No Parlamento Espanhol, Santiago Abascal (partido Vox): 

«Haga el favor de devolver el dinero que se ha llevado su mujer, el dinero que se ha llevado su hermano, y haga el favor de devolver el dinero que su partido se ha gastado en putas, en coca y en saunas»

Se a moda pega, e o português gosta muito de copiar tudo o que vem de fora. Na próxima legislatura, espera-nos nas sessões parlamentares intervenções a picarem o ponto na brejeirice de um bar mal frequentado a ser inspeccionado pela ASAE.

1. O Fernando Gomes como não quer ficar destreinado; o Futebol Clube do Porto está servido, a FIFA e a UEFA estão com os seus presidentes do establishment, assim candidatou-se ao lugar de presidente do Comité Olímpico de Portugal. Tomou posse ontem, no mesmo dia que houve umas buscas à sede do seu antigo cargo e aos domicílios de muitos protagonistas de um alegado esquema  criminoso de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada ocorridos na venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol.

"Fernando Gomes, ex-presidente da FPF, e Tiago Craveiro, ex-CEO, não são visados na investigação e não foram alvo de buscas, apurou o Observador."

Ao contrário, o antigo assessor de Fernando Gomes foi apanhado com a bola na mão. Teve azar, o árbitro viu, mostrou-lhe o cartão vermelho. Não li e nem ouvi, espero não ler muito menos ouvir o nome de João Vieira Pinto associado a estas entradas de pé em riste na pequena área. Bastou-me a tristeza de presenciar o recebimento da carta de despedimento assinada pelo intrujão do Vale e Azevedo e ficar de coração estilhaçado quando vi "o meu" João Vieira Pinto de leão ao peito. 

2. O gingão e até ver muito competente Director Nacional da Polícia Judiciária apareceu em frente a uma câmara de televisão de quase de braço dado com o ex- presidente da Federação Cristiano Ronaldo Portuguesa de Futebol para o isentar de culpa destes alegados crimes que estão na perspectiva de transformar numa ruína metafórica o edifício da antiga sede do futebol profissional. Estou bem para ver se não sai chamuscado o nosso gingão de crachá. 

3. Folgo em saber da sua iniciativa de desistir das funções na FIFA, já nos basta a outra pessoa não ser exclusivo a governar Portugal.

"O Comité Olímpico de Portugal é, a partir de hoje, a minha vida a tempo inteiro e em exclusivo, sem amarras e sem agenda que não seja a defender os atletas, o olimpismo e o desporto nacional no todo."

Outra decisão para promover a sua própria "Operação  Mais-Valia" para atingir  o objectivo de obter financiamento externo para o COP seria a oportunidade de levar o Cristiano Ronaldo para competir não na equipa de futebol, mas no salto com vara. Uma vez que, o internacional português tem uma grande capacidade de impulsão, em 2019, conseguiu elevar-se 2,56 metros sem vara, imagino se a tivesse, era menino para ter o pescoço cheio de medalhas de ouro, neste momento. 

4. Ó Cristiano Ronaldo, devias pensar nisso, agarra-te à vara por amor de Deus.

Ó Fernando Gomes, devia reflectir nesta grande ideia, o seu abono de família na FPF passaria a ser a sua mesada dourada para ter mais dinheiro em caixa do COP.

5. A selecção das quinas é uma miséria a jogar,  estamos a entrar na fase do fatalismo do miserabilismo, é hora de o Cristiano saltar do "barquinho" e aventurar-se numa das quatros disciplinas de saltos no atletismo. Assino já: CR7  no salto com vara. 

"Aproveito para dizer que não tenho gostado do negativismo à volta da Seleção e até acho que algumas perguntas que têm feito são uma falta de respeito."

My Captain a conferência de imprensa de antevisão do segundo jogo com a Dinamarca mais parecia uma conversa daquelas depois de um longo período afastado de casa e no regresso à dinâmica familiar percebe que tem filhos, cão,  gato e mais um papagaio e já não se lembrava como era ter aquele humor rabugento a impor regras que ninguém está para ouvir  quanto mais seguir. O ciclo está terminado, a insistência em não escrever o M para terminar a palavra FIM está para durar, infelizmente. Muitas conferências de imprensas  ranzinzas e inócuas vão tornar-se num hábito.

A Inspecção Geral de Finanças publica algumas auditorias, por exemplo esta às subvenções públicas do ano de 2023 (Lei n°64/2013):

Consultar: https://igf.gov.pt/sinteses-de-resultados

Os relatórios síntese pecam por não divulgar quais os ministérios, os organismos públicos, as autarquias, as entidades beneficiadas pelas subvenções do Estado de forma nebulosa.

Mesmo assim extrai-se o seguinte: (1) muitas entidades públicas atribuem subvenções sem cumprir as obrigações e critérios legais; (2) detectaram a eventualidade de duplos financiamentos de actividades (entidades adjudicantes ao mesmo tempo concedem subvenções); (3) os maiores beneficiários não executam o regime geral de prevenção da corrupção; (4) o rasto de cerca de 4 .985 milhões de euros está por identificar, uma vez que as 13 entidades beneficiadas não fazem reporte; (5) assinalaram uma prática grave: 539 entidades concedentes não efectuaram protocolos e/ou contratos escritos, perfazendo o montante de 1.368 M€, elevando o incumprimento e assim o Estado tem de arcar com o prejuízo.

Relembro: o ano de 2023 foi o último ano de governação do melhor Primeiro-Ministro que Portugal já pariu.

Marquem na agenda: Para o ano haverá a publicação da auditoria às subvenções públicas, consequentemente, o Governo de Montenegro estará em análise. 

Conselho: consultem as sínteses de resultadoos ou os relatórios das subvenções públicas disponíveis no portal da IGF. Estar informado não ocupa lugar. 

Nesta última segunda-feira, realizou-se um Conselho de Ministros, devido à chuva os elementos do governo tinham uma comitiva de guarda-chuvas como chefe de cerimónias. Ao ver aquele desfile dos arrastados pela spinumviva, surgiu-me a pergunta que tristemente nenhum deputado da nação soube fazer ao Primeiro-Ministro neste debate da moção de confiança: qual a razão do Ministro Paulo Rangel se fazer acompanhar por dois "pajens" e os outros colegas só terem direito a um "pajem" com guarda-chuva? 

O Paulo Rangel:

Os outros membros dos governo:

É sempre assim o importante nunca é indagado na Sede da Democracia. 

NB: O Governo caiu, o Luís Montenegro não quis o Presidente da República, ou melhor,  o Marcelo Rebelo de Sousa debaixo do seu guarda-chuva,  agora sofre as consequências. Isto no fundo é anda tudo à volta dos guarda-chuvas. O Chega andou sempre à chuva e o Montenegro só tinha para lhe oferecer um guarda-chuva sem varetas. O Pedro Nuno Santos como já tem aquela voz de constipado crónico e os seus guarda-chuvas são às riscas com as cores do arco-íris e como o  Luís Montenegro só tem guarda-chuvas monocromáticos, não há parcerias, até porque tem medo de levar um encontrão da querida Alexandra Leitão. O vento que passou pela Assembleia da República partiu os guarda-chuvas todos. Agora ficámos melhor. Sem guarda-chuvas e o país a patinar na lama.

Mariana Mortágua dixit: "Não há chuva machista que molhe feminista..." 

Estou imensamente grata à líder do Bloco de Esquerda pela forma prática de sistematizar a matéria, perdeu-se uma professora diligente. Aprendi num segundo o que andei anos a tentar compreender, pelos vistos sem sucesso, só agora consegui entender o elementar: a chuva é machista. Irra.

A Mariana Mortágua é mesmo boa a ensinar, outra coisa aprendida: tens de ser feminista para repelir a chuva. Eu como não sou uma feminista do calibre da Mariana Mortágua tenho de me mentalizar, se não me precaver, estarei sempre ensopada, a chuva não vai poupar-me. É só colocar o pé fora do portado e levo logo com uma bátega valente nas trombas que é para aprender a não ser solidária com a escola de feministas que o bloco de esquerda ensina, promove, apoia... calhando...

... nam...

.... prefiro ficar encharcada até à medula pela chuva "normal", sem aditivos. 

Essa agora, a chuva é machista. Então mas a chuvinha não é essencial para o equilíbrio e sobrevivência da biosfera? Precisamos da água que cai das nuvens que nos rega os campos, nos enche as barragens e nos purifica a alma quando nos esquecemos do guarda-chuva e apanhamos uma valente molha, a roupa se for torcida enchemos meio balde. Confesso que gosto da chuva, moderada, a cair na mioleira. Se pudesse e conseguisse o meu coração levava com aquela chuva miudinha e certinha para ir por água abaixo as memórias das mágoas e desilusões. O coração tem memória do sofrimento. Quando acelera o batimento cardíaco até sentirmos um nervosismo generalizado no corpo é ele, o coração, a enviar mensagens de alerta, é o aviso do déjà vú para não repetirmos atitudes e comportamentos nocivos entretanto mais ou menos esquecidos.

Seguindo esta linha de raciocínio da Mariana Mortágua, o sol será feminista? E o vento será hermafrodita?

Estas frases orelhudas parecem saídas das reuniões das comissões de estudantes de uma escola secundária. Quando é que a Mariana Mortágua cresce e deixa de tratar com infantilidade as temáticas homem/mulher, parentalidade/maternidade, igualdade/desigualdade, minorias/maiorias, liberdade/imposição da escolha na orientação sexual e  violência doméstica/familiar. Enquanto existir este ambiente de creche com uma carga demagógica extremista, supostamente a defender os direitos dos cidadãos em diferentes fases da vida que decidem fazer opções dentro da lei e se sentem cada vez mais prejudicados, discriminados e desvalorizados, em vez de existir avanços, há cada vez mais  retrocessos. E estão aí:  desvalorização da vítima em contexto de violência, comportamentos desviantes aceites apoiados com manifestações, aberturas de campos de batalha para impor ideologias de género bacocas, criando desrespeito pelo ser humano, que não deveriam aceitar ser a bandeira de partidos; a consciencialização não é generalizar, é antes acolher e respeitar as formas específicas (cumprindo a lei) de viver o corpo. Cada qual é como cada qual. 

A Mariana de 2023 deve estar fechada na cave: “Portugal enfrenta uma gravíssima situação de escassez de água”.

Sem a machista da chuva,  não há água. Dependemos do machismo para encher barragens para sobrevivermos, e esta hein? Nem Donald Trump se lembraria de tal disparate. 

Ela todos os dias deve beber um litro e meio de machismo, pelo menos. Soma absurdos à sua absurda mentalidade. Nem arcaica podemos apelidar. É mesmo tolinha a achar que tem muita piada. 

A hermafrodita, como quem diz o vento, está à solta.  No meu horizonte, vejo uma carga de machistas a chegar. Não sei como está o tempo na vossa terra, aqui há machistas com fartura. 

Desejo a todos vós uma semana solene, rica em sol  feminista, quanto basta em vento hermafrodita e pobre em chuva machista. 

Bem esta conversa deu-me uma sede desgraçada,  vou ali beber dois copos de machistas, engarrafados. Sou esquisita,  os canalizados só mesmo fervidos no chá ou para lavar o chão.