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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

O Lobo Ibérico ganhou um defensor inesperado

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Foto/Autor: Paulo Calado

 

Nota Bene: Agora que ficou sem amigos, leva o Galamba para fazer a contagem das alcateias existentes em Portugal. A esposa do Primeiro-Ministro, neste trabalho de campo, terá a função de transportar a marmita e o cantil com o café quentinho. Nada pode faltar ao maridinho, o apoio moral, esse, está assegurado.

O alvo da semana: Presidente da República

Recorro a  Stendhal: 《As pessoas que honramos não passam de patifes que tiveram a sorte de não  ser apanhados em flagrante delito》para prestar "homenagem" ao Presidente da República Portuguesa pela sua conduta exemplar no que concerne à criação no imaginário da maioria dos portugueses a postura de nunca ter pedido cunhas ou ter feito batotice a fim de atingir os seus objectivos pessoais e profissionais. É mais chique, apesar de não passarem de bocas foleiras, dizer que o cozido em que se transformou, a mistura de político, comentador com professor de direito, nasceu um perito em mandar indirectas,  nunca o de pedir favores. Os Deuses do Olimpo estiveram com a Primeira Figura de Estado quando é notícia: "Gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal fazer tratamento milionário. Marcelo suspeito de pedir cunha no carrossel mediático surge a Operação Influencer a implicar o Primeiro-Ministro de Portugal. Dá a sensação que a reportagem da TVI sobre a possível ajuda presidencial no caso de saúde dos amigos do filho e nora estava em banho maria; e algo correu muito mal na paz podre entre São Bento e Belém para destravar uns modus operandi suspeito datados de 2019 (Primeiro-Ministro) e 2020 (Presidente da República) capazes  de desencadear a instabilidade governativa e fragilizar o sistema político português. A sequência no carrossel informativo mediático segue no método: ataque e contra-ataque. Aparentemente, o Presidente da República estaria à espera da reportagem da TVI. Fez-se desentendido mas sempre com o discurso explicativo, mesmo quando declara: "Vendo a reportagem, ninguém aparece a dizer que eu falei com essa pessoa. Ninguém. Só há um Presidente. A família do Presidente não foi eleita. Se aparecer alguém, eu aí não tenho outro remédio se não eventualmente ir a tribunal comparar a minha verdade com a verdade dessa pessoa. Os portugueses têm direito a saber se o Presidente está a mentir ou se está a dizer a verdade. Não se trata do dever da defesa da minha honra, mas do dever da defesa do Presidente da República.

Está seguro do insucesso desta suspeita. 

Se foi a nora a utilizar as influências fabricadas do facto de ter um sogro bem relacionado, o qual conhece meio mundo, não sei. O que sei é: a forma de obtenção da nacionalidade portuguesa mais uma vez é dúbia, o tratamento custar quatro milhões de euros ao erário público e quando temos crianças portuguesas por nascimento com patologias graves,  para as minimizar têm de, por exemplo, realizar  longos processos de fisioterapia intensiva, sendo a via para os custear os mesmos, na falta de condições financeiras do agregado familiar, através de peditórios, na recolha de tampinhas de plástico, nos concertos solidários e/ou donativos a título pessoal, uma vez que o SNS não tem este tratamento de forma regular e intensiva. A diferença de critérios é para mim o busílis da questão. Para uns há recursos financeiros disponíveis no SNS, para os outros têm os tratamentos mínimos, forçando a busca de alternativas e meios a fim de aumentar as horas de terapias.

O Governo caiu em virtude de uma suspeita criminal na figura do Primeiro-Ministro António Costa, Belém recebeu de braços abertos a decisão.  Mesmo com a apresentação de possíveis nomes para assumirem o Governo de transição, o televisionado esticar de pernas do Presidente da República na noite de terça-feira não foi para pensar, a decisão estava tomada, à semelhança da ideia fixa de Marques de Pombal de perseguir e assassinar os membros da família Távora. A traição é um móbil feroz para o desenrolar de eventos inesperados. A disputa sôfrega pelo protagonismo mediático por estas duas figuras do Estado sem noção da diferença das obrigações das funções e a desobediência estúpida por parte do Primeiro-Ministro em manter um ministro tóxico com comportamentos lesa pátria, tendo o Marcelo Rebelo de Sousa no outro lado do passeio, obviamente, lhe traria um percalço na sua ambição política na conquista de um cargo europeu.

Eleições antecipadas. Dissolução da Assembleia da República. Não surpreendeu. Não tinha de surpreender. Quem segue a forma como desempenha o cargo da presidência da República, ouve todas as suas intervenções, nomeadamente os discursos em datas comemorativas, estava à espera desta decisão bem como nunca acreditaria na sua bênção pela solução de um primeiro-ministro substituto ou  de um governo transitório. Decisão em conformidade. E, mais, a data tardia para os portugueses irem depositar o boletim de voto na urna faz parte de outro capítulo da vingança. Transformar em cinza este partido socialista liderado pelo António Costa, para além de ser um isco, se não foram cautelosos, para continuarem a performance de ocupação abusiva e lesiva dos organismos públicos, sendo certo serão, posteriormente descobertos ou pelo menos falados naquelas investigações jornalísticas com hora  marcada para as 20 horas. O flagrante delito não lhe bateu à porta. Bateu-lhe na janela. Porém, entra-se pela porta, a janela é uma aliada dos vigilantes. 

Não é o Presidente da República o responsável pela crise política instalada, uma vez que não é responsável pelas condutas criminais de um Governo, mais preocupado em governar os interesses da corja socialista e do grupelho de confiança do chefe de Estado do que em governar os interesses dos cidadãos portugueses e de Portugal. 

Com esta corrente noticiosa focada no Largo do Rato e Palácio de São Bento, os estilhaços, porventura houvesse devido à notícia do caso das bebés luso-brasileiras, não irão atingir a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa. Apesar de nunca ter conseguido ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Primeiro-Ministro, nunca foi abandonado pela estrelinha da sorte nesta última etapa política a servir a causa pública. Abstraindo-me das suas manobras de bastidores e da sua verborreia quando vê um microfone, nas alturas de exigência e dramatismo político tem conseguido ser acertado nas tomadas de posição e consequentes decisões políticas que daí sucedem. Admito.

O protagonismo está-lhe no sangue e não teve de fazer muito para ser o centro das atenções, teve as maiores das ajudas: os governos de António Costa. Só soube capitalizar estes desastres a seu favor sem o mínimo esforço. 

 

 

 

 

 

Governo: Flagrante (de)lítio (2)

1. Ontem, houve um simulacro de tsunami em Lisboa. Hoje, muitos afirmaram que para os lados do Largo do Rato houve um terramoto com intensidade 8 na escala de Richter, rachou a segunda maioria absoluta conquistada em nome individual patrocinada pelo PS, a primeira recordam-se, pertenceu ao José Sócrates. A malapata das maiorias absolutas para os secretários-gerais do PS é flagrante: acabam as duas nas mãos da justiça. A cidade de Évora nunca mais foi a mesma desde o acolhimento temporário de José Sócrates. Moradores eborenses previnam-se, a mudança pode acontecer outra vez.

2. O Presidente do Partido Socialista, Carlos César, fez uma declaração para o mundo partidário rosa e restantes cidadãos portugueses que não mudaram para o canal FoxMovies; sabendo de antemão a natureza da conversa ser o hino à "cowboiada", há quem  prefira ver os verdadeiros filmes de cowboys que regressaram entretanto à grelha de programação daquele canal.

Os Açores, mais especificamente a Ilha Terceira, esteve sempre no Continente: oito anos de toureio à corda.

3. Não sei se é por causa da inoperacionalidade do radar de Loulé,  contudo o IPMA foi incapaz de prever o ciclone-bomba que estava para chegar nesta manhã de terça-feira para os lados de São Bento, o momento crítico aconteceu quando a Terceira Figura do Estado foi atingida com a rajada de vento PGR a 200 km/h, resultando numa segunda viagem ao Palácio de Belém e o Presidente da República indaga-o pelo guarda-chuva, o qual  amparou-o no discurso durante a festa dos Santos Populares promovida pela Rádio Alfa nos arredores de Paris, pois vai precisar dele.

São as alterações climáticas a atingir o Primeiro-Ministro António Costa. Sem o decretar dos avisos meteorológicos, a tempestade Costa alastrou ao país todo com um valente rio atmosférico provocando uma forte chuvada de nomes como: Lacerda Machado, Vítor Escária, João Galamba, João Matos Fernandes, Duarte Cordeiro. A inundação chegou até Sines: Nuno Mascarenhas, dois administradores da Start Campus e um advogado/consultor nem se aperceberam e foram levados pela cheia e lamaçal. Como li algures no Facebook: 《não vale a pena chorar sobre o lítio derramado》.

4. O (Lacerda) "Machado" cai na cabeça do Primeiro-Ministro provocando uma Escária. A  amêndoa algarvia (Galamba) estava já bem ensacada, não esperava escorregar no Mato(s) sinuoso. Se tivesse dito que ia a conduzir, não atenderia a chamada e ficava como sempre: a suspeita sem provas e o dinheiro público abrigado em todas as contas menos na do contribuinte. 

5. Todos estão a sentir compaixão pela decisão tomada pelo Primeiro-Ministro que nos (des)governa há oito anos. Foi uma atitude digna?! Perante o desenrolar dos acontecimentos, não vislumbrava outra opção. Está lançada a estaca para a vitimização. 

Muitos minutos depois da hora estipulada aparece com falinhas mansas, passando para a voz emocionada (os olhos estavam humedecidos, não sei se de alergia ou pena de nos deixar em paz) terminando com um tom rude,  ou seja, voltou ao seu estado emocional normal de político hábil de grande sobranceria: "Não, não me vou recandidatar ao cargo de Primeiro-Ministro."

A dicção resvalou para a normalidade de quem gosta de controlar a condução dos acontecimentos e não conseguiu, isto é, momentos em que descontou as suas frustrações nas coitadas das palavras, traído pelo nervosismo. Senti comiseração por isso, depois lembrei-me da insensibilidade e desrespeito pelos problemas estruturais mais do que conhecidos no distrito de Beja, os quais tornam-se num obstáculo para o desenvolvimento sócio-económico da região.

Tal como o Primeiro-Ministro disse estar de consciência "tranquilia",  eu também estou "tranquilia"  na minha falta de misericórdia para com este Primeiro-Ministro de Portugal, finalmente, demissionário. 

6. O José Sócrates está vingado. O Pedro Nuno Santos jantou maravilhosamente bem, começou o desmame do comprimido para azia (cá se fazem, cá se pagam). O Ricardo Costa não almoçou, o sangue corre pelas veias, apenas conseguiu telefonar para o canal de Pinto Balsemão fazer o brilharete e ofuscar a concorrência: "A SIC sabe que o Primeiro-Ministro foi apresentar a demissão ao Presidente da República". Mas, a taróloga Maya não continua na CMTV? O Gomes Ferreira não teve coragem,  se a tivesse tido, tinha levado velas foguete para o estúdio e festejar no momento em que ouviu da boca do Primeiro-Ministro: 《obviamente, apresentei a minha demissão》. Para disfarçar a alegria sentida e não melindrar o colega Ricardo Costa lá foi dizendo que o Governo de Costa conseguiu dois superavits orçamentais. A excitação foi tal, leu um comentário de uma rede social de uma página de humor. Ricardo Araújo Pereira quando algum dos teus pesquisadores de informação adoecer, telefona ao Gomes Ferreira.

Vem mesmo a propósito: ao telefone dizia-me alguém, sempre on fire nas redes sociais, tinha lido a frase: 《foi decretado três lítios nacional》. Eu respondi: ainda é cedo, o rabo é o que custa mais a esfolar.

O Governo de Costa tem uma reserva enorme de pilhas para descarregar.

A "lítio" sentença final está longe. 

 

 

 

Governo: Flagrante (de)lítio (1)

Os detidos em vez de irem para Moscavide, deveriam cumprir as prisões preventivas nas urgências hospitalares. Isso é que era de valor.

O braço direito e o braço esquerdo de António Costa presos. Comprem ao Excelso uns sapatos ortopédicos: os pezinhos vão-lhe doer nas horas que se seguem ao caminhar na estrada coberta de pedras bicudas. E, claro,  depois mandem-no para as Urgências de um hospital... fechado. 

Entrento: estou em picos para ouvir o comentário de Ricardo Costa, já se manifestou? 

E neste meio tempo surgiu, também, a novidade que o Primeiro-Ministro irá fazer uma declaração ao país às 14 horas. 

Fernando Medina para Primeiro-Ministro, já.  Brincadeira minha!

 

 

 

 

Boa semana

Vamos começar bem a semana com uma provocação:

O que tinham em comum os curdos e os judeus?

O Estado do Curdistão é uma miragem. O Estado de Israel é uma realidade por força do sionismo ter sido apoiado pelo Reino Unido, ONU, EUA e Rússia. Legítima ou ilegitimamente eram povos sem terra.

Cerca de trinta milhões de curdos querem ser como os judeus: um povo que agora tem terra.

Os judeus têm terra.

A que custo. É o que estamos a ver. 

Com as naturais devidas distâncias e à escala menor, porém foram destruídas vidas, ainda hoje estão bem patente em algumas famílias os traumas de assistirem à ocupação de herdades, casas nesse processo gloriosamente chamado pelos comunistas de Reforma Agrária. Ocupação de terras que mais tarde foram devolvidas (continua por se fazer a restituição dos bens imobiliários, a herdade dos Machados é um bom exemplo) com tudo por cultivar e edifícios vandalizados e saqueados. A ferida não sarou. Nunca irá sarar enquanto existir carrascos a defender a Reforma Agrária. Os mais espertos usufrutuários desta causa comunista deixaram de ser miseráveis – pobreza de espírito nunca os larga ou largou – em meia dúzia de meses.  Criticavam os ricos ou os remediados para depressa se tornarem um deles. É a vida. São vidas.

Desejo a todos vós uma semana com paz de espírito na certeza que tudo o que têm foi conquistado a pulso, sem ocupar aquilo que não está escriturado em vosso nome. Sabendo que a maior riqueza é o nosso intelecto. 

 

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NOTA BENE: Sou contra os actos criminosos do HAMAS. Sou contra a extrema direita encabeça e apoiada pelo Bejamim Netanyahu. Sou contra o sionismo. Sou contra o radicalismo islâmico. Sou contra a forma como Israel "legalizou" o seu Estado. Sou a favor de um Estado Palestino. Sou contra a ofensiva violenta (terrorista) que dura há 75 anos levada a cabo pelos sionistas judeus nos territórios que foram miguando para o povo palestino. Último esclarecimento: tive uma excelente professora de História. Os erros não podem ser compensados com outros erros. 

 

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