Boa semana com as sete ou serão cinco quinas...
“a primeira bandeira em Marte pode não ter as nossas 7 quinas, mas terá 12 estrelas. E uma delas também será a nossa.”
Sebastião Bugalho, Discurso de apresentação da candidatura às Eleições Europeias como cabeça de lista pela Aliança Democrática (AD), 28 de Abril de 2024
Na noite passada não preguei olho à procura das sete quinas no brasão da nossa bandeira portuguesa. O que o Sebastião Bugalho foi dizer! Por causa disso montei uma verdadeira caça às sete quinas perdidas. Se tínhamos cinco quinas, onde andarão as outras duas? Foram abandonadas à sua sorte num barco afundado ou foram largadas numa linha ferroviária desactivada à espera da chegada do comboio que nunca chegará?
Sem resultados na minha busca encetada pela madrugada dentro, para poupar na conta da electricidade, de interruptores todos na posição desligados, agarrei na lanterna de pilhas na esperança que me iluminasse os meus neurónios com queda para encarnarem no Hercule Poirot. Uma coisa é certa, a lanterna por causa das pilhas estarem quase descarregadas, nem foi capaz de ser os meus olhos na escuridão quanto mais encher de luz o habitáculo dos meus neurónios. Ainda pensei que as duas quinas desaparecidas tivessem sido raptadas pela gaivota de estimação presente no discurso evocativo dos 50 anos do 25 de Abril do deputado da Iniciativa Liberal. Quando sofri o apagão total, quem manda a mim comprar pilhas de marca branca, depois acontecem estas miudezas para celebrar o meu quotidiano. Na escuridão também temos bons pensamentos, então não é que me passou pela cabeça as duas quinas estarem abrigadas na casa do nosso antigo primeiro-ministro António Costa. Com estas trocas e baldrocas do logótipo a representar o Governo podiam ter tirado também as da bandeira nacional e assim estariam esquecidas no gabinete do chefe de Estado no meio daqueles livros a tornar o espaço erudito pisado por néscios com a mania de intelectuais.
Amigos, se virem as sete quinas por aí avisam-me? Por favor. Não aguento mais tanta cobiça pelos nossos símbolos, desígnios, aventuras e desventuras pelo mundo.
Não queria terminar sem antes fazer um reparo ao Sebastião Bugalho: as doze estrelas, acertou na contagem, presentes na bandeira da União Europeia não se referem aos estados-membros, simbolizam a plenitude e perfeição. As doze estrelas douradas formam um círculo perfeito exaltando a Unidade, a Solidariedade e a Harmonia entre os Povos da Europa.
Desejo a todos vós uma semana vencedora e imensamente feliz seja com sete ou cinco quinas não tem importância, todos sabemos dos cinco reis mouros (cinco quinas) derrotados pelo D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique.