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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Boa noite

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No entanto, a maior parte do crítico não aceita o contraditório à sua crítica. Fica ofendido. Tem pouca capacidade de suportar a crítica e as convicções opostas. A maioria do crítico quer doutrinar  com os seus pontos  de vistas, não pretende suscitar o debate de ideias diferentes. Não respeita,  muito menos aceita o direito à contra-argumentar. Refutar um argumento não significa perder a razão. É esse o motivo, possivelmente: perder a razão. A fragilidade da crítica cria insegurança, a táctica é recorrer ao insulto ou à estupidez argumentativa. Se é para criticar é preciso ter estofo para respeitar as opiniões distintas e principalmente estar preparada para as  inconsistências e que admitir que o ponto de vista de outrem também pode ser válida e não encarar como uma provocação vil e gratuita. 

 

O Pedro Nuno Santos está a brindar com vinho espumante...

... conseguiu livrar-se da sua enorme sombra. 

E o processo de alegada corrupção? Não há problema. Até porque a Ursula Von Der Leyen também está, alegadamente, sob suspeita num processo de compra de vacinas contra a Covid 19.  Sem esquecer o facto de Christine Lagarde ter sido culpada de negligência por ter lesado o Estado francês, porém nunca foi condenada. A cúpula da União Europeia está ser gerida por personagens com rabo de palha. Normalizou-se estes critérios a premiar a incompetência em sintonia com condutas acima da lei. Dirão os seus defensores que são umas vítimas da justiça. Uma cabala, dirão outros. Eu digo que a União Europeia tem o dias contados,  não olham a meios para elegerem com arranjinhos pessoas com percursos políticos envoltos em suspeitas, em casos dúbios nas tomadas de decisão, ou seja, contrários ao respeito pelas leis em vigência. 

O político António Costa e o respectivo elenco vão espetar mais um prego no caixão desta União Europeia.

Porém, para o Pedro Nuno Santos não lhe interessa nada disto, está de flute na mão a festejar a ida de Marta Temido, Ana Catarina Mendes, Francisco Assis e agora António Costa para os cargos de ouro da U.E. Falta encontrar um cargo tipo como o Ferro Rodrigues teve em tempos quando foi viver para Paris para o Augusto Santos Silva. 

Parabéns, Pedro Nuno Santos. Agora, vamos ver o que vales sem os empecilhos. Vais valer zero. A Alexandra Leitão já está a ofuscar-te, enquanto andaste a tentar a rampa da Europa para os teus ódios de estimação, a dita está já quase com um volta de avanço de ti na corrida do mediatismo político do PS. Pode ser que ainda vás a tempo para a abafar. 

 

P.S. O novo presidente do conselho europeu já discursou. Se em português tínhamos dificuldades em perceber o que dizia, nas línguas francesa ou inglesa vai ser um enorme desafio para todos entender o que diz. Carregámos esse fardo, agora é a vez deles. 

 

O meu nome é Tony Silva...

Euro 2024

... Geórgia 2 - 0 Georgina

O João Félix ainda terá na casa de banho, não se vê no jogo.

O Cristiano (Georgina) foi substituído, prepara-te Roberto, até o cabelo te vai nascer com a indignação do CR7.

Outra coisa: alguém informe o Francisco Conceição para parar de simular faltas (cartão amarelo em perspectiva) e de ser fiteiro não está a jogar um jogo na liga portuguesa. 

Só mais uma coisinha: o Roberto Martinez bebe muito Martini troca os jogadores das posições rotinadas nos clubes, isso é pinga a mais.

 

 

Perspectivas e Olhares na Planície: Bom Fim de Semana 141

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Perspectivas e Olhares na Planície: Bom Fim de Semana 141= Uns é o sangue na guelra motivada pela juventude, outros estão lélé da cuca devido à velhice e ainda há aqueles na posse de todas as faculdades mentais armam-se em reis ou rainhas da cocada preta perante as luzes da fama que a televisão patrocina. Resumindo: é tudo gente pouco dada a ter candeeiros com a luz do bom senso desligada. O que fazer perante um candeeiro com o interruptor na posição "off"? Brinca-se.

