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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

A Primeira Liga de Futebol (Época 2021/2022)

A Telma Monteiro é ENORME!

A primeira jornada do campeonato de futebol inicia-se já a  6 de Agosto! Tem sido "madrugadora" a data de início da primeira liga nos últimos anos.

Será caso para me ir consciencializando, como benfiquista sofredora, que começamos a perder mais cedo

O saudoso Artur Semedo dizia uma bonita e desculpabilizante frase: "o Benfica nunca perde, às vezes é que não ganha." Por vezes serena-me quando me lembro destas palavras, é pena o bálsamo ser de curta duração.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio a Telma Monteiro não perdeu, desta vez não ganhou.

Parabéns à Telma pela garra, pelo espírito de sacrifício em honrar sempre a bandeira portuguesa, bem como, o símbolo da águia ao peito. O Artur Semedo sempre teve razão: os grandes nunca perdem! E a Telma Monteiro é grande, é ENORME. 

Boa semana de trabalho! Ou magnífica semana de férias! 

 

Descontos mínimos = pensões baixas

Ninguém é capaz de perguntar a uma Io Appolloni, a uma Ana Bola e tantos outros do mesmo baralho de cartas que base de incidência contributiva (remuneração ilíquida) era declarada à Segurança Social para ser aplicada a taxa contributiva?! Logo se for declarado o salário mínimo, não é preciso ser barra em matemática,  para perceber que os descontos serão baixos, consequentemente até podiam descontar 70 anos que não obteriam uma pensão de velhice de 1000 euros, por exemplo.  

O queixume vitimizante e fácil de culpar os outros pelos tostões que recebem servia nos anos 90, neste momento, em que há pessoas mais informadas é vergonhoso não se olharem ao espelho para ver reflectido as opções que tomaram para a carreira contributiva ser com valores mínimos. Não encarnem uma personagem quando estão longe do palco, a arte de fingir tem de ter hora marcada, sob pena de ser ridículo!

Em 2014 escrevi umas palavrinhas sobre as declarações polémicas de Fernando Tordo a pretexto da sua emigração "obrigada". 

Recordo o que escrevi, que por incrível que pareça, se fosse hoje escreveria com o mesmo tom furioso: 

Fernando Tordo Emigrou (26 de Fevereiro de 2014)

“A tragédia da vida é que nos tornamos velhos

 cedo demais e sábios tarde demais”

Benjamin Franklin

 

Fernando Tordo emigrou. Foi notícia que depressa se espalhou: Fernando Tordo decidiu emigrar para o Brasil com 65 anos. Até aqui nada de novo, tantos outros artistas do lápis, da talocha, da chave de fenda, do bisturi, da agulha e do dedal e também da voz (o querido Fernando Tordo não é único) fizeram o mesmo; com 25, 30, 40, 50 anos de idade e uns com muita ou com pouca experiência profissional tiveram a mesma escolha/decisão de abandonar a pátria de Luís de Camões. Os motivos de todos aqueles que abandonam a sua pátria são sempre os mesmos: dificuldade em encontrar colocação, salário baixo face às despesas do agregado familiar, a desilusão com os governantes – tal como, o Fernando Tordo se sente: desiludido -, e porque não afirmá-lo: muitos dos novos emigrantes estão zangados com Portugal. Mas tal sentimento não povoa no coração do nosso – permita-me que o considere assim – Fernando Tordo.

Porque será que não está zangado? Será que estará zangado consigo mesmo?

 

Voltemos ao início: Fernando Tordo emigrou. Perante o facto consumado, o seu filho grafa emotivamente no seu blogue palavras de elogio, de amor, ou seja, palavras naturais de um filho que nutre carinho pelo seu pai Fernando e, por outro lado, palavras instintivas e revoltadas sobre a miserabilista reforma e sobre os parcos dividendos da Sociedade Portuguesa de Autores recebidos pelo artista/cantor Fernando Tordo, que por sinal é o seu pai. O desabafo do filho ecoou e como é “costumeiro”, acudiram vozes solidárias com o infortúnio e azares do português mediático: Fernando Tordo; como também, vieram vozes maldizentes, irónicas ou, simplesmente, verdadeiras / realistas de acordo com os seus modus vivendi e modus operandi. Como todo o pai cioso respondeu à amabilidade do seu filho e às vozes a favor, quanto aos outros, não eram aplausos, mas sim assobios…. É legítima a crítica aos parcos rendimentos? A reforma é indigna?

