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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Não há bilheteira, agora dizer que é à borla...

A Junta de Freguesia dos Olivais vai organizar  um evento intitulado "Nas Asas da Liberdade 2025". 

É desta forma que é anunciado:

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Os artistas "convidados" até podiam ser a Santa Casa da Misericórdia, porém eles vão cobrar cachet. O público não pagará bilhete, no entanto, ficará a cargo da Junta o pagamento dos montantes contratualizados com os agentes dos artistas para que todos voem nas asas da liberdade.

Viva o 25 de Abril.

25 de Abril Sempre.

O dinheiro público nos caminhos da libertinagem. Se podem pagar os bilhetes caros desses festivais da moda, bem podiam pagar cinco euros para ajuda do cachet do cantor.

Depois dizem ao freguês que não têm liquidez para comprar uns baldes de tinta e mandar pintar os edifícios e espaços públicos de forma a deixar cair a imagem suja e abandonada com que diariamente os nossos olhos se deparam. Preferem dar-nos música do que oferecer-nos vistas agradáveis. 

No portal Base, estão publicados os valores acordados de três artistas:

1. Ricardo Ribeiro – 8.000,00€ + IVA;

2. Rosinha – 6.500,00€ + IVA;

3. Paulo Gonzo – 17.500,00€ + IVA;

4. Os contratos dos outros artistas não estão disponíveis para consulta na plataforma pública. 

 

 

 

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 141

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P&O na Planície: Bom Fim de Semana 141 = Na sexta-feira, 21 de Março comemorou-se o dia mundial da poesia, como sou desajeitada em juntar palavras a  rimar capazes de formarem estrofes aprazíveis, mudo de tarefa:  toco a sineta.

A sineta toca: O governo caiu. Sendo assim, não caíram todos ao comprido pela escadaria da Assembleia da República, pelo menos o Luís Montenegro assim que rolou, levantou-se com a rapidez de um Speedy González e ergueu o cartaz: Sou candidato a primeiro-ministro nestas legislativas marcadas para 18 de Maio. Habituado a rasteirar, a rasteira feita a si próprio obteve o sucesso pretendido: o tropeço foi calculado para ficar logo com os dois pés firmes no chão;

A sineta toca: os partidos da oposição, os comentadores da nossa televisão, o Ti João com a boina Che Guevara a tapar a sua calvice e a cinquentona com uma paixoneta platónica pelo Pedro Nuno Santos todos eles têm uma coisa em comum: lamuriam o facto de o Luís Montenegro não ter sido esclarecedor sobre a sua vida financeira, onde se incluem as heranças e a Spinumviva. Ninguém ainda se lembrou em escrutinar os retalhos vividos enquanto deputado no reinado de Passos Coelho, enfim. Admitamos que o Primeiro-Ministro em gestão facultou um dossier cheio de papelada, mostrou mais papéis das heranças, papéis da Spinum e outros da Viva, se o que divulgou foi/é suficiente, nunca será, uma vez que quando se desconfia, nunca se atinge o patamar da fiabilidade para quem não confia. A única coisa que eu conclui nesta confusão foi: uma árvore foi abatida para imprimir a papelada toda a justificar a vida empresarial de sucesso à custa dos conhecimentos da política.  Mas, há mais quem nunca esclareceu nadinha de nada e permanece a espalhar o sebo de galã de quinta categoria por este Portugal de terra queimada. No toque seguinte da sineta explico.

sineta toca: A alegada, sim sublinhada, influência do Presidente da República em criar um atendimento VIP no seio do SNS para as meninas gémeas luso-brasileiras (ou serão brasileiras lusas?) não foi bem esclarecida. Envolveu o Governo do seu amigo especial, o seu único filho macho, sabemos que é o pai deste desfalque de milhões ao erário público para que o seguro de saúde não procedesse ao pagamento da medicação imprescindível para a evolução positiva do estado clínico das meninas. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, qual enguia, explicou a sua participação no caso de forma escorregadia. Para além da obtenção supersónica da nacionalidade das meninas nunca ter sido tema de debate nas suas palestras tanto com a câmara a gravar ou desligada. Quis apenas gritar aos quatro ventos a sua indisposição com o filho sem tomar rennie pois deixou de falar com ele, supostamente. Perante este disse que disse do Presidente, nunca houve esclarecimentos com o intuito de acabar com as pontas soltas deste caso de política e de polícia. Assim, pergunto: a demissão deste presidente não esteve em causa porquê? Por muito menos outros actores em funções governativas na Europa saíram pelo seu pé. Portugal está na Europa com tiques de governação africana. Ainda falta uma figura de relevo nestas condições, já sabem, vem já no outro toque de sineta.

A sineta toca: O candidato a primeiro-ministro nestas legislativas marcadas para 18 de Maio, o Pedro Nuno Santos, seguiu sempre a via de pouco esclarecer. Ora vejamos: ao longo de nove anos sentado na cadeira do Parlamento recebeu cerca de duzentos mil euros de subsídio de deslocação, ou seja, quando foi eleito deu a morada de São João da Madeira, porém tinha uma casita em Lisboa. Alguém acredita que o Pedro Nuno iria deitar-se nos lençóis sitos na cidade mais a norte? Evidentemente que não. Engordou a conta bancária com um montante livre de impostos, cerca de mil e oito centos euros mensais e esclareceu: "A minha residência habitual, até ao momento em que integrei o Governo em finais de 2015, sempre foi em São João da Madeira." Alguém acredita na possibilidade de se ter deslocado todos os dias para Lisboa com uma muda de camisa pendurada no cabide da porta traseira do carro? Nunca equacionaram a devolução deste dinheiro, nem os serviços de gestão do Parlamento e nem o próprio galã cheio de sebo propôs. Outra situação: pagou uma casa sem declarar ao Tribunal de Contas onde foi buscar uma parte do bendito dinheiro. Se foi com a venda de uma casa a um casal chinês – ficou com cerca de duzentos mil euros na transacção–, mas mesmo assim foi necessário um empréstimo de quatro centos e tal mil euros pagos de um dia para a noite. Queria saber essa fórmula mágica, para a divulgar a quem estiver interessado e aplicar na minha vida pessoal.

(Um banco como pode emprestar tanto dinheiro tendo os dados de referência de um salário de político a exercer função governativa, a esposa também com salários de nomeações políticas, se não tiver o paizinho como fiador.) 

Relativizo a cobrança de um IMI baixo  por uma casa remodelada e adquirida  por cerca de meio milhão de euros, devido ao facto do maior culpado ser os serviços do município de Montemor-o-Novo. Não informou em tempo útil as finanças das alterações e melhorias no imóvel, espera-se que tenha sido do conhecimento da autarquia e as licenças e autorizações legais devam ter sido requisitadas. Há de facto um desfasamento temporal na comunicação destas situações entre os municípios e finanças, depois chega-nos uma nota de cobrança com o IMI rectificado e o cidadão sai prejudicado por esta inércia levada a cabo pelos técnicos da câmara. 

As dúvidas não se dissiparam, os esclarecimentos sempre foram dúbios, todavia, é candidato a primeiro-ministro de Portugal. 

A sineta toca: O Gouveia e Melo pelos vistos legalizou um movimento com um nome qualquer com a finalidade mais do que conhecida: preparar a sua candidatura à presidência da República Portuguesa. Os jornalistas e os comentadores vieram logo a lume lançar a boquinha: ah o Almirante não soube esconder o segredo mais bem guardado, nós descobrimos esse registo. Parabéns para vocês. Grande descoberta, se tem de ser publicado este registo, qual é o aspecto a condenar? Se esse movimento não fosse registado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual choviam pincaretos em brasa, como o procedimento foi realizado vieram falar cobras e lagartos. Ó senhores, entendam-se. Não há pachorra para tanto falatório. O Marques Mendes tem tudo em ordem para estar presente no boletim de voto? Cá para mim falta fazer um relatório com conselhos de qual o melhor púlpito a utilizar quando começar a campanha eleitoral de pavilhão em pavilhão, mais do que ouvir as suas palavras, as pessoas querem sentir a sua presença, vê-lo ao longe sem ser necessário usar um salto agulha ou passar uma hora em bicos de pé para ver se tem os óculos ou não. 

A sineta toca: Os ovos estão uma carestia. Não sentem que estão a comprar ovos banhados a ouro? Eu tenho pena dos partir para fazer um bolo ou um belo de um ovo estrelado, penso que tenho na mão uma relíquia pertencente à Rainha Dona Amélia. Em Maio de 2021 comprava nessa cadeia alemã que tanto estimo, @lidlportugal, meia dúzia de ovos M a 0,89€, agora apesar do tamanho ter minguado a meia dúzia custa 1,79€. Sou só eu que acho que o ovos tamanho M encolheram? Olhem que os ovos L também de large só mesmo a sigla. Os ovos eram um artigo que todo a família mais desfavorecida ainda conseguia comprar,  as sopas de tomate eram com o rabo do bacalhau e uma dúzia de ovos, no presente, faz-se umas ervilhas com os ovos escalfados contadinhos para ver se conseguimos fazer uma amostra de bolo com os ovos sobrantes. Em vez de parecer uma roda de tractor, o bolo cada vez mais é o irmão gémeo das rodinhas que os gaiatos adaptam às bicicletas para aprenderem a andar nelas. 

A Deco refere que:  "O preço de meia dúzia de ovos subiu quase 80% entre janeiro de 2022 e março de 2025, passando de 1,14 para 2,05 euros, sendo que este ano já encareceu perto de 30%.Não sei qual o calibre dos ovos representados no estudo, contudo gostava de lançar estes números com base das faturas que tenho do meu supermercado @lidlportugal: de 2021 a 2025 o preço da meia dúzia de ovos M aumentou cerca de 100%. Em Março de 2022, por meia dúzia de ovos desta categoria pagava 0,99€, logo face a 2025 o preço inflacionou 80%. As galinhas deviam ser classificadas como património internacional, até o Trump anda desesperado à procura de ovos. Queres ovos? 300% de taxa, pois é meu amigo, a caça aos ovos está difícil para todos. Antes da gripe devastar muitos galinheiros industriais, o provérbio era: "na terra de cegos quem tem um olho é rei"; com a escassez de ovos no mercado adaptou-se o ditado: em galinheiros com poucas galinhas quem tem um ovo é rei.

Bom resto de domingo.  A sineta vai parar de tocar, quero muito bem aos  ouvidos dos meus resistentes leitores. 

 

Política sim, partidarite não!

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No passado mês de Janeiro, a Escola Secundária de Serpa acolheu, e bem, o Encontro Transfronteiriço de Professores do Programa Escolas Embaixadoras do Parlamento Europeu (EPAS). O aspecto desinteressante foi a programação lúdica que proporcionaram aos professores portugueses e espanhóis que participaram neste encontro. Para estes organizadores os locais de interesse histórico-cultural na cidade de Serpa e zonas limítrofes são: a estátua da Catarina Eufémia (Baleizão) e a Herdade Paço do Conde. Bem sei que "Pelos Caminhos da Paz" foi o tema desta iniciativa com duração de dois dias, no entanto, podiam ter escolhido o Museu do Relógio, o Castelo de Mértola ou a extraordinária queda de água baptizada de Pulo do Lobo.

O Aristóteles deixou escrito para as gerações vindouras que o "homem é um animal político", porém as mulheres e os homens do século XXI estão vocacionados para a partidarite, em todos os cenários da sociedade nos quais estão envolvidos, desde um vulgar jantar com amigos até à organização de uma iniciativa relacionada com a profissão,  nunca deixam de estar amarrados à doutrina dogmática dos partidos, quando notoriamente não são necessárias essas amarras. Nem sempre temos de mostrar o que está à vista de todos: a excessiva dependência das visões de um determinado partido.

