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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

O Adão e Silva em bicos de pés para não ser esquecido

Foi ministro do quê?

É impossível não ficar atónita com declarações desta estirpe:

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Seguindo a mesma lógica de raciocínio de Adão e Silva o justo seria o Ex-Primeiro-Ministro António Costa e seus  antigos ministros estarem sentados no banco dos réus pelas decisões políticas obstaculizantes para o desenvolvimento do distrito de Beja. 

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De acordo com a informação do Bruno Ferreira veiculada na sua página na rede social a automotora a diesel datada dos anos 50 do século XX esteve parada durante uma hora, num dia de extremo calor, devido a uma avaria. A linha não está electrificada, por culpa do Ex-Primeiro-Ministro António Costa. Se há milhões para eventos (por exemplo, visita do Papa Francisco) nunca houve dinheiro para electrificar uns míseros 60 km de linha ferroviária. No mesmo texto, o Bruno Ferreira, refere que a automotora 459 estava na oficina para consertar um dos motores que se encontrava inoperacional e como não havia automotora de substituição saiu nestas condições mecânicas para cumprir o horário habitual, o desfecho foi o que se sabe: o segundo motor falhou, deixando as pessoas no meio do nada a 4 km da localidade mais próxima, Cuba. A oferta ferroviária dos baixos-alentejanos é esta dura realidade: uma automotora que devia estar em exposição num museu, cujos critérios de conforto e bem-estar durante a viagem são preenchidos com leques para refrescar no Verão, e casacos quentes para ludibriar as temperaturas baixas no Inverno.

O castigo para os governantes socialistas de 2015 a 2024 seria a ida a tribunal por ter votado uma população ao esquecimento, por ter normalizado a tónica que os baixo-alentejanos não eram/são merecedores de: uma linha ferroviária electrificada com um comboio de comodidades de primeiro mundo; um hospital com as especialidades médicas adequadas e imprescindíveis para servir um distrito e bem como a modernização dos equipamentos de diagnóstico e melhorias nas instalações hospitalares; um itinerário principal e estradas nacionais com piso sem buracos; uma auto-estrada que ligue até Sevilha; um aeroporto a funcionar; aumento dos efectivos nas forças de segurança. Nunca fomos merecedores de nada para o Ex-Primeiro-Ministro António Costa. Mas, o distrito de Beja tem perdoado esta indiferença e injustiça nas sucessivas eleições legislativas e europeias ao oferecer a vitória de bandeja ao Partido Socialista. É difícil de entender esta "compaixão". 

O Adão e Silva está a "sofrer" ao considerar a possibilidade de ter havido um golpe de Estado, um conselho: utilize não uma, mas as duas mãos para as por na consciência. Quem deveria forçar essa leitura agradece todos os dias o parágrafo, deve levar emoldurada essas linhas para a sua nova casa em Bruxelas. 

Nunca teria o resultado esperado, seria inédito e inconsequente levar a tribunal os autores das golpadas pérfidas na resolução dos vários problemas estruturais de uma região ao longo de oito anos, porém ficaria registado na história política pós-25 de Abril políticos a justificarem-se perante um juiz os actos discriminatórios e lesivos para uma população a viver no território definido como Baixo Alentejo. 

 

Nota Bene: Por ironia, ontem no Parlamento Português, a bancada do Partido Socialista exigiu a execução célere do Plano Nacional Ferroviário. O Pedro Nuno Santos esteve sete anos no Governo, alguns dos quais (2019-2023) a liderar a pasta das vias de comunicação e meios de transportes, impor a rápida implementação desse plano é inacreditável quando não fez rigorosamente nada para melhorar, reorientar o sistema de transportes vigente em Portugal e agora que está na oposição vem com a ladainha que quer o comboio a ligar as capitais de distrito. É preciso termos grande domínio e força mentais para não enlouquecermos com este nível de manipulação a grassar na política bem como a disseminação descontrolada da sociopatia na nossa sociedade. Espero que o secretário-geral do Partido Socialista não tenha despromovido Beja de capital do distrito e assim, mesmo no papel, almejarmos ter um comboio de primeiro mundo a entrar pela estação de Beja.

 

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