 

Mais uma vez, voltemos ao início: Fernando Tordo emigrou. É comum afirmar que Portugal e os seus governantes não acarinham os artistas na velhice. Até num certo ponto é verdade, contudo, os artistas também exigem carinho, apoio monetário e sei lá mais o quê, quando a maior parte deles não cumpriu a sua obrigação enquanto cidadão português. Ou seja, não investiram na carreira contributiva para a Segurança Social, assim, residuais descontos, curtas reformas. Fernando Tordo fez as suas escolhas legítimas: viveu e fez o que quis com os rendimentos provenientes da profissão sem salvaguardar a sua velhice e nem contribuir para os pensionistas do recente passado e imprudentemente, nem lhe apeteceu pensar que seria um pensionista do futuro próximo. A reforma é indigna, certamente, no entanto, só tem de se zangar consigo próprio; já os portugueses estão zangados, porque pensavam que contavam com o seu auxílio nos cofres do Estado e em contrapartida o cidadão enchia plateias e comprava discos para admirar as fabulosas letras e o extraordinário cantor: FERNANDO TORDO. No fim de contas, quem está em divida não é o cidadão de rostos anónimos, mas o cidadão do “Adeus Tristeza”.

É caso para aludir que legitimamente os contribuintes estão zangados com o contribuinte Fernando Tordo. Todas as nossas escolhas têm consequências individualmente e em último caso no colectivo. Às vezes são certos artistas que não merecem a nação portuguesa demasiado permissiva.

 

Voltemos, pela última vez, ao início: Fernando Tordo emigrou. É inegável que o Fernando Tordo é um admirável compositor e cantor. Não está em causa o seu profissionalismo, o seu espirito de sacrifício ao longo da sua enorme carreira e a sua predisposição para representar Portugal noutras paragens e valorizar e levar a língua portuguesa a todos os cantos do mundo. Todos os portugueses agradecem. Mas, é a profissão que escolheu. Não tem de ter mais privilégios que a Senhora Antonieta que foi trabalhadora fabril (salário baixo) e que após muitos anos de descontos recebe uma diminuta reforma e que à sua maneira também representou Portugal cá e lá fora ao costurar vestuário para marcas estrangeiras de notoriedade e prestigio mundiais.

As vedetas não devem ser só as pessoas do mundo do espetáculo. Fernando Pessoa escreveu: “Vivemos todos, neste mundo, a bordo de um navio, saído de um porto que desconhecemos, para um porto que ignoramos, devemos ter, uns para os outros, uma amabilidade de viagem”, está na hora de sermos amáveis nesta curta existência (viagem), que é a nossa vida. A sugerida amabilidade deve ser para todos, independentemente da profissão, género, convicções, credos ou classe social a que pertençamos.

 

 

Isabel 

 

Mais um ovo kinder no Benfica

Evidentemente para mim não é novidade. No primeiro minuto em que o kinder Vieira pisou o chão sagrado do meu Benfica que vi que era mais um ovo depois de partido tem uma surpresa bastante desagradável e lesiva para o bom nome do meu Glorioso! O que se torna horrivelmente entediante é os sócios gostarem de ovos kinder. Parecem aquelas mulheres que acreditam que o marido vai mudar de postura e por isso acreditam que  conseguem salvar o casamento, para o qual a única salvação é assinar os papéis do divórcio. 

Hoje é dia mundial do chocolate, tenho esperança que os sócios do Benfica enjoem o ovo Kinder.

Sentada no puff à Benfica estou a fazer figas para que se encantem pelos bombons da Ferrero Rocher. Isto de comer tanto ovo Kinder começa a criar um ódio de estimação à Páscoa.  Para os benfiquista há anos que a Páscoa não sai do nosso dia a dia, é um enjoo que já nem consigo ter paciência para ler notícias do universo benfiquista ou ver os jogos. Tenho este amor em banho maria, infelizmente. Gosto de chocolate, porém nunca fui à bola com a gama kinder.  Por isso, o amor ter arrefecido...

Regozijo com o decorrer do jogo da caça ao ovo. Já não era sem tempo, a Páscoa deve ser só num único domingo do mês de Março ou Abril.

Iniciar a semana a olhar para a arte

Imagem:  @halfabluesky

Não há nada melhor do que começar uma semana a olhar para quadros de pintores famosos que associamos imediatamente aos países do continente europeu: Guarnica à Espanha ou A Gioconda à  Itália. 

O criador deste mapa muito interessante associou O Fado de José Malhoa ao país de D. Afonso Henriques.  

O autor do mapa didáctico e original chama-se Paul Nguyen. Se quiser saber mais,  leia esta notícia.  

Excelente semana sempre de olhos postos no mapa de Paul Nguyen para identificar o quadro escolhido para cada país europeu.

Nunca são em demasia relembrar ou acrescentar conhecimentos de pintura à nossa cultura geral.