Serpa e arredores têm atracções patrimoniais e naturais mais cativantes do que irem ao Terreiro da Fonte, em Baleizão, apreciar a estátua da Senhora cujo PCP não deixa que descanse a sua alma em PAZ. Se tivessem respeitado essa premissa, estavam a cumprir o propósito do EPAS de 2025. O Partido Comunista Português usou a tragédia no seio de uma família pobre, manipulando as mentes muito permeáveis ao canto da sereia. Com requintes de malvadez construíram uma história com muitas inverdades, onde os maiores prejudicados foram os filhos e a mãe de Catarina Eufémia. A propaganda comunista foi tão profissional que conseguiu obter ganhos monetários com a venda de artigos diversos estampados com a cara da Senhora que pouco falava e falou na hora errada depois de ser empurrada por uma colega de trabalho. E não venham comentar que é mentira, pois eu conheci pessoas que estavam ao lado da Catarina Eufémia naquele fatídico dia, testemunhei  várias vezes o vil folclore liderado pelo perturbador Álvaro Cunhal que acontecia todos os anos no Largo da Fonte para assinalar a data do assassinato da Senhora que não conseguiu criar os seus filhos. Os jovens e os menos jovens deviam deixar de ser iludidos pelas patranhas fomentadas por este partido manchado de sangue humano. 

De caminho os professores foram visitar a Herdade Paço do Conde da família Castelo Branco. Tem uma história riquíssima que deve ser conhecida, todavia devem ter ocultado umas páginas,  nomeadamente aquelas onde fazem a descrição das herdades e terras desta família que foram ocupadas pelos comunistas para concretizarem a famigerada Reforma Agrária. Esta parte bonita da história deveria ter sido relatada, e inclusive informar que os "camaradas de bem desta aldeia" tentaram impedir a normal actividade agrícola com ameaças verbais e violência física contra os trabalhadores pertencentes à empresa agrícola que abriu as portas as estes visitantes inesperados. 

Como tenho a certeza que romantizaram a história, sinto pena dos cerca de cinquenta professores que foram para as suas casas com apenas uma parte da história na bagagem, por conseguinte, voluntariamente apresentei a outra parte que ficou por contar. 

Vivemos na polis, rodeada de política – políticas sociais, culturais, ambientais...– para quê trazer a dinâmica partidária quando o natural é fazer aplicar a política, isto é, as regras e os limites de forma a organizar um país, por consequência, a vida das pessoas nesse país. Na actualidade, há mais partido e menos política. A ideologia partidária em excesso está a destruir os países. A Paz consegue-se com a política e não com as doutrinas extremistas que certos partidos seguem e muitos políticos mal intencionados aproveitam para atingir os seus interesses pessoais.

Aristóteles também deixou escrito: quem não consegue fazer parte de  uma comunidade, ou por não precisar ou por ser auto-suficiente, nunca pode considerar que faz parte de uma cidade, em função disso, "ou é uma besta ou é um deus."

Assim sendo, tentemos não ser tantas vezes bestas.

Momentos...

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Quando a judicialização da mentira é o pão nosso de cada dia, basta olhar para as decisões dos juízes nos grandes e pequenos delitos, hoje devíamos comemorar o dia da verdade.

A publicidade da mentira ao longo do ano através das várias bocas: família, política, comunicação social, trabalho, ou seja, na sociedade que povoa um país chamado Portugal não precisa de ter um dia exclusivo para a festejar. A festa à mentira acontece todo o santo dia. Começa a escassear a hora do dia em que ouvimos uma verdade sem ser logo repreendida com a machada do politicamente correcto.

Há um cancelamento da verdade levada a cabo por parasitas extremistas que mais não fazem do que usar a mentira para impor a superioridade moral deles, o código de ética deles, a pseudo elevação das minorias/maiorias, criando rivalidades extemporâneas e desrespeito pela verdadeira igualdade e equidade entre os cidadãos. 

Vivemos tempos em que a mentira tem mais vitórias do que a verdade.

Onde estará o árbitro do bom senso para fomentar a verdade? 

A piada do dia 1 de Abril perdeu a graça. Esperávamos a hora do telejornal para tentarmos descobrir qual daquelas notícias anunciadas pelo pivô seria a mentira de forma a honrar a data comemorativa. Actualmente, é ao contrário, temos de estar concentrados para percebermos no noticiário de uma hora, aquela notícia mais próxima da realidade dos factos.

A ilusão e a meia verdade têm feito crescer sem controlo muitos manipuladores de opiniões (e mentes) que passeiam na televisão, rádio, redes sociais e lado a lado na nossa vida diária.