P&O na Planície: Bom Fim de Semana 74
P&O na Planície: Bom Fim de Semana 74 = Os olhos da maioria dos portugueses estão sempre fixados em acontecimentos, situações ou problemas que invariavelmente são superficialidades baseadas em informações distorcidas que estão vertidas no título da notícia. Gostam de perder tempo com a pequenez das coisas do dia a dia que fazem com que se desviem das reais preocupações. É um comportamento típico de adolescente: só fazem drama com criancices. Ou pior centram as suas atenções em "mariquices" que servem para não enfrentar os nossos maiores problemas: a nossa classe política que nos governa neste momento. Reparem como não escrevi "os políticos", mas sim a "classe política". O que o Ministro da Defesa Cravinho diz é lei para mim. Quem não deve estar muito contente é a minha professora de português A: dava-me na cabeça para enriquecer o meu vocabulário formal e quase sempre "fazia orelhas moucas" às suas advertências.
Enquanto só têm olhos para o Trump que está infectado com o covid 19 ou para a maléfica autorização de público nos estádios de futebol ou para os conteúdos programáticos da disciplina obrigatória de Cidadania, o Primeiro-Ministro de Portugal "despediu" o Presidente do Tribunal de Contas pelo telefone. António Costa é ajuizado duas vezes: para manter o distanciamento físico que o Covid 19 obriga, por isso telefonou, e afastar alguém picuinhas que é um entrave à boa governança de actos que com a rapidez de celebração de contratos públicos vão resvalar na malha da corrupção. Nós portugueses temos uma sorte dos diabos – ainda bem que a minha professora de Português A não lê os meus rabiscos — ter um Primeiro-Ministro tão, mas tão ajuizado não é de facto para todos. Foi logo a Portugal que nos saiu em sorte este homem ajuizado duas vezes. Há horas mesmo (in)felizes.
O excesso de zelo de Vitor Caldeira: "auditorias arrasadoras do TdC quer para o poder Central quer para o poder Local. O exemplo mais recente foi na última semana, ocasião em que o TdC considerou que a proposta do Governo para alterar o Código dos Contratos Públicos (CCP) pode levar à distorção da concorrência e abrir a porta ao conluio e até à corrupção" conduziu à sua (in)justa substituição. Quem coloca pedras no caminho de António Costa e sua entourage tem uma única saída: o seu afastamento.
Quem manda escrever relatórios em que crítica: "A venda de imóveis por parte da Segurança Social e o modelo de financiamento do ensino superior" e até o cara de anjo mau opinou o relatório de "fraca qualidade", não estaria à espera de ser proposto a uma condecoração. Essa abébia é exclusiva para a CGTP.
Coloco as minhas mãos no fogo em que o Fernando Medina, o tal cara de anjo mau, esqueceu-se da normativa distância física e foi dar um abracinho apertadinho ao seu mentor por ter tirado a pedra que vai atrapalhando a hegemonia da seita socialista.