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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

O cabaz de natal que vai para as mesas erradas!

Hoje é dia de Natal e tenho a esperança que as pessoas mais desfavorecidas tenham à mesa o cabaz de natal oferecido pela União de Freguesias Salvador e Santa Maria de Serpa.

Em nome da equidade social, o cabaz de natal para algumas pessoas que passam sérias dificuldades financeiras todo o ano, representa uma pequena ajuda para compor a ceia de natal.

Ano, após, ano têm acontecido invariavelmente injustiças na atribuição do bendito cabaz de natal e em vez de serem contempladas, apenas as pessoas que verdadeiramente necessitam, nada disso, os pedinchões estão sempre em vantagem. Reza a máxima que: quem realmente precisa, não pede por vergonha. E depois os pedinchões que se vitimizam e enumeram falsas dificuldades ficam ilegitimamente com o cabaz de natal. Em nome da transparência, o Presidente da União de Freguesias de Serpa deveria averiguar as condições sociais reais das pessoas que se candidatam ao cabaz de natal e afixar, posteriormente, a lista com as famílias que receberam o cabaz de natal. Os pedinchões e os que não tem vergonha, muitas vezes não precisam e recebem de outras instituições de apoio social, nunca irão ter consciência que estão a ter um comportamento condenável e ganancioso e desta feita, este tipo de pseudo-espécie-humana nunca terá remorsos por ficar com algo que não precisam minimamente.

Faz sentido destacar as palavras de José Saramago em O Ano da Morte de Ricardo Reis: "Aí estão os pobres de pedir e os pedinchões, distinção que não é meramente formal, que escrupulosamente devemos estabelecer, porque pobre de pedir é

apenas um pobre que pede, ao passo que pedinchão é o que faz do pedir modo de vida, não sendo caso raro chegar a rico por esse caminho."

Assim, cabe ao Presidente da União de Freguesias Salvador e Santa Maria de Serpa ser o árbitro para colocar os pedinchões de castigo para não prejudicar quem verdadeiramente merece um auxílio para ter uma melhor ceia de natal. Lembrando que os dinheiros públicos são escassos e que devem ser cuidadosamente distribuídos de forma a beneficiar quem está a viver momentos de carência económica.

Boas Festas!

 

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