Boas notícias, quem as renega só pode ser louco
As boas notícias espalham-se com muita rapidez. Como os impostos directos e indirectos pagos pelos portugueses não servem para pagar medidas de cariz social, nomeadamente a tarifa social da electricidade, será o consumidor com contrato comercial que irá pagar o remanescente dos consumidores a usufruir deste critério solidário na factura. Não está em causa, obviamente, os cidadãos em situação de pobreza devem ter ajudas para não se acentuar o fosso entre os que nada têm e os que vão tendo. Esta boa nova nasce de uma decisão do Governo de António Costa, criando um novo modelo de financiamento desta tarifa social assacando-a aos comercializadores/produtores, porém autorizou a possibilidade de estes transferirem os custos destes descontos para os consumidores com este serviço no mercado livre. Mais, ao que parece já temos às costas uma dívida de milhões, uma vez que esta ideia brilhante está a contar, desde Novembro de 2023, como um contador a registar os quilowatts-hora gastos durante um ciclo de lavagem da máquina de roupa. Na factura de Abril teremos de começar a pagar com juros o que supostamente devemos aos comercializadores da electricidade. Adivinham o que a minha patrícia, a Ministra da Energia, disse sobre esta fórmula de endossar este encargo para os consumidores? Com aquele ar de dívida para os seus patrícios por nada ter feito por eles enquanto ministra noutras ocasiões, declara que iria estudar o assunto, todavia não lhe faz "confusão" ser o cliente do mercado comercial fazer solidariedade à força, quando os impostos deveriam ser utilizados para estas iniciativas geradoras de justiça e equidade sociais.
**************
Não é boa. É extraordinariamente boa a notícia que veio repor a verdade da forma como a nossa dívida pública, em 2023, estabilizou nos 99,1% do PIB. Com uma manobra manhosa brilhante o anterior ministro Fernando Medina comprou a nossa dívida pública recorrendo ao dinheiro das futuras pensões dos contribuintes. Conseguiu enganar as agências de Rating, colocando a nossa dívida em patamares A e A3, é bom para nos financiar com juros menos altos, é pena ser uma engenhoca perigosa tirar 7,7 mil milhões do fundo de pensões ficando ainda mais exposto o contribuinte. Por sua vez, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental afirma que a redução do rácio da dívida pública através deste estratagema foi "artificial" enfatizando a irresponsabilidade de a dívida ficar às costas dos portugueses. O Governo Socialista fez a campanha eleitoral a vangloriar-se do feito, quando sabia ser um embuste este "milagre". Não é de exclusiva autoria do Governo de Montenegro o fabricar de embustes às primeiras horas de governação, os Governos de Costa têm a receita de fazer embustes com o segredo guardado no cofre de forma a serem só descobertos ao deixar a cadeira de Primeiro-Ministro. Há os pastéis de nata (Luís Montenegro) e depois há os pastéis de Belém (António Costa).
Foram expedidos a mandar o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações comprar os títulos de dívida da República Portuguesa, porém não aplicaram a mesma táctica para fazer render mais as contribuições dos futuros pensionistas e obter dividendos a favor do contribuinte e não gerar mais calotes.
Não devem demorar mais notícias desta índole a buzinarem aos nossos ouvidos. Aguardem, pode ser de pé, a espera é pequena não vai fazer mal às vossas cruzes.