O Donald Trump de quando em vez diz uma verdade cuja a qual os países europeus, os da União Europeia, não gostam de ouvir e uma delas é aquela sobre a NATO. Não pagam o estabelecido, Portugal é um deles, e depois querem ter um exército pessoal pago em dólares americanos e com os militares americanos para nos defender. Todos sabíamos que com a saída do Reino Unido a nossa defesa militar estaria mais fragilizada, sem esquecer a limitação imposta à Alemanha: armamento condicionado e forças armadas apenas para cumprir compromissos para não ser uma potência mundial (agora a Alemanha está rearmada para se defender, tem outra vez um grande poder militar), resta-nos a França, porém tem os seus comprometimentos com as ex-colónias. Somos uma União Europeia dependente da NATO onde o seu principal financiador tanto financeiro como militar é nada mais nada menos do que os Estados Unidos da América. Eles gostam desse controlo, porém tornou-se uma despesa enorme às costas dos americanos. O que é que os país da U.E. têm feito para contrariar esta evidência? Muito pouco. Temos de ter bem presente o compromisso de missão/sacrifício dos militares americanos virem para solo europeu morrer ou ficarem incapacitados física e psicologicamente quando a maioria dos países integrantes da NATO desactivaram o serviço militar obrigatório. Fazem ouvidos de mercador. Mas esta é a realidade. Cumprem-se os mínimos exigidos com os recursos financeiros e militares que enviamos para as missões às quais estamos obrigados e quando é preciso mais batalhões e meios logísticos militares são os do norte americanos que desembarcam na Europa em nome da NATO.
A Aliança Atlântica é composta por 32 países, de entre os que são membros da U.E. apenas a Áustria, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Letónia, Lituânia e Suécia têm a obrigatoriedade de frequentar o serviço militar.
A guerra acessa na Ucrânia tem contribuído para alguns países equacionarem a reactivação do serviço militar obrigatório. Um dos obstáculos é a questão da atribuição de mais verbas financeiras para o reforço do orçamento da defesa para voltar a acolher este sistema; e países como Portugal não estão interessados no seu regresso devido à necessidade de aumentar os gastos financeiros em programas de treinamento para um grande número de elementos que se iriam apresentar para cumprir a imposição do serviço militar. E no caso português iria ser necessário canalizar muito mais dinheiro para reestruturar os serviços e Infraestruturas entretanto redimensionadas para o regime militar centrado no voluntariado.
O então Ministro da Defesa, Paulo Portas, substituiu o serviço militar pelo dia da defesa Nacional, todos os jovens com 17/18 anos têm de participar incluindo as mulheres. Foi uma questão economicista (poupança) a abolição da tropa obrigatória aproveitando o facto de na Europa haver um clima de segurança e paz sem necessidade de haver um grande contingente militar treinado para intervir em cenários de conflito duradouros como acontecera nas guerras mundiais e nas guerras internas dos países com impérios coloniais.
Actualmente, segundo as notícias: "Faltam mais de sete mil militares nas Forças Armadas. Só em 2022 saíram mais de dois mil. Há mais chefes do que soldados". Este facto determina esta insólita proporcionalidade das nossas Forças Armadas: há dois chefes para cada soldado.
Em contraciclo está a Dinamarca com a inclusão das mulheres para irem também para a tropa (depois da Noruega e Finlândia). Será que esta igualdade seria bem aceite em Portugal?