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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Continua-se a construir a casa pelo telhado...

O passado deveria ter sido bom conselheiro e hoje o Alqueva, na sua vertente turística, seria um exemplo de sucesso de um verdadeiro destino turístico desenvolvido sustentada e articuladamente e neste momento estar na fase da monitorização do plano de desenvolvimento que deveria estar no terreno.

 

Mas não, há relatos de desarticulação, falhas, medidas por implementar, os espanhóis a promover algo nosso, nada de novo, portanto:

 

"Na Estrela, por exemplo, apontada por todos à uma como das mais belas aldeias da região, um tesouro escondido da ruralidade ribeirinha, há um único endereço para aluguer de ocasião. Chega-se lá de boca em boca, à falta de mapa, placa ou letreiro explicativo."

 

"Essa falta de condições de acesso pela água é limitativa para todos. Neste momento, para pena nossa, desaconselhamos os nossos clientes a irem à aldeia da Luz, porque o cais não reúne condições de segurança. Ora, é lá que está um dos melhores museus da região. Depois, não é só lá meter um cais. É preciso pensar na recolha de lixo, na informação sobre a aldeia, para que quem chegue pela água saiba o que pode ver. Que leve o cliente a pensar duas vezes, que o seduza. Há evolução, mas achamos que é possível dar mais e melhor."

 

"hoje em dia não se sabe quem está no terreno e pode fazer alguma coisa ou quem tem os meios. Para ter uma ideia: no sentido de  

promovermos as melhorias dos cais, fizemos uma pergunta elementar à Gestalqueva é às câmaras. Digam-nos de quem são os cais que existem ao longo da barragem, para que possamos dialogar. Acredita que ainda não obtive resposta? A pergunta tem um ano e meio…"

 

"Associação dos Interesses Transfronteiriços do Alqueva, da qual fazem parte todos os municípios portugueses e espanhóis, tem um projecto global, com restaurantes, estradas… mas encontra-se igualmente por implementar. «Já viu o desperdício que é o Guadiana [o barco de cruzeiros], que leva 120 pessoas de cada vez e que podia atracar nos cais dessas aldeias sem ser só para ver as vistas? Ao fim-de-semana transportamos facilmente quinhentas pessoas"

 

"Desde o fim de 2008 que foi proibida a navegação pelos espanhóis na parte espanhola do Guadiana internacional, acima da vila de Monsaraz. «Desconhecíamos a situação caricata até termos dois clientes multados. Verificámos que tinham saído normas internas da Confederação Hidrográfica do Guadiana que proibiam a navegação e tentámos o contacto, mas fomos logo alertados que de nada adiantava."

 

"estivemos presentes lado a lado na última Bolsa de Turismo de Lisboa, com os espanhóis a promoverem o Alqueva com grande pompa, até mais do que nós, sendo que a nossa área navegável é muito maior. Abordámo-los lá e os próprios dinamizadores desconheciam o que estava a passar-se e as normas em vigor."

 

Extraído da Revista Semanal Notícias Sábado de 11 de Setembro de 2010 (DN/JN)

 

Os privados (os grandes investidores) estão a fazer a sua parte,  mas há falhas a mais e promove-se a casa (Destino Alqueva), quando só os alicerces e parte das paredes estão construídas. Fala-se muito, mas fazer...

 

Ressalta, ainda desta notícia o facto de ninguém pronunciar a existência da Entidade Regional de Turismo do Pólo de Desenvolvimento Turístico do Alqueva (TGLA). É estranho, não é?

 

 


p.s. quem tiver curiosidade pode consultar aqui, os estatutos da TGLA (missão, funções, competências...)