Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Momentos...

20240224_150400_resized.jpg

A Páscoa foi feliz?

As datas de celebração profana e religiosa são eventos profundamente cantados pela hipocrisia. Deixou de ser tendência, enraizou-se esta canção. Nas procissões a celebrar o calvário e sacrifício de Jesus apenas as santas e santos de pau ou barro são dignos desse nome. As santas e os santos de carne e osso têm a esperança que estas horas atrás do andor ficam com as contas certas para o resto do ano em relação à prática do amor pelo próximo, da entreajuda familiar... fiem-se. Nada de novo nesta Páscoa,  portanto.  Se fosse diferente, não teria a mesma magia que só a hipocrisia consegue oferecer. 

Então André Ventura começaste a limpar Portugal?

Prometeste fazê-lo, mas querido André, está a ser muito forte a limpeza. Está um pó no ar que não se suporta. Ó filho, não sacudas com tanta energia as carpetes, por favor, utiliza-me um aspirador, em vez dos sopradores para juntar o pó e o cotão acumulados aos cantos e debaixo dos tapetes de Arraiolos por este Portugal alcatifado.

 

NB: A verdade: "As poeiras do Saara tomaram conta dos nossos céus". Vai ser um fim de semana jeitoso: lavar estas poeiras amarelas que encardem tudo e as malditas são difíceis de sair, enfiam-se por todos os buraquinhos. É preparar a escova de dentes para lavar as portadas, está mais do que visto. 

Palear sobre as Legislativas @ 3

Dia do Pai

Em dia de celebração do dia do Pai, parte-me o coração dois pais não assumirem a paternidade dos 48 filhos registados com o nome Chega (é previsível mais dois filhos vindos de uma cegonha europeia e outra do resto do mundo). É de uma irresponsabilidade e de uma tremenda insensibilidade o Pai Primeiro-Ministro António Costa e o Pai Presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva não aceitarem, pelo menos, dar os apelidos aos filhos políticos que geraram. Bem sabemos que foi uma procriação politicamente assistida, recusaram assistir ao parto, no entanto, é uma inevitavelmente chegarem-se à frente para cumprirem as obrigações parentais.

Nesta segunda-feira, assistimos a um comportamento passível de encaixar no critério de Pai desnaturado protagonizado pelo Primeiro-Ministro António Costa, então não que foi à Terra do Tio Sam cravar uma reunião ao António Guterres para não sei o quê e levou-lhe a Tapeçaria Coral Vivo da artista Vanessa Barragão para pendurar numa divisão qualquer da ONU, e para os seus 48 filhos nem se designou a comprar o enxoval para se apresentarem no hemiciclo. Está mal. Muito mal.

Pode ser que o outro Pai compre faqueiros e passe esse seu gosto aos seus 48 filhos legítimos, apesar de os querer ilegítimos. 

Pensava que tinham acabado com os filhos de pai incógnito.

 

NB: apresento o meu desejo de Feliz dia do Pai para todos aqueles que levam a sério essa tarefa de ser Pai até ao fim da vida. Um beijinho para o meu.

Boa semana: operação STOP

As operações de STOP devem fazer-se amiúde e não uma vez de cinco em cinco meses. E não apenas às seis ou sete da manhã no início de cada semana. O sol quase a bater nos olhos,  a cabeça a trilhar o caminho que já devia ter sido percorrido e não foi, avista-se o que não se quer quando estamos numa de mano a mano com o relógio. As acções de fiscalização têm muita razão de ser, porém também seria urgente verificarem os furgões a "babarem" óleo por todo lado, com a lotação mais do que esgotada e claro não menos importante a verificação da autenticidade da carta de condução. Quando olho para as carrinhas a entrar ou a sair "à paposseco" das vias de trânsito questiono-me se têm carta de condução ou se não são falsificadas, pois tendo em conta o tempo de espera averbado aos processos submetidos no Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres admira-me estas criaturas que vieram trabalhar na agricultura à procura do el dourado que não passa do el enferrujado terem na sua carteira a emissão da troca do título de  condução estrangeiro. Fico com o batimento cardíaco acelerado no momento em que rompem o asfalto meio desgovernados à espera de uma mudança de trajectória brusca ou no soltar de uma peça qualquer da carroçaria, ao contrário, o agente da autoridade de sinal em punho em posição para mandar parar, o meu coração bate com a cadência normal. O relógio mostra-me a língua enquanto apresento os documentos pretendidos pelo Senhor  Agente. Era cedo, pisquei o olho ao relógio, a fiscalização iria ser rápida.  Assim foi. Mas, não me livrei da gargalhada jocosa do relógio.  O atraso não se deu. Cheguei antes da hora, o ponteiro dos minutos estava em cima do ponteiro da hora.

Fica sempre a pairar no ar, qual águia em busca da presa, a dificuldade em compreender a escassez de acções para fiscalizar o cumprimento da lei do álcool para as criaturas com idades inferiores a 18 anos que saem das festas e bares acompanhados com ela, mas não é de carne e osso. Ou não estão em todas as saídas das cidades e vilas com operações de STOP a obrigar os condutores a soprar o bafo para o balão, evitariam situações de insegurança nas estradas tanto para os que estão com o grão na asa como para os outros que partilham a mesma hora de viagem,  sóbrios, cumprindo as regras de trânsito, e sem culpa são envolvidos em sarilhos que lhes podem custar a vida. A noite não tem portas onde há pouca vontade em cumprir as leis. Mas não querem encher os cofres do Estado com os prevaricadores noctívagos,  preferem (e bem, também) os madrugadores que vão ganhar a vida com o sono como acompanhante vão mostrando o cartão de cidadão, o registo de propriedade... 

Desejo a todos vós uma semana em segurança e se forem mandados parar na operação STOP tenham os documentos obrigatórios para não começarem logo pela manhã a fazer compras no terminal de multibanco da GNR. 

 

O serviço militar obrigatório só para alguns países

Screenshot_20240314-011939_Samsung Internet.jpg

O Donald Trump de quando em vez diz uma verdade cuja a qual os países europeus, os da União Europeia, não gostam de ouvir e uma delas é aquela sobre a NATO. Não pagam o estabelecido, Portugal é um deles, e depois querem ter um exército pessoal pago em dólares americanos e com os militares americanos para nos defender. Todos sabíamos que com a saída do Reino Unido a nossa defesa militar estaria mais fragilizada, sem esquecer a limitação imposta à Alemanha: armamento condicionado e forças armadas apenas para cumprir compromissos para não ser uma potência mundial (agora a Alemanha está rearmada para se defender, tem outra vez um grande poder militar), resta-nos a França, porém tem os seus comprometimentos com as ex-colónias. Somos uma União Europeia dependente da NATO onde o seu principal financiador tanto financeiro como militar é nada mais nada menos do que os Estados Unidos da América. Eles gostam desse controlo,  porém tornou-se uma despesa enorme às costas dos americanos. O que é que os país da U.E. têm feito para contrariar esta evidência? Muito pouco.  Temos de ter bem presente o compromisso de missão/sacrifício dos militares americanos virem para solo europeu morrer ou ficarem incapacitados física e psicologicamente quando a maioria dos países integrantes da NATO desactivaram o serviço militar obrigatório. Fazem ouvidos de mercador. Mas esta é a realidade. Cumprem-se os mínimos exigidos com os recursos financeiros e militares que enviamos para as missões às quais estamos obrigados e quando é preciso mais batalhões e meios logísticos militares são os do norte americanos que desembarcam na Europa em nome da NATO. 

A Aliança Atlântica é composta por 32 países, de entre os que são membros da U.E. apenas a Áustria, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Letónia, Lituânia e Suécia têm a obrigatoriedade de frequentar o serviço militar.

A guerra acessa na Ucrânia tem contribuído para alguns países equacionarem a reactivação do serviço militar obrigatório. Um dos obstáculos é a questão da atribuição de mais verbas financeiras para o reforço do orçamento da defesa para voltar a acolher este sistema; e países como Portugal não estão interessados no seu regresso devido à necessidade de aumentar os gastos financeiros em programas de treinamento para um grande número de elementos que se iriam apresentar para cumprir a imposição do serviço militar. E no caso português iria ser necessário canalizar muito mais dinheiro para reestruturar os serviços e Infraestruturas entretanto redimensionadas para o regime militar centrado no voluntariado. 

O então Ministro da Defesa,  Paulo Portas,  substituiu o serviço militar pelo dia da defesa Nacional, todos os jovens com 17/18 anos têm de participar incluindo as mulheres. Foi uma questão economicista (poupança) a abolição da tropa obrigatória aproveitando o facto de na Europa haver um clima de segurança e paz sem necessidade de haver um grande contingente militar treinado para intervir em cenários de conflito duradouros como acontecera nas guerras mundiais e nas guerras internas dos países com impérios coloniais.

Actualmente,  segundo as notícias: "Faltam mais de sete mil militares nas Forças Armadas. Só em 2022 saíram mais de dois mil. Há mais chefes do que soldados". Este facto determina esta  insólita proporcionalidade das nossas Forças Armadas: há dois chefes para cada soldado. 

Em contraciclo está a Dinamarca com a inclusão das mulheres para irem também para a tropa (depois da Noruega e Finlândia). Será que esta igualdade seria bem aceite em Portugal? 

Palear sobre as Legislativas @ 2

Ai a nossa vida...

A Marena, em alentejano, já alugaria os autocarros da Rodoviária para depois das reuniões com os seus camaradas socialistas, comunistas e do Livre, levar "a maioria de esquerdas" para acampar no jardim do Palácio de Belém? E só saírem de lá com o passaporte na algibeira para formarem governo.

Segundo o seu camarada cinzentão de óculos à Trotsky já foi do Bloco que agora prefere ser Livre acha aceitável e democrático as esquerdas formarem governo "caso tenha mais votos e mandatos do que PSD, CDS-PP e IL juntos e insistiu que estes partidos devem dizer o que farão caso o Chega apresente uma moção de censura a esse eventual executivo". Isto é, o Rui Tavares tem em marcha tapar no Parlamento com os edredões do IKEA os 48 deputados eleitos pelo Chega e tomar de assalto o Palácio de São Bento. Querendo poleiro de Governo vai enviar de autocarros para parte incerta um milhão e tal de portugueses que votaram no Chega.

São delirantes esta Marena e este camarada cinzentão de óculos à Trotsky. 

Cenas Pitorescas na rua (3)

... neste caso no supermercado

Aprendemos muito enquanto esperamos na fila da caixa de um supermercado. Tive uma aula de alimentação saudável sem estar minimamente à espera.

Ora então cá vai o que aprendi:

Estavam duas amigas na tagarelice quando uma diz para a outra: "sabes estou muito contente com a creche da minha filha, com o auxílio de uma nutricionista a ementa dos almoços promove a alimentação saudável e diversificada". Continuou e a amiga a ouvir: "Ontem, por exemplo, a refeição foi salada de alface, tomate e grão de bico acompanhada com douradinhos de pescada. A amiga respondeu: olha que bom a saladinha. 

Como estava sozinha, falei com os meus botões: ainda bem que me lembrei de ir ao supermercado àquela hora, pois fiquei informada da novidade: os douradinhos ascenderam à categoria de alimentos saudáveis. 

Não a conheço,  mas já gosto desta nutricionista. A sério que gosto. E o Capitão Iglo também gosta e muito.

 

 

Boa semana

Mas o Partido Socialista não tem mais ninguém para se fazer representar nos programas de comentário político sobre as incidências resultantes da demissão do seu pai e agora na analise dos resultados eleitorais de ontem? 

Screenshot_20240311-183727_Samsung Internet.jpg

Ora está na CNN, ora na SICNoticias esta pessoa que por culpa do sentido enraizado na comunicação social de  prestar vassalagem aos filhos de, sobrinhos de, primos de, netos de,  transformando os lugares em painéis de comentários de atribuição hereditária. Estas heranças não precisam de testamento. 

Na RTP há um caso que passa despercebido,  o filho de Jaime Gama, o João Taborda da Gama pode ter muitas qualidades profissionais, como comentador de actualidade política nacional  e internacional é muito fraco pois caracteriza-se por recorrer a banalidades e a um conjunto de observações de lana-caprina.  E por isso mesmo nunca foi posto em causa a sua permanência no programa da RTP 3 por nada trazer de relevante nas abordagens de análise que apresenta semanalmente nos minutos televisivos que lhe pertence.

Precisamos de fazer uma desintoxicação do político António Costa e qual é o tratamento que nos impõem? Ter a promoção televisiva do filho dele. É estranho e causa estranheza quando se ouve Pedro Costa a comentar o legado e o desempenho do seu pai enquanto Primeiro-Ministro de Portugal. Não é interessante nem instrutivo dar palco mediático ao Pedro Costa para conseguir outros papeis mais relevantes no PS.  Ser presidente de junta é "pouchinho", para azar daqueles fregueses, têm de aguentar esta pouca sorte que lhes calhou. A sua presença começa a ser assídua na televisão não pelo mérito das suas análises bem documentadas e fundamentadas sobre a política portuguesa mas por ser filho de quem é. Protegem-se uns aos outros, dando a mão à descendência para que a estirpe não caia no esquecimento para quando haja uma janela de oportunidade para ocupar cargos políticos de relevância. 

Desejo a todos vós uma semana liberta de Pedros e principalmente de Costas. Isto são Costas a mais, quando já nos bastam as nossas dores de costas ainda temos de ter estes Costas a infligirem-nos mais dores descabidas. 

 

Palear sobre as Legislativas @ 1

PCP fora do círculo eleitoral de Beja

Momento histórico: o PCP coligado com o Partido Os Verdes perdeu o deputado eleito pelo Círculo Eleitoral de Beja. Elegia sempre um deputado, pelo menos.

Não falhou a campanha feita pelo Paulo Raimundo. Não falharam os argumentos do João Dias para ser reeleito nestas legislativas. 

Falhou o facto de os eleitores fieis ao PCP terem preferido votar no PS quando está em jogo a viragem à direita e assim acharem que é mais útil votar no partido que tem distribuído subsídios e empregos para os protegidos dos partidos da geringonça. 

O partido Chega tirou o deputado do PCP quando estes preferiram votar no PS. O deputado perdido pelo PS (tinham dois) foi naturalmente para a AD. Como sempre aconteceu.  Os votos voláteis desta vez regressaram ao PSD. Já se sabia que os eleitores socialistas moderados (esquerda democrática e europeísta) não iriam votar neste PS liderado por Pedro Nuno Santos.

As eleições legislativas de 2024 ficam para a história com a não eleição do deputado mais do que expectável pelo Partido Comunista no Baixo Alentejo.