O Costa e o seu Governo parecem um vizinho meu do tempo da minha infância a colocar remendos nos furos da câmara de ar da bicicleta, descolavam sempre. Era uma chatice. Lá tinha de vir com a pasteleira à mão. O meu vizinho não era bom a remendar furos. O Costa já se percebeu que só gosta de governar com a táctica dos remendos: abre um furo tapa com remendo, abre outro furo finge que tapa com a propaganda preparada para entreter os parolos que nós portugueses somos que ainda acreditam nas mentiras ensaiadas para convencer que está a fazer muita coisa, que se resume a baralhar e deixar tudo como está. O que interessa é impressionar quando a luz da câmara de filmar acende. Depois é recolher os adereços e devolver à empresa que "emprestou" para a demonstração da medida que nunca estará operacional demonstrando eficácia para o problema conjuntural que começou a ser difícil de esconder, o tal furo ou furinhos que só terão solução se trocarem a câmara de ar, ou seja, acompanharem as medidas conjunturais com as medidas estruturais que resolverão o problema de raiz. Seremos caso para estudo? Porquê? Porque assistimos impávidos aos remendos sem nada remendarem. Andamos distraídos com o nosso problema: conseguir apresentar um bronzeado melhor do que o da Marta Temido. Pelo menos sem dar a sensação de ter apanhado um escaldão.A maioria dos cidadãos gosta de ter um país cheio de remendos, caso não gostasse não tinha ofertado ao Rei dos remendos a maioria parlamentar. Quando se reformar da política vai ser um empreendedor de excelência com a vasta experiência que tem sobre arte dos remendos, a sua empresa de fabrico de artifícios para tapar buracos vai estar na tabela das empresas portuguesas com mais volume de negócios nacional e internacionalmente. Sem esquecer o brinde extra de ter conhecimentos como fazer mais furos onde já existem furos para ficar com os louros de ter conseguido remendar aquilo que originou. Eu sei, não está ao alcance de todos os países a possibilidade de ter um prodígio com a inteligência de génio como Portugal tem ao serviço das mais destacadas funções governativas na República Portuguesa. A sorte só bate uma vez à porta. Então não é que fomos presenteados com ela e temos aproveitado muito bem o nosso joker chamado António Costa. Foi um sorte dos diabos, essa é que é essa. Mais nenhum país da Europa desenvolvida conseguiu alcançar esta louca fortuna portuguesa: o António Costa ser todinho nosso. Temos um país a cair de remendos, vai conduzir-nos à situação de não se conseguir sobrepor mais remendos naquilo que já foi remendado pela quinquagésima vez, porém o que é isso comparado com a sorte macaca de ter um enorme talento intelectual como o António Costa no desempenho do cargo de Primeiro-Ministro? Li algures que: "quem aceita os pássaros no seu jardim, não pode temer o ruído das asas". Deixaram o pássaro ganhar a maioria absoluta, agora não se queixem ou temam as consequências nefastas de ter este pássaro a governar há mais de cinco anos.