Vou beber um copo de água com açúcar!
Alguém me acompanha?
Portugal é mesmo um país de compadrio.
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Portugal é mesmo um país de compadrio.
... e os mesmos beatos vão entregar um cobertor, doado por alguém sem religião de certeza, aos sem-abrigo.
Esmolas para quem precisa, extravagâncias para quem não necessita.
P&O na Planície: Bom Fim de semana 130 = 1. A semana terminou sem nenhuma "baixa" no Governo de António Costa. É motivo para os sequazes baterem palmas. Dizem as más línguas que Marcelo segurou o Medina, caso contrário mandava o governo às urtigas. O Governo parece a festa do peão onde se ouve ao gritos com o sotaque característico do interior do Brasil na arena do Rodeio: "Sigura peãooo". Está cada vez mais difícil de "sigurar" o peão, o Marcelo que o diga.
2. A greve dos professores continuou esta semana com o sindicato do Mário Nogueira a respirar mais cinco minutos do que o tal sindicato STOP que não está ainda alinhado com o status quo dos sindicatos de matriz socialista/comunista. É um movimento baseado na defesa da melhoria das condições de carreira e salarial do docente de todos os ciclos de ensino português na escolaridade obrigatória e penso eu na defesa de um ensino público com maior grau de exigência curricular e nos critérios mais justos na avaliação dos alunos. Diz ele, todos são bem-vindos independentemente da cor da ideologia. A ideologia tem cor? Qual será a cor da direita? A direita radical é preta? A esquerda moderada é um vermelho com muitas horas de sol em cima. Desbotado, sendo assim. A extrema esquerda é vermelha.
Ainda tenho viva a ideia que não se podia dizer vermelho, éramos conotados de comunas.
— É encarnado que se diz, menina. Quer aquele cachecol encarnado, não é assim menina?
— Quero sim, o cachecol encarnado, se me fizesse o favor.
Na escola, durante a aprendizagem de uma língua estrangeira a professora escrevia no quadro: rouge = vermelho. De modo inverso no meu caderno anotava: rouge = encarnado.
Presentemente, é das tais palavras que quando em vez sai sem dar por ela. Apenas quando me fazem a observação: — és de Cascais? As tias de Cascais é que dizem encarnado. Sorrio, quando tenho vontade, para responder com um simples: — sou de Beja mas não comuna. Baixo Alentejo é a terra vermelha.
E respondem-me: — já tu tás. Isso era antes agora até os comunas dizem encarnado, os direitolas vermelho.
— Sim, é verdade. Já não se fabricam comunas e direitolas como antigamente. É tudo do aviário. Não há diferença. Só quando querem enganar quem aceita ser enganado voltam ao vocabulário do dicionário das ideologias políticas. Reposto.
Ainda o STOP. É um movimento atípico que ameaça o sindicato do Mário Nogueira, ainda por cima o líder do STOP, fez parte dele e dos partidos da extrema esquerda, logo sabe qual a técnica infalível para atiçar esta classe trabalhadora para se atingir a "Revolução". O André Pestana é um Trotskista. O Trotski não conseguiu implementar a sua "revolução". Quem fará de Estaline para travar este Pestana?
Tenho pena que a causa dos professores e o ensino público sejam sempre a bengala para alguns se afirmarem individualmente, quando a causa está acima de tudo e todos.
3. A nossa sociedade está sitiada pela doença do esquecimento. As pessoas vivem em estado de permanente amnésia. Estes episódios, apesar de atingir todas os quadrantes da nossa sociedade, o sector político é aquele que apresenta maior preocupação. Ninguém se lembra de nada. Ninguém sabe de nada. "Assinei?" "Não tenho esse momento vivo na memória." Como foi uma "má assinatura", mesmo a olhar para dita, são capazes de dizer que não se recordam por ter sido numa época muito agitada, de muito trabalho político. Bolas. Não precisamos de saber a marca da esferográfica, precisamos que deixem de usar o argumento da falta de memória para justificar as tropelias que cometem sempre a lesar o contribuinte sem o mínimo de respeito pelo cariz especial que acarreta o desempenho de funções no domínio da causa pública.
Devia ser decretada uma cerca sanitária lá para os lados do edifício do Parlamento português. São tantos os casos de perda parcial da capacidade de recordar decisões tomadas durante o exercício de cargos políticos de nomeação ou por sufrágio universal que era de equacionar impedir que alguém entre por aqueles portões da Assembleia da República e contagiar-se com a patologia que eles sofrem. Eu, pelo sim pelo não, vou ficar longe daquela área geográfica, não pretendo ser contagiada com este vírus.
É uma doença endémica, a vacina, ou seja, as sentenças dos tribunais são sempre poucas que vacine o prevaricador para nunca cair na teia da amnésia e ser punido vacinado exemplarmente. O estado amnésico é um estado aceite com naturalidade por todos. Criticam. Mas não passam de críticas sem qualquer vinculação à mudança necessária na postura que estas aves raras usam para fugir às explicações que nos são devidas, para além da não admissão do erro. A culpa morre sempre solteira.
"(...) — Pas de liberté pour les ennemis de la liberté...
— Não compreendo. Parece francês, mas não compreendo.
— É uma frase de Saint Just, um dos homens da Revolução Francesa. Quer dizer, mais ou menos, que não deve haver liberdade para os inimigos da liberdade."
José Saramago, Clarabóia
Desde o momento em que, como anuncia na informação institucional respeitante ao seu accionista: "100% • República Portuguesa, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças", escrever sobre a TAP tornou-se numa tarefa repugnante. A adensar o pesadelo surgiu a notícia da entrega de uns vales de dinheiro para acalmar a frustração dos administradores e directores de não estarem a conduzir os BMW. Nem sei quantos directores tem de facto uma transportadora aérea falida, os administradores são mais do que as mães. Lá se vai vociferando contra a Christine Ourminières-Widene, presidente da comissão executiva TAP e Portugália, porém há o Manuel Beja com a função de presidente da TAP (SGPS e S.A.) que não se conhece nenhuma declaração oficial aos contribuintes, que são os donos desta empresa alçapão. Tendo em vista as constantes polémicas despesistas, seria natural um comunicado com as devidas justificações claras e a comprometer-se a defender os interesses dos portugueses evitando medidas de abuso de poder comprovadamente que originam despesas exageradas e inúteis numa empresa onde a liquidez depende da injecção de capital provenientes dos impostos pagos pelo contribuinte.
A senhora CEO estica a corda, todavia o senhor Chairman dá-lhe mais corda.
O vale Uber de quatrocentos e cinquentas euros é incompreensível quando, por exemplo, os professores quando ficam colocados longe da sua área de residência não lhes é atribuído pelo ministério da educação nenhum subsídio compensatório para custear parte do combustível gasto na deslocação ou na obrigatoriedade de ter de arrendar uma casa. Será razão para questionar se continuam a pagar a frota Peugeot para estar estacionada nuns armazéns esquecidos da TAP, para estarem a atribuir este subsídio, é legítimo apontar esta dúvida. Estão assim tão datados os carros que sentem vergonha em conduzi-los para não beliscar o estatuto de meninos e meninas frequentadoras da Comporta sempre à boleia das promíscuas relações de amizades .
Entretanto, saiu a notícia para suavizar a sem vergonhice: os vales UBER são para seis directores que não têm popós disponíveis para suas altezas.
Volta a questão: gostava de conhecer o organograma da TAP, não encontrei, para saber de facto quantos directores têm, certamente direcções que não fazem sentido existir cujas funções devem estar duplicadas e bem analisado estes seis directores sem carro estão a mais com tarefas que ou são feitas por outros departamentos ou podiam estar a trabalhar em departamentos agrupados fomentando as sinergias, diminuindo substancialmente os cargos de chefia supérfluos, aumentando ganhos de eficiência e de produtividade entre secções e, principalmente, evitavam despesismos financeiros com o recrutamento de recursos humanos com o critério de nomeação partidária e/ou por uma razão qualquer onde exclui a meritocracia da competência.
Iludem os portugueses com a ideia que a frota de carros encolheu, quando o que devia ter encolhido eram as chefias, os directores. Tenho a leve ideia que deve haver um director para tudo e mais alguma coisa, inclusive para dar ordem a um colaborador – passaram de moda as designações de trabalhador e empregado, como se a mudança de nomes fizesse a diferença nas regalias laborais e/ou salariais –para imprimir os boletins meteorológicos emitidos pelo IPMA para ninguém ler.
O vendaval tem sido muito ao ponto de despentear quase todos os que estão ligados directa ou indirectamente à TAP. Quase todos, pois o vendaval não passou pelos fios de cabelos do Senhor Manuel Beja. Porquê?
Está na hora dos jornalistas também noticiarem alguma coisinha sobre o Presidente da empresa pública de aviões falida.
Não queria terminar sem antes referir um pormenor pernicioso generalizado em Portugal.
Usualmente diz-se: "em Roma sê romano". A menina Christine soube aplicar esse adágio com sucesso para ter uma adaptação rápida à forma como se "trabalha" nos meandros da política portuguesa, que sem quebrar a sintonia, se estende às empresas estatais, assim se justifica a maneira como administra a TAP como se estivesse a tratar de assuntos domésticos relacionados com a gestão da sua casa. Não gostava como era realizada a limpeza do cotão no pavimento flutuante, insistiu em usar uma mopa tradicional que não é mais do que uma esfregona por molhar, em vez da mopa com panos húmidos da swiffer, teve uma guia de marcha com uma indemnização tirada da carteira do contribuinte. Habituados que estamos ao nepotismo que sempre grassou neste governo (e noutros), no poder local (nas autarquias conseguimos fazer uma árvore genealógica com os principais membros de cada apelido que tanto podem ser dos eleitos como dos recrutados via cunha partidária) a menina senhora foi dando mais passos para se sentir finalmente "em casa" foi nomear uma amiga que por sua vez é esposa do treinador pessoal do seu marido. Foi um investimento para diminuir as despesas do marido no orçamento familiar, ninguém compreende nada. Quando há uma grande apelação à poupança, a CEO fez o que era esperado, à espera de um desconto, contrata a esposa do responsável pela boa forma física do marido. Se pensarmos bem: o marido da senhora Christine consegue correr a maratona a imitar o Carlos Lopes e ter os abdominais definidos com uma ajudinha do porta-moedas do contribuinte português.
Nascemos para ser a santa casa da misericórdia desta gentinha! Estamos presos a eles. Eles livres para nos prenderem a uma liberdade desenhada com o lápis deles.
Sinhozinho malta está certo ou errado?
Desejo a todos vós uma semana feliz, sem esperança de termos melhores políticos do que estes sistematicamente dia após dia têm o condão de alegrar-nos sempre a entristecer a nossa vida neste país chamado Portugal.
O Luís Montenegro só foi bom a fazer oposição ao Rui Rio.
Tenho a solução para o Presidente do PSD: quando olhar para António Costa imagine que está diante da cara e voz de Rui Rio, resultará logo numa oposição forte e implacável à conduta governativa de António Costa e sua familia política tipicamente "siciliana".
Em 2010, o agora Exmo Sr. Ministro João Galamba numa entrevista ao jornal Público dixit:
"Desde sempre tive dificuldade em imaginar-me a trabalhar."
Vale a pena ler a conversa registada no jornal, falou mais outras coisinhas, como: "Nunca tive grande sentido prático das coisas. Daí a minha dificuldade em encaixar no mundo tradicional do trabalho."
Uma coisa sabemos: é muito prático com a língua. Tem um linguarejar irascível no limite da ofensa.
João Galamba subiu de posto. Para subir de posto é porque não deve haver mais opções no baralho de nomes que queiram fazer parte de um Governo que está completamente no lodo.
É o que temos. E parece que vai durar o que temos. Desejo a todos vós uma primeira semana de 2023 melhor do que a vitalidade deste Governo liderado por um Primeiro-Ministro à beira de mandar todos para o @$$%#.
(Viram a conferência de imprensa do primeiro-ministro? Estava calmo e sereno a responder às perguntas dos jornalistas. Estranho. Ou estava sob o efeito de meia caixa de calmantes ou respirou muitas vezes para dentro de um saco antes de subir ao púlpito ou, ainda, contava 1,2,3... mentalmente para não explodir, nitidamente, esteve quase quando lhe perguntaram pelo Medina.)