1. As luzes de alarme ligaram-se no Vaticano, prontamente o gabinete de imprensa mandou desligá-las, desconfio que têm de inoperacionalizar a rede eléctrica para os pensamentos (verdadeiros?) do empático Papa Francisco para, justamente, não ferirem os olhos do seu rebanho com a subida brusca de intensidade da luz transmitida pela lâmpada led. Confesso a minha admiração por este Papa, é muito franco e simples quando expõe o seu ponto de vista. Soube-se que numa das suas reuniões com o seu rancho de vestes peculiares terá desabafado: há “demasiadas ‘bichas’" nos seminários", o rebanho dentro das muralhas pintadas às riscas coloridas e os pastorinhos da comunicação social andaram com os candeeiros sem lâmpada a condenar o Papa da inclusão, e já pensaram que pode ter razão? Levaram para o lado da orientação sexual porquê? Então não pode ter havido um surto de lombrigas (bichas) nos seminaristas? Ou então não há uma gestão de horários com limites de seminaristas por grupos na realização das suas tarefas levando a existir um concentração de pessoal formando uma enorme fila (bicha) à porta do refeitório. O Papa não gostou de ver o rebuliço às horas das refeições, meus caros. É tanta a mariquice com a palavra bicha que qualquer dia dizemos em voz alta: Xi a bicha está grande nunca mais me despacho. E salta alguém com a bandeirinha das riscas coloridas e acusa-nos de homofóbicos e a ligar para não sei onde para apresentar queixa. Acalmem o facho. Ai que já escrevi uma palavra proibida: facho. Tranquilizem-se, eu só mandei diminuir a luz da lanterna.  Facho também pode ter o significado de lanterna. Sabiam meus queridos das muralhas pintadas às riscas coloridas? Estou sempre cá para vos acender a luz do bom senso. 

Há meia dúzia de dias, o Papa amigo voltou a dizer das suas: "há "um ar de bichice" no Vaticano", então e não tem razão? Com tanto homem de vestido, as saias espalham no ar essa fragrância. Aliás, o Papa avisou o seu rebanho do Vaticano para vestirem as calças e não coscuvilharem como as mulheres.  Eu, como mulher, nem levei a mal o atributo de coscuvilheira, irrita-me mais ver os homens com aquelas batas e não encontrar o telefone para marcar uma reunião para contratar os seus serviços de faxina para as limpezas de verão da minha casa. Têm bom caparro para desviar os móveis e devem ter muito jeitinho para pegar no rolo e pintar tectos e paredes melhor do que muitos pintores profissionais. 

Em forma de redenção recebeu na "sua casa" uma grande comitiva de humoristas de todo o mundo. De Portugal foram os seguintes humoristas: Maria Rueff, Joana Marques e Ricardo Araújo Pereira. O Herman José justificou a sua ausência por ter um compromisso inadiável em Nova Iorque, por isso declinou o convite da Maria Rueff. Mas, mas... esperem aí: percebi bem: a Rueff foi quem convidou o eterno Serafim Saudade? Devemos dar espaço aos novos, a Joana Marques é  que tem a carreira mais curta, porém é inimaginável o Herman José não estar no "beija mão" do Papa Francisco. Gostei de ver um comunista com sucesso no negócio do humor, a confraternizar com o Sucessor de Pedro. Fez o crisma e não me avisou. Sem assombros afirmou (o Papa) que é possível rir de Deus. Não é blasfémia.  O problema é que muitos desses humoristas sentados em frente ao Pontífice, tendo uma agenda própria, fazem pouco dos seus alvos de estimação criando o desconforto da parcialidade conduzindo ao descrédito, apesar de justificarem que têm assuntos e pessoas intocáveis por irem contra os seus ideais e limites para se fazer comédia. A propósito, a Joana Marques trajou de azul quebrando assim o protocolo na cerimónia, é preciso lembrar que ela não teve um comportamento rebelde, uma vez que este Papa não exige o cumprimento das regras rígidas protocolares nestas audiências, por isso não foi barrada a sua entrada, caso contrário seria excluída da cerimónia de recepção do Papa Francisco. No entanto, em Roma sê romano. Quebrar o protocolo não faz de alguém muito importante, antes é ridícula ao querer ser o centro das atenções pelos piores motivos. Mas se não fosse esta "birra" nem se dava pela presença da Joana Marques no Vaticano. 

