O grande filão
Em Portugal, o crédito ao consumo continua a ser o grande filão para ganhar montantes pecuniários excessivos, quando a maioria dos portugueses adoram ter dois ou três créditos ao consumo para fazer e ter aquilo que se calhar não seria muito importante fazer e ter, desculpem a redundância.
Portugal por ter uma economia baseada no consumo, devemos ser dos países com mais supermercados, lojas e claro os portugueses devem ser do mundo os que mais recorrem ao crédito até para comprar um insignificante robot de cozinha; por ser um enorme desgosto as panelas serem pouco fotogénicas para figurarem na rede social da moda, para além da mete nojo da "colega de trabalho" ter elogiado o risotto de camarão que saiu daquela maquineta e ficar com uma inveja de chorar as pedrinhas da calçada.
Antes de pensar contrair o empréstimo, fica o aviso feito: a mete nojo mentiu, o risotto ou qualquer cena que se faça lá não fica de chorar por mais, mas antes chorar por ter vinte e tal prestações para pagar sem ao menos ficar um risotto digno de um Chef Henrique Sá Pessoa. Mas, claro se quer tirar fotografias na cozinha a fingir que cozinha, faz bem comprar às prestações "a bimba" para manter a áurea de magnífica cozinheira para criar comichão às "fofuxas" colegas de trabalho.
Enquanto escrevi estas três linhas quantos créditos ao consumo foram aprovados? Amanhã, pela manhã, muitas famílias terão a notícia: Parabéns o seu crédito foi aprovado.
A SONAE está onde pode ganhar umas boas coroas. Por isso, vai ser um sucesso para a carteira dela e uma tragédia para a carteira das pessoas viciadas em coleccionar créditos ao consumo.
Este paradigma mudará quando?