moveu-se sempre bem nos bastidores (Estado Novo) e na ribalta (Democracia) da política à portuguesa.
A flor está sempre de mão dada na despedida.
Esta flor pertence à Marta.
Por sua vez, esta flor vai juntar-se às outras todas que a TAP colecciona. A sua despedida está sempre a acontecer!
E o Marcelo Rebelo de Sousa não tem direito a uma flor? Nunca se despediu. Os portugueses deram-lhe sempre o palco político, a plateia das audiências televisivas. Nunca fará a despedida, infelizmente.
Boa semana para todas(os), dado que o fim de semana está a terminar!