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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Mais elefantes brancos a caminho usurpando a propriedade privada

Tinha escrito sobre esta medida que foi aprovada no Parlamento, podem começar a esfregar as mãos já foi publicado em Diário da República o diploma que facilita as expropriações com o móbil de se fazer rapidamente investimentos públicos: "A partir desta quarta-feira, dia 24 de Fevereiro, o Governo e as câmaras municipais podem tomar posse administrativa e avançar com processos de expropriação com vista a acelerar a execução dos projectos de investimentos públicos previstos no âmbito de Programa de Estabilização Económica e Social (PEES)." 

Finda em Dezembro de 2022 o assalto à propriedade privada. Um assalto sempre com boas intenções de construírem elefantes brancos; muitos projectos de investimento público são isso mesmo: elefantes brancos.

Eleições autárquicas "à biqueira" vai ser "bazucadas" a quem não entregar os terrenos onde querem construir ciclovias à força para nascerem ervas... vai ser um encher de bolsos. Já devem estar a costurar uns bolsos maiores e a verificar se estão esfarrapados para afastar a possibilidade de perderem o dinheiro fácil pelos buracos dos bolsos. 

Para além das ciclovias, o que está a dar no mercado de infraestruturas "verdes"?

OLHAR Musical para Hoje @ 42

No domingo que passou, 21 de Fevereiro de 2021, assinalou-se o dia Internacional da Língua Materna. Ainda vou a tempo de celebrar com a Ana Moura a minha/nossa língua portuguesa  com o "Agora é que é".

Curiosamente, temos vivido e sobrevivido sