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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

O Inverno estacionou por volta das 16 horas!

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Espero que o Inverno esteja bem estacionado para não ser multado.  Nem o Inverno deve escapar às coimas com a ânsia do Governo em encher os cofres para alimentar a máquina pesada (e resiliente para ser pouco produtiva) do Estado.  

Com a chuva miudinha veio também as novas medidas de contenção para não se disseminar rapidamente a nova variante Ómicron do vírus Sars-Cov-2. 

 

É a Mobilização do AMOR e um Enorme Gesto de UNIÃO

Nuno Pinto, jogador de andebol no Boa Hora FC, está a lutar contra um linfoma. A tosse incomodativa e insistente foi a razão que o fez deslocar-se às urgências do hospital para depois realizar outros exames, nos quais se descobriu a doença.

O Nuno está a lutar dentro de uma bolha criada de amor, espírito de união e de força. Os obreiros desta bolha são a família de sangue e a família nascida do andebol.

Força e muita coragem para o Nuno Pinto. O Nuno está no segundo "time-out" do jogo. Quando estiver no terceiro "time-out" será para festejar a vitória e o treinador pedir concentração para os últimos segundos do jogo. 

É com esta bonita atitude de companheirismo e espírito de solidariedade entre colegas de profissão que vos desejo uma Boa Semana. 

A Máquina de limpeza de alta pressão a funcionar a todo "gás"

Paira no ar a fragrância das eleições.

Paira no ar a fragrância de campanha eleitoral.

Paira no ar a fragrância a limpeza para apresentar bons resultados da governação para comprar os votos dos cidadãos que só fixam as últimas glórias governativas deste primeiro-ministro e seu elenco de ministros e secretários de estado. É para essas pessoas que a limpeza é feita. São essas que são autênticas pérolas preciosas por darem a vitória a quem não merece governar.

A máquina de limpeza a alta pressão a trabalhar em contra-relógio para limpar os limos que se espalharam pela frontaria que podem prejudicar a não continuação de António Costa à frente dos dinheiros da Bazuca:

1 - Parecer "à grande vitesse" publicado pela DGS. Consequente implementação "à grande vitesse" do plano de vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos;

(não temos o tal comboio, o TGV, mas já se anda a alta velocidade por "monde" as eleições legislativas).

2 ‐ O fugitivo que parece que quis ser encontrado foi finalmente apanhado. João Rendeiro teve um acordar VIP com a polícia lá do sítio a oferecer uma estada numa cela Sul Africana.  Há três meses que tinha advogada, uma das melhores especialistas em "safar" senhores que têm, alegadamente, o vício insaciável pela sedutora corrupção e pela atracção do branqueamento de capital.

Quis ser apanhado. Mais uma vez estava com um passo à frente da justiça portuguesa. João Rendeiro está a seguir capítulo a capítulo do livro que escreveu nos últimos anos. No fim estará publicado e disponível numa livraria de um Centro Comercial qualquer o seu plano estratégico e operacional de fuga e absolvição;

3 - Para não existir outro fugitivo. Manuel Pinho foi detido. Não vai dar em nada. O Pinho e os seus advogados irão inventar uma ideia paralela para sair absolvido. Porém, foi sacudido. Continuará com uma enorme fortuna para deixar de herança; daqui a uns anos largos os seus netos contarão, com ou sem embaraço, que o avô foi detido por suspeitas de ter vícios de receber coisas pela porta do cavalo.  Alegadamente. Tudo alegadamente. 

Uma coisa é  certa: era em demasia a existência de dois fugitivos à justiça num país tão pequeno como Portugal.  A Pátria de Camões não "aguentava".

Grande Juiz Carlos  Alexandre ao menos fez o gosto ao dedo. Representou-me;

4 - Os seus camaradas dos Governos de Sócrates acabaram por não serem indiciados pelos alegados e supostos afincos pessoais nos contratos das PPP nas grandes obras públicas. Prescreveram. Há horas mesmo felizes.