2. As lâmpadas led na cabeça destas pessoas atingiram o limite de horas definidas e deu-se o apagão súbito. O anúncio do divórcio do apresentador da RTP 1 foi feito de forma controverso criando a ideia na opinião pública que o homem que chegou a ser considerado o bombeiro do entretenimento da SIC estaria, alegadamente, a impor o estado civil de casada à esposa. Eu como não sou tapete na casa deles não sei e nem quero saber deste tanque a céu aberto com roupa suja a ser esfregada com lágrimas e sangue, bastava informar do processo do divórcio por ser uma figura pública e a senhora apesar de não ser muito conhecida é do mundo da comunicação social, quis dar o ar da sua graça. Porém, quando os neurónios ficam às escuras há tendência para se perder a razão e claro o património. Dizem que têm três ou quatro casas e a senhora agora vende croquetes devido às despesas não serem completamente pagas com o montante da pensão de alimentos dos filhos. Se o pai não fica com guarda partilhada, pois uma pensão de alimentos deve pagar, todavia a mãe também não tem de pagar a subsistência do filho? Sabendo que, estipulado por lei as despesas escolares, saúde vestuário ficam foram da pensão e serão pagas à parte. Por vezes, há mães (e pais) que vêem os filhos como o primeiro prémio da lotaria e é no recato com ajuda dos tribunais que se resolvem os diferentes pontos de vista. O Jorge Gabriel pouco tem falado sobre as novas contingências familiares, ao que parece está enamorado. As idas à farmácia para aviar ansioliticos para manter a compostura perante a imprensa deu os seus frutos. Têm coragem assumir relações sérias quando há uma confusão de anteriores relações com filhos. Ninguém deve ser infeliz.  Ninguém deve ser infeliz por causa dos filhos. No entanto, não se deve ver a reconstrução amorosa como uma corrida de 100 metros e sim como uma maratona, para evitar apresentações e embaraços desnecessários. Só mais uma achega, deixar a conta bancária conjunta a zeros é uma malícia das cavernas, é assim que quer ser um  homem de família, assim não passa de homenzinho birrento (ainda por cima um assalariado com o dinheiro da taxa audiovisual paga pelo contribuinte na conta da electricidade). Jorginho, Jorginho, ligue a luz de presença 24 horas por dia para carregar as baterias da lucidez. Não gostou do comunicado da ex-mulher com a versão dela, não o crítico, a questão são os filhos, não podem sofrer com as desilusões e desentendimentos dos pais enquanto casal.

Nas contas bancárias conjuntas, não há um efectivo controlo dos movimentos estranhos levados a cabo por um dos titulares, conheço um cem número de casos como este, onde o outro titular fica lesado. Este artifício é a ferramenta mais rápida de vingança utilizada pelos casais desavindos, viúvos(as) em segundas núpcias para prejudicar descendentes de relações anteriores.

3. Há muitos seres bípedes a esquecerem-se de fazer o pagamento da conta da luz, só assim se justifica viverem nas trevas da maldade e da indecência. Comecem por pagar a conta da luz a este juiz expulso, de entre as coisas "bonitas" capaz de fazer, criou um negócio de angariação de mulheres para um bar de alterne. Não sei se esta personagem tem mulheres na família, se é pai de filhas. A mulher que pariu a criatura, falhou ao não incutir-lhe o valor de respeitar a mulher (já agora pelo homem, também). Anda meio mundo contra as escutas, ainda bem que neste caso existiram assim permitiu conhecer outras fontes de rendimento de certa "elite" para conseguir custear uma vida de luxos cujo o salário inscrito para fazer descontos não será suficiente, obviamente. 

