A escola abriu as suas portas a todos os alunos, mesmo os que dela apenas queriam distância. Espera-se que ela seja o farol da sociedade, a solução milagrosa de todos os problemas sociais e esta é apontada simultaneamente como a raiz de todos os males. Se as crianças são mal-educadas é porque os professores não educam, se há roubos e criminalidade é porque a escola não desempenhou bem a sua função, se a economia não cresce é porque as criancinhas e os jovens universitários não aprenderam a ser empreendedores. Já no século XVIII o marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do ensino pensando que com uma mudança na educação Portugal sairia da crise… não saiu e nós já devíamos ter aprendido a lição. A escola é apenas uma instituição… importante sim… mas uma pequena parcela de um grande macrocosmo que obrigatoriamente reflecte (e, claro, para onde emana alguma luz).

Se observarmos com atenção a forma despreocupada como esta criança irlandesa liga para uma empresa de demolições a pedir para demolir a escola… com os professores dentro… percebemos facilmente que não é a escola que está em crise… é toda a sociedade, tal como a conhecemos.