O Ministério Público andou envolvido em casos que aconteceram durante a vigência de governos PSD e CDS-PP.  Não conseguem fazer muita coisa ao mesmo tempo. Dá nisto. Sempre ouvi dizer que se queres uma tarefa feita, entrega-a a alguém com muito trabalho que será  feita com mais rapidez por quem tem pouco trabalho. Lá para os lados dos gabinetes do Ministério Público esta ideia está sempre gorada. 

6 - O funcionário do PS que já não servia, saiu para gáudio de António Costa. Já não fazia barreira. Eduardo Cabrita estava tão seco de levar com todas as intempéries em cima para proteger o seu "patrão"  que era pele e osso. António Costa comeu a carne, não era uma óptima ideia roer os ossos por começar a beliscar a sua imagem de governante.  O fiel funcionário do PS será recompensado pelo seu amigo, o antigo ministro do governo de José Sócrates. 

 

Ainda há umas coisinhas que precisam de levarem um tratamento especial que só a maquineta de limpeza de alta pressão pode fazer.

É ficarmos atentos nos próximos dias. 

.....

Entretanto, enquanto a máquina de limpeza lava a sujidade produzida pelo Governo Costa, comprei uma garrafa de gás Rubis (13 kg) por 30 euros e 90 cêntimos. Desde o meu desabafo, aumentou um euro o preço do gás que utilizo. O gasóleo e a gasolina diminuiram o preço.  O gás de botija, por sua vez, aumentou.  

É sintomático: a maioria gosta muito de fazer limpeza àquilo que não interessa esconder ou disfarçar. Quando aquilo que interessa verdadeiramente ser limpo, é mandado deliberadamente para debaixo do tapete. 

 

 

É uma espécie de talismã?

Tem sido um habitué nos últimos anos António Costa fazer campanha eleitoral no programa das manhãs da SIC.  O Primeiro-Ministro com o decorado e repetitivo discurso circular  a tentar chegar e tocar os corações das pessoas mais velhas que estão colodas ao ecrã para ouvir e ver o João Baião e a sua colega de apresentação Diana Chaves. 

 

 

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 109

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P&O na Planície: Bom Fim de Semana 109 = pergunto às queridas leitoras e queridos leitores deste estaminé se já montaram a árvore de natal? É uma correria desgraçada dos nossos famosos pastilha elástica para tirar fotografias das suas árvores de natal para publicar no instagram ou facebook. Muitas começaram  nos últimos dias de Novembro a azáfama de serem os primeiras a mostrar nas redes sociais os enfeites pendurados no pinheiro artificial. Assistimos a uma competição doentia de quem tem as bolas maiores, as luzes que piscam mais,  se penduraram cinco renas ou ou o mesmo número de deputados do nosso Parlamento em renas. Se cinco ficam a matar de beleza, imaginem 230 renas engalfinhadas na pobre árvore de natal artificial.  Ficaria uma valente piroseira. Sempre seria mais bonita do que as árvores de natal cor de rosa, roxas. Isso sim são uma autêntica foleirada.

Eu ainda sou do tempo em que numas pernadas de pinheiros cortados à socapa se enfeitavam com miniaturas de chocolates (bolas, sinos, sombrinhas, pinhas), com notas de dinheiro (quinhentos escudos,  dois mil escudos e dez mil escudos) e nunca faltava o algodão para fingir a neve.

Quando se acendiam as luzes e começavam a piscar era uma alegria: ora se via a nota de dez mil escudos (a pensar: quem será o sortudo(a) que a ganha no sapatinho), ora aparecia a sombrinha de chocolate Regina, ora surgia iluminado o pai natal de chocolate. Ficava horas a contemplar o espectáculo do pisca-pisca aleatório das luzes que tornava o meu pinheiro único e o mais bonito da minha vizinhança e das minhas amigas. Pelo menos para mim, achava que era. 

Eram árvores de natal ornamentadas com mais amor, em que as tendências dos enfeites ditados pelas campanhas marketing não imperavam. Hoje os enfeites são somente de plástico, tecido e acabou aquela magia de ir tirar um sino para comer às escondidas da mãe.  Sempre na esperança que não se notasse os espaços vazios nos galhos do pinheiro. Mas, com o avançar dos dias tornava-se difícil, os dias passavam e cada vez aí havendo menos chocolates pendurados. E claro não me livrava do ralhete da minha mãe.  Não chegava com a árvore despida à noite de natal, porque a minha mãe ia repondo os enfeites comestíveis que os tinha escondido para que não tivessem a sorte macaca de irem para a barriga antes da principal função: serem pendurados na árvore de natal.

E o algodão ainda tinha outra utilidade: escrever nos vidros das janelas as frases a desejar: Boas Festas, Feliz Natal e um Próspero Ano Novo para quem passasse e olhasse para a janela da minha casa. 

Desculpem este momento de nostalgia.  Não sou de saudosismos. Às vezes o pensamento voa para o passado sem que eu consiga colocar um travão.  São fases. Quando estou atravessar a fase de não conseguir entrar no espírito natalício,  o meu subconsciente prega-me esta partida. Obriga-me a recuperar o amor, a emoção da quadra natalícia que está perdida nas veredas da mente. Acima de tudo que, apesar de tantas coisas, sou e esforço-me sempre, para ser e estar feliz na absorvente preparação do Natal.  Sou uma felizarda. Não me posso esquecer disso.  Quando fechar a porta desta reunião familiar,  não me posso esquecer que sou uma felizarda. Daqui a 12 natais? Não  sei. Por enquanto sou uma Enorme Felizarda. 

Está decidido.  Amanhã monto a árvore de natal até quase ao tecto. Todos os penduricalhos saem da das caixas para preparar a casa para a temporada Natal + Ano Novo + Dia de Reis. 

A minha árvore não será do tamanho desta árvore da fotografia, mas anda ela por ela... imaginem as bolas, os sinos que tenho de pendurar.

E o presépio? Estão a ver aqueles que aparecem na televisão onde recriam um género de aldeia com duzentas, trezentas peças? Pois, é assim e tem direito a musgo natural e tudo.   

 

 

 

 

Lençóis brancos faziam mais sentido...

Benfica perde no Estádio da Luz frente ao Sporting, o rival eterno. Os adeptos mostram lenços brancos a Jorge Jesus. (Ao que parece a BTV não mostrou esse espectáculo de inundadacão de lenços brancos)

O Jesus não está constipado.

O Jesus precisa que lhe mostrem lençóis brancos para se enrolar neles para ir fazer de fantasma para outro lado. 

 

 

 

Rendeiro, nada disso! João Proprietário!

1. O Fernando Pessoa confessava no seu Livro Desassossego que: 《O dinheiro é belo, porque é uma libertação.

Querer ir morrer a Pequim e não  poder é das coisas que pesam sobre  mim como a ideia dum cataclismo próximo.

O ex-banqueiro João Rendeiro não partilha a mágoa com o poeta dos vários heterónimos!

Dizem que está em Belize ou em Singapura. A mulher ao que parece,  fala com o esposo todos os dias e que estará na África do Sul. Eu aposto que está em Pequim. Pisar o chão da muralha da China é como descalçar os sapatos e sentir a  simplicidade da vida; algo que alguém com o apelido Rendeiro persegue desde pequenino: sentir a simplicidade com muitos milhões distribuídos em várias contas bancárias em offshores. 

O primeiro advogado não queria saber onde estaria o seu cliente, pois falava com ele horas a fio — a esposa devia estar contente, ao menos sabia com quem falava ao telemóvel nos últimos dias —, e estaria contactável, mas para ele,  porque para a justiça portuguesa é um indivíduo que escreve recados: "Estou no estrangeiro e não vou voltar".

Desculpe, intrometer-me mas, ontem eu é que estive no estrangeiro e voltei. Eu tenho um autocarro de primas no estrangeiro e voltam sempre. O menino insolente João Rendeiro é um fugitivo à justiça que fugiu para o estrangeiro. Fugiu,  não está simplesmente. É um pormenor que se evidência no meio de tantos detalhes. 