Outra factura da luz a ser paga é a da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Esta instituição vive numa escuridão de tantos anos sem saldar a conta da electricidade que depois mergulha nestes negócios esquisitos de estar devedora à máfia brasileira, alegadamente.   O rol de nomeados afectos aos partidos políticos destaca-se pela sua evidente incompetência — toda a regra tem excepção, não soltem os leões eu sou mais team águia —, no entanto,  nunca se espera que sejam chave de cadeia, como os nossos irmãos com açúcar na língua portuguesa dizem. Estudar e fazer um negócio com uma das maiores organizações da máfia brasileira é ultrapassar o inimaginável da incompetência laboral. 

4. Ahhh estou a torcer para que seja uma piada dita sem pensar pela Cristina Ferreira. É dona de uma parte da TVI, todavia não lhe dá o direito de ocupar umas quatro horas de emissão do canal a transmitir o futuro casamento com o irmão tornado vencedor de um reality show. Foi amor à primeira em modo bastidores. Desejo-lhe as maiores felicidades sempre com o candeeiro acesso nunca se sabe o que acontece quando se acaba a luz e ela não está por perto. A cena do Casinhas há muito parecia os campos secos de Mértola em pleno Agosto, agora tens o Monteiro continua a apostar em deslumbrá-lo com as estadas em hotéis caros, apesar de dizerem nas revistas ser oriundo de famílias da alta sociedade do Porto. Se for como as famílias brasonadas minhas conhecidas, apenas o brasão se salva no meio da escuridão da delapidação do muito património. Alguém ilumine a Cristina Ferreira para poupar os telespectadores assíduos do canal 4 à sua cerimónia matrimonial, depois não venha reclamar de perseguição da sua vida privada. Ah pois é Xuxu. Será o Zézé Camarinha no feminino se continuar com esta ideia indelicada de mostrar o troféu que conquistou transformado no amor para a vida toda. Tudo muito forçado. É preciso é ter as redes sociais sempre a bombar. Eu não vejo o canal dela. Mentira vi a vitória icónica do primeiro Big Brother em Portugal, cujo o vencedor foi o alentejano Zé Maria. A fama rápida em vez de nos iluminar, leva-nos para um túnel às escuras. 

O Rui Pêgo não foi Secretário de Estado...

... se não à semelhança da Alexandra Reis e Cristina Pinto Dias teria havido mais destaque para esta indecente indemnização oferecida por uma empresa do Estado à revelia de uma decisão tomada: "em reunião ordinária, o Conselho de Administração (CA) da RTP afirmou que não iria permitir que trabalhadores à beira da idade da reforma integrassem o plano de rescisões. Assim, o Conselho de Trabalhadores (CT) da estação pública já colocou a questão ao CA e afirmou que tal exceção se trata de um “ato de amiguismo”.

Nunca houve a preocupação de uma averiguação pelo governo, tutela a RDP/RTP, pelo Parlamento da legalidade desta indemnização, uma vez que foi utilizado dinheiro do contribuinte para premiar (indevidamente) alguém à beira da reforma. Como nunca foi empossado como secretário de estado, recebeu e "não se falou mais nisso". 

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Esta notícia podia ser uma das eleitas para ser escalpelizada nas Novas Crónicas da Idade Mídia, não seria Ruizinho?

O RASI: tabu em Beja e Serpa

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No RASI o distrito de Beja, a curva da evolução da criminalidade geral tem aumentado desde 2020 consideravelmente, por exemplo, face a 2022 foi registado um aumento de 12,3%. No que diz respeito à criminalidade violenta, a subida situa-se nos 24,2%, uma tendência desde 2021. 

Na cidade de Beja a insegurança é cada vez mais sentida durante o dia. São outros tempos, outras realidades. Aquela cidade onde se podia percorrer as ruas pela madrugada fora sem sentir um arrepio nas costas e andar de dia naquelas ruas estreitas do centro histórico, morreu. As cidades do Baixo Alentejo têm a população envelhecida, infelizmente não tem existido sensibilidade no poder local para o clima de insegurança não seja um costume para enraizar. 

