Governo: Flagrante (de)lítio (2)
1. Ontem, houve um simulacro de tsunami em Lisboa. Hoje, muitos afirmaram que para os lados do Largo do Rato houve um terramoto com intensidade 8 na escala de Richter, rachou a segunda maioria absoluta conquistada em nome individual patrocinada pelo PS, a primeira recordam-se, pertenceu ao José Sócrates. A malapata das maiorias absolutas para os secretários-gerais do PS é flagrante: acabam as duas nas mãos da justiça. A cidade de Évora nunca mais foi a mesma desde o acolhimento temporário de José Sócrates. Moradores eborenses previnam-se, a mudança pode acontecer outra vez.
2. O Presidente do Partido Socialista, Carlos César, fez uma declaração para o mundo partidário rosa e restantes cidadãos portugueses que não mudaram para o canal FoxMovies; sabendo de antemão a natureza da conversa ser o hino à "cowboiada", há quem prefira ver os verdadeiros filmes de cowboys que regressaram entretanto à grelha de programação daquele canal.
Os Açores, mais especificamente a Ilha Terceira, esteve sempre no Continente: oito anos de toureio à corda.
3. Não sei se é por causa da inoperacionalidade do radar de Loulé, contudo o IPMA foi incapaz de prever o ciclone-bomba que estava para chegar nesta manhã de terça-feira para os lados de São Bento, o momento crítico aconteceu quando a Terceira Figura do Estado foi atingida com a rajada de vento PGR a 200 km/h, resultando numa segunda viagem ao Palácio de Belém e o Presidente da República indaga-o pelo guarda-chuva, o qual amparou-o no discurso durante a festa dos Santos Populares promovida pela Rádio Alfa nos arredores de Paris, pois vai precisar dele.
São as alterações climáticas a atingir o Primeiro-Ministro António Costa. Sem o decretar dos avisos meteorológicos, a tempestade Costa alastrou ao país todo com um valente rio atmosférico provocando uma forte chuvada de nomes como: Lacerda Machado, Vítor Escária, João Galamba, João Matos Fernandes, Duarte Cordeiro. A inundação chegou até Sines: Nuno Mascarenhas, dois administradores da Start Campus e um advogado/consultor nem se aperceberam e foram levados pela cheia e lamaçal. Como li algures no Facebook: 《não vale a pena chorar sobre o lítio derramado》.
4. O (Lacerda) "Machado" cai na cabeça do Primeiro-Ministro provocando uma Escária. A amêndoa algarvia (Galamba) estava já bem ensacada, não esperava escorregar no Mato(s) sinuoso. Se tivesse dito que ia a conduzir, não atenderia a chamada e ficava como sempre: a suspeita sem provas e o dinheiro público abrigado em todas as contas menos na do contribuinte.
5. Todos estão a sentir compaixão pela decisão tomada pelo Primeiro-Ministro que nos (des)governa há oito anos. Foi uma atitude digna?! Perante o desenrolar dos acontecimentos, não vislumbrava outra opção. Está lançada a estaca para a vitimização.
Muitos minutos depois da hora estipulada aparece com falinhas mansas, passando para a voz emocionada (os olhos estavam humedecidos, não sei se de alergia ou pena de nos deixar em paz) terminando com um tom rude, ou seja, voltou ao seu estado emocional normal de político hábil de grande sobranceria: "Não, não me vou recandidatar ao cargo de Primeiro-Ministro."
A dicção resvalou para a normalidade de quem gosta de controlar a condução dos acontecimentos e não conseguiu, isto é, momentos em que descontou as suas frustrações nas coitadas das palavras, traído pelo nervosismo. Senti comiseração por isso, depois lembrei-me da insensibilidade e desrespeito pelos problemas estruturais mais do que conhecidos no distrito de Beja, os quais tornam-se num obstáculo para o desenvolvimento sócio-económico da região.
Tal como o Primeiro-Ministro disse estar de consciência "tranquilia", eu também estou "tranquilia" na minha falta de misericórdia para com este Primeiro-Ministro de Portugal, finalmente, demissionário.
6. O José Sócrates está vingado. O Pedro Nuno Santos jantou maravilhosamente bem, começou o desmame do comprimido para azia (cá se fazem, cá se pagam). O Ricardo Costa não almoçou, o sangue corre pelas veias, apenas conseguiu telefonar para o canal de Pinto Balsemão fazer o brilharete e ofuscar a concorrência: "A SIC sabe que o Primeiro-Ministro foi apresentar a demissão ao Presidente da República". Mas, a taróloga Maya não continua na CMTV? O Gomes Ferreira não teve coragem, se a tivesse tido, tinha levado velas foguete para o estúdio e festejar no momento em que ouviu da boca do Primeiro-Ministro: 《obviamente, apresentei a minha demissão》. Para disfarçar a alegria sentida e não melindrar o colega Ricardo Costa lá foi dizendo que o Governo de Costa conseguiu dois superavits orçamentais. A excitação foi tal, leu um comentário de uma rede social de uma página de humor. Ricardo Araújo Pereira quando algum dos teus pesquisadores de informação adoecer, telefona ao Gomes Ferreira.
Vem mesmo a propósito: ao telefone dizia-me alguém, sempre on fire nas redes sociais, tinha lido a frase: 《foi decretado três lítios nacional》. Eu respondi: ainda é cedo, o rabo é o que custa mais a esfolar.
O Governo de Costa tem uma reserva enorme de pilhas para descarregar.
A "lítio" sentença final está longe.