P&O na Planície: Bom Fim de Semana 123
P&O na Planície: Bom Fim de Semana 123 = Este fim de semana decorreu a primeira de duas campanhas nacionais de angariação de bens alimentícios do Banco Alimentar contra a fome na qual o cidadão compra os alimentos para fazer a doação, porém o Estado a mando do Governo não isenta de imposto o pacote de arroz que vai para o saco do Banco Alimentar. Com a inflação normal dadas as circunstâncias actuais e a outra inflação criada com base em pressupostos especulativos para aumentar os lucros das grandes cadeias de distribuição, se o Governo optasse em participar nesta campanha nacional de solidariedade, retirando o IVA, se calhar os cidadãos contribuíram com mais alimentos uma vez que baixariam automaticamente os preços da embalagem de leite ou da lata de atum. Isabel Jonet dixit: "Hoje as pessoas dão mais massa do que arroz, porque a massa é mais barata do que o arroz, dão menos atum. Hoje também há menos enlatados, porque não há alumínio que vinha das geografias que estão em guerra", explicou, salientando, contudo, que "a campanha vai ser idêntica à de maio de 2019, porque há muitas pessoas que dão", embora possam talvez "dar um bocadinho menos".
Quem precisa, precisa sempre, como é o caso flagrante de uma faixa etária em que os descontos para a segurança social foram mínimos ou quase nenhuns de acordo com os salários baixos que se praticou e se continua a praticar, por isso, vivem com reformas que não se coadunam com o nível de vida que a moeda euro trouxe a Portugal.
Quando a moeda oficial era o escudo, lembro-me que um casal de idosos com reformas de sessenta contos e setenta contos cada um — cento e trinta contos de orçamento mensal — conseguia fazer face às suas despesas mensais, claro que teriam de o gerir muito bem pois os preços dos medicamentos eram mais elevados, contudo dava para o mês todo e poupar, caso fossem proprietários da habitação. Ao contrário do que acontece desde que entrámos na moeda única que é nada mais nada menos que a cópia do marco alemão, muitos agregados familiares na idade sénior com rendimentos baixos sobrevivem a fazer escolhas norteadas por esta única linha de raciocínio: dentro das despesas básicas, quais são as urgentes para este mês. E perguntam: a ajuda do Banco Alimentar chega as estes idosos? Não. Redondo não. O sistema de assistencialismo está ultrapassado e injusto. Não há vontade de mudar. Quando grande parte das doações diárias vão para lares de idosos das misericórdias e outras valências de apoio, um quadrado nunca poderá ser um círculo.
Daria pano para mangas este tema. Confesso que gosto destes temas fracturantes da sociedade cujo pensamento instituído é a assistência baseada no socialismo que só pretende aprisionar para dominar e assim governar encaixando as críticas contrárias sabendo que tem uma parte da sociedade dependente sempre a seu favor que demonstram na hora de votar.
Imprimindo leveza, ou não depende do prisma de cada um, dizem as más línguas que o Manuel Pinho e a sua esposa só pagam as compras com notas de cinquenta euros, coitados não são merecedores de tão vil chacota que pulula nas redes sociais; não compreendem o básico: são pessoas à moda antiga guardam as notas debaixo do colchão para além de terem desconfiança dos cartões com chip que deixam rasto. Sabendo que as caixas multibanco não sai notas de cinquenta euros, ao balcão não vão fazer nenhum levantamento de dinheiro, simplesmente para não incomodar o bancário, este casal não gosta de importunar sem um motivo cabal, onde iriam buscar as ditas cujas com tons amarelados?
Ora, ora, o que é que eu terei a ver com isso, responderão alguns, se não acham estranho os agentes que deviam praticar a justiça, para quê eu estar a ser intriguista. Não é assim?
Quadrado, círculo e prisma para não quebrar a sequência dos sólidos geométricos coloquei uma fotografia em que está presente mais figuras geométricas. Olhem para ela, s.f.f. Não costumo fotografar notas e notas de cinquenta há alguns meses não lhes coloco os meus belos olhos que os meus pais me fabricaram. "Maneiras" que é isto a minha vida de fotógrafa amadora: apontar a câmara para paralelepípedos rectangulares, cilindros e cones.