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O debate sobre os resultados "aqueceu" quando no relatório anual de segurança interna  2023 não está presente o detalhe da nacionalidade dos delinquentes, criminosos e/ou meliantes o que lhes quiserem classificar. Não será necessário se estivermos atentos ao longo do ano às notícias locais que abordam a criminalidade. No entanto, não estou interessada em saber a nacionalidade, quem pratica actos puníveis no nosso ordenamento jurídico têm de ser condenados independentemente do país de origem, género ou condição social. A insegurança não tem nacionalidade, a menos vigilância nocturna e diurna, as penas insignificantes aplicadas impulsionam a continuação da prevaricação e do crime. A título  de exemplo, no distrito de Beja a maioria dos crimes estão associados ao furto de azeitona e cobre, actos de vandalismo (perpetrados por adolescentes), tráfico de droga, burlas e condução com taxa de álcool considerada crime. E se existisse maior fiscalização e patrulhamento por parte das forças de segurança disparavam os números de ilícitos e de criminalidade.

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O concelho de Serpa está em terceiro lugar nas participações criminais. Em 2022 estava em quarto lugar. Não li nenhuma declaração do executivo da Câmara Municipal de Serpa sobre este aumento da criminalidade, não tem havido demonstração de interesse no encontrar de soluções para estancar esta tendência crescente dos casos de violência/crimes; ao contrário assisto um enorme afinco dos eleitos municipais em governar para inventar cada vez mais eventos, festas e certames temáticos esquecendo que a questão da segurança pública deve estar sempre nas grandes preocupações diárias na liderança de um município visto também ser um potenciador destes comportamentos desviantes quando aparentemente só tem na agenda de prioridades a criação de iniciativas festivas para todos os meses do calendário. Ou seja, é preciso desviar a atenção dos graves problemas que o concelho tem entretendo os residentes, aumenta-se o fluxo de pessoas onde as forças de segurança são escassas, como bons samaritanos contratam empresas de segurança privada.  A solução é errada dado não fazerem e nem podem fazer patrulhamento nocturno nas zonas residências e rurais. As funções de defesa e segurança da população são de exclusiva competência do Estado materializadas pelas organizações afectas ao ministério da administração interna e cabe aos municípios zelar no cumprimento das acções de ordem, tranquilidade e segurança públicas. O sector privado pode e deve substituir as autarquias na organização de espectáculos de diversão e musicais, porém a segurança interna é uma missão intransmissível, onde os políticos eleitos localmente têm de ter outra forma de actuação perante as incidências de comportamentos erráticos e desviarem-se desta senda de quererem fazer concorrência às empresas de organização de eventos e promotoras de espectáculos musicais.

P&O na Planície: Bom Fim de semana 140

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P&O na Planície: Bom Fim de semana 140 = Fui votar. A minha mesa de voto mudou de edifício por conta dos cadernos eleitorais estarem online, era preciso encontrar um local com wireless para o portátil ter acesso à Internet. Esta formula aplicada às eleições europeias deveria ser seguida nas eleições para presidência da República. Sabendo que nas legislativas e nas autárquicas os boletins de voto diferem de círculo eleitoral e de municípios/freguesias respectivamente torna-se difícil de aplicação deste método só quando estiver o voto online em execução. Se assim fosse, a taxa de abstenção baixaria muito, consequentemente os resultados eleitorais estariam em real conformidade com as escolhas partidárias, bem como o Parlamento português, por exemplo, os cidadãos portugueses estariam representados de forma efectiva e não apenas uma franja da nossa sociedade, uma vez que, a grande maioria não está interessada em votar e o sistema para o fazerem não é atractivo. 