O João Proprietário, engaiolou o Rendeiro, não tem nada que o prenda a Portugal, excepto a cela do estabelecimento prisional que lhe está destinado. Ou seja, é filho único, não tem os pais vivos, não tem filhos, a esposa está em Portugal,  (estaria sempre a horas de marchar para junto do seu querido esposo, caso não tivesse sido apanhada em flagrante com as valises e uns quadritos dentro do carro pronta a ir "a salto" para junto do marido); e o que é  mais caricato:  a realizar viagens para vários países, com um processo a transitar em julgado, não é preciso ser-se diplomada pelas melhores universidades para a urgência da juíza presidente juntar às outras medidas de coação que tem, a ordem de entrega do seu passaporte, consequente proibição de ausentar-se do país. 

“Nada fazia prever que havia perigo de fuga”, porém a juíza admitiu que o Arguido estava a dificultar e mesmo a ser displicente no cumprimento das medidas que estavam em vigor no seu estatuto coactivo: “contornou ostensivamente” a obrigação legal de informar sobre o lugar onde poderia ser encontrado, limitando-se a informar que podia ser contactado nos consulados portugueses na Costa Rica (onde esteve em agosto) e no Reino Unido (onde alegadamente esteve desde o dia 12 de setembro)

O sistema de Justiça português é lento, bem sabemos, porém em vez de resolver o caso, cria casos, casinhos dentro do principal caso que foi submetido a tribunal.  Exemplo deste modus operandi é a saga em torno das obras de arte arrestadas, que volvidos quinze anos a Senhora Rendeiro continua fiel depositária; em que algumas delas desapareceram,  pois foram vendidas e mais grave há suspeita de algumas serem cópias falsificadas do original.  Não é de admirar alguém com tanta astúcia com a especial ajuda da lentidão da justiça alegadamente ter vendido e/ou levado consigo os quadros originais e ficar para o Senhor encarregado de as ir buscar para pagar indemnizações aos lesados levar uma falsificação. Com tanto tempo para se julgar,  posterior contestação das penas para retardar o objectivo de a sentença transitar em julgado e consequente condenação para cumprir a pena emanada pelo juiz, o ex-Rendeiro agora Proprietário de apelido teria tempo de sobra para mandar falsificar toda a sua colecção de arte e desaparecer com a colecção original.  Será caso para dizer que não foi muito ganancioso e deixou ainda muita coisa arrestada com o comprovativo que testam a sua originalidade.  

 

2. O canal de notícias CNN Portugal estreou e com essa estreia criou um astro no mundo do humor. A entrevista a cada minuto que ia passando, mais interessante se tornava a rábula.  O Herman José deve começar a ter medo de ser secundarizado pelo treino criativo que o ex-banqueiro tem para escrever momentos de verdadeiro humor. "Durmo bem. Mas tenho saudades das cadelinhas." Como o compreendo.  As cadelas coitadas assistem às conversas, inclusive saberão onde está a dormir bem, mas não conseguem falar.  Foi pena a Maria e o João não se terem perdido de amores por papagaios! Sempre podiam dizer ao Inspector da Polícia Judiciária qual o país que tem uma cama fazedora de boas noites de sono. 

Disse nessa entrevista rocambolesca que só volta a Portugal ilibado ou com indulto do Presidente da República, para além de ter dito que não é poderoso como o Ricardo Salgado e por isso anda às compras e vai à praia livremente,  só que não é em Lisboa como o seu colega de trapaças.

Pois é,  meu caro, o nome de família ainda faz livrar da prisão muito frequentador do Baile da Rosa. O Rendeiro é rico mas não nasceu no tal berço de ouro, por isso, é sempre alguém que enriqueceu e ascendeu socialmente nada mais. Um burguês que foi comprando tudo o que podia, excepto o estatuto social de quem nasce com a notoriedade de um apelido construído durante várias gerações. 

Na entrevista deu para viver todos os estados emocionais parecia que estávamos nos Açores, num único dia se pode vivenciar as quatros estações do ano. A esposa está com pulseira electrónica por um erro do advogado, pois não devia ser já fiel depositária das obras de arte, no entanto, não vem em seu socorro. Está como disse: no seu cantinho, dedicada às cadelinhas como gosta, ter pulseira electrónica não faz diferença, assim como assim não gosta muito de viajar... 

Um dos momentos altos foi culpar o advogado de ter idealizado o plano de fuga.  A cabeça de Rendeiro a ser assolada por muitos relâmpagos, espero que o pára-raios tenha funcionado.