Comecei por escrever que fui votar. Correu lindamente o processo. Cheguei e não tinha ninguém na sala. Facultei o cartão de cidadão, sem saudade nenhuma, pois tinham entoado alto o meu nome completo há meia dúzia de meses, a diferença desta vez foi a leitura do chip do meu cartão de cidadão no dispositivo adaptado no portátil. Lá veio a conversa "a Internet está lenta", e a dita senhora distraída no telemóvel a ver não sei o quê à procura de não o quê para o qual ninguém tinha perguntado. Vidas. Para além, do responsável da mesa chamar a atenção se já podia tirar o meu cartão e quase quase confundia o meu nome com outro, foi por um triz que outra ficava impedida de votar.

Ainda cá vou: a internet está hoje e estará sempre, dado ser um grande problema a deficiente cobertura de sinal disponibilizado aos consumidores de forma leviana pelas operadoras de telecomunicações. Pagamos muito para termos um mau serviço. Encolhe-se os ombros e as "fornecedoras da Internet" vão divulgando aqueles spots publicitários de velocidade assombrosa de upload e download apenas os fantasmas conseguirão usufruir. Está tudo bem no Reino de Portugal e dos Algarves. 

Não tirei uma fotografia ao boletim de voto cinzentão como é o nosso. Viram o dos nossos colegas latinos italianos? Um boletim giríssimo cheio de cores garridas onde predominava o rosa vivo. Aquele boletim é que dá vontade de fotografar e mostrar ao mundo a alegria de ver a cruz no meio de tanta cor. Nem dinheiro para a tinta temos para os símbolos dos partidos deixarem de apetecer a preto e branco. Pobreza de espírito, tio Alfredo. 

Adiante. É uma parolice as figuras conhecidas da nossa praça do comércio das redes sociais fotografarem a folha com o nome de todos os partidos candidatos a uma eleição. Piroseira. "Já votei e tu já foste votar?", "Não deixes de votar" blablablaaaa. Gente que coloca a cruz no PS e no Bloco de Esquerda e depois gostam que as tratem com os verbos conjugados na terceira pessoa do singular sempre a tentar que a voz saia com a marca das fossas nasais. Um tédio. E que gostam muito de chamar de povinho cujo o voto recai nos mesmos partidos onde elas votam, porém não admitem. Não é só a gente do povo que gosta de ter subsídios estatais, estas da praça do comércio das redes sociais também,  só que se intitulam de avençadas. É mais "chique a valer" já dizia o Dâmaso Salcede persongem da grande obra de Eça de Queirós. Prefiro ilustrar o dia de hoje com uma fotografia com um sinal de estacionamento proibido absurdamente estacionado no tronco da laranjeira. O repto do Excelso Presidente da República: “Não votar é metermos a cabeça na areia”, faz sentido e não faz sentido. Ora muitos cidadãos vão votar com a cabeça enfiada na areia, e outros que votam tiraram literalmente a cabeça da areia e não vêem que lhes estão a vender a banha da cobra. Os portugueses estacionam os automóveis em locais proibidos, dispensava ser também um traço de personalidade o facto de não estacionarem bem os ideais políticos sob pena de andarmos sempre a marcar passo na política interna e externa.

Eu não crítico quem vai e quem não vai votar. Cada um sabe as razões de ambas decisões. Eu não gosto é das fotografias do boletim de voto, sou frontalmente contra. O resto é o resto. 

A minha cabeça, como podia terminar sem mencionar a falta de chá de alguém que era Primeiro-Ministro há poucos meses a ter destaque como comentador de umas eleições para as quais é um dos principais interessados em arrancar a ferros um cargo europeu. Um comentador em causa própria. A Ética, a responsabilidade de afastar-se do comentário da vida política portuguesa que até há poucos meses era o principal influenciador no rumo das decisões governativas consumadas em Portugal. Asco. 

Boa semana

Meus queridos, é isto que tenho para vós esta semana: 

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Por acaso conheço muitos bibliófilos desta craveira. 

Desejo a todos vós uma semana cheia de autógrafos no coração escrito com a tinta do amor e da amizade, no fim do jogo diário dessa coisa chamada viver devemos concentrar-nos nessas assinaturas com a tal tinta. Essas são as que valem a pena.