O advogado,  o tal que falava todos dias com o ex-banqueiro, negou tudo. Obviamente. Esta querela nasce por ciúmes de protagonismo.  Ora se o tal advogado não se tivesse deslumbrado com a hipótese de ter um cliente famoso, começou a brilhar mais do que o seu cliente e o seu cliente com ciúmes de ter menos destaque na comunicação social, fez birra e puxou-lhe o tapete do palco mediático. É preciso saber andar na passadeira vermelha destes espécimes que construíram as suas fortunas com as carteiras e bolsos dos outros que tiveram o azar de serem manipulados.  O tal advogado não tem pés para calçar os sapatos que este modelo de gente oferece para "calçar". 

O canal de notícias CNN Portugal iniciou as suas transmissões a reforçar a tristeza de espectáculo que os mais "altos funcionários" da justiça patrocinaram. Que continuam a patrocinar, é certo!

Incrivelmente, para reconstruirem os últimos passos, investigaram um João Rendeiro errado: "Juíza recebeu reservas de cinco viagens de avião em nome de João Rendeiro e desconfiava que este teria usado moradas falsas em todas. Contudo, afinal, segundo apurou o NOVO, nalgumas não se tratava do mediático foragido."

A justiça portuguesa está cheia de sombras, mas não é por falta de legislação – apesar de as penas previstas para todos os tipos de crimes precisarem de serem revistas, inclusive a pena máxima de 25 anos–, é sim por causa dos que deviam fazer a justiça carburar sem solavancos, desenham sombras à medida dos homens ricos e dos homens pobres. Os juízes não têm meios logísticos e recursos humanos de apoio, contudo, por vezes o que existe é a diferente capacidade de organização e empenho que despendem  estando sempre associado o critério da classe social. O homem rico estica o processo como de um elástico se tratasse. Os homens e mulheres que laboram na justiça contribuem e muito para este status quo. É fácil de perceber que os elásticos não estão ao alcance de todos: um processo de um arguido pobre é rapidamente julgado,  os recursos interpostos a discordar são menos ou não existem, o processo não anda em trânsito pelos vários tribunais e assim transita em julgado e dá lugar ao cumprimento de pena. São estas as sombras que ensombram a forma como se pratica a justiça em Portugal.  Os ministros da justiça pouco ou nada têm feito para estancar esta sangria de injustiça. O poder judicial não pode ser politizado, todavia tem estado ao serviço dos medíocres que pululam na estrada governativa e nos alçapões dos homens de negócio da nossa praça.  

O Senhor Proprietário,  que ao parece é Rendeiro, continua a monte e já não abre os telejornais tal como o nosso Almeida Garrett que ficou esquecido no tempo. A evidência está bem patente na minha incapacidade de trazer o fugitivo que gosta de táxis e taxistas para vir passar o Natal na prisão portuguesa.  Por isso, decidi trazer o grande Almeida Garrett para nos fazer companhia e tira-lo do desterro onde tem vivido nestas décadas com um excerto do poema O Carcere (parece o fugitivo na entrevista dada ao novo canal de notícias):

(...) Oh! Criminoso 

Não sou eu. Insolente me confunda

A proscripção injusta, 

N'esta mansão do crime e da vergonha

C'os malfeitores vis: dentro do peito

A consciência me diz que sou virtuoso,

Que, fiel ao rei e à pátria.

São inimigos seus quem me persegue, 

Que me honra o seu odio, me engrandece, 

Tecendo-me a coroa do martyrio

Nas immer'cidas penas.

Lisboa, no Limoeiro — Agosto, 1833.

 

 

 

 

 

 

 

 

Dizer poemas...

Não se lê, não se diz um poema como lemos em voz alta uma lista de compras!

O Vítor de Sousa fez tanta falta na Gala!

O Ricardo Carriço foi o único que disse o poema como verdadeiramente se deve dizer um poema com: alma,  emoção,  pausas envolventes e cadência (movimento compassado/ritmado) ditada por cada verso e/ou estrofe.

A leviandade de pensar que todos podem dizer poesia, é erradíssimo.

 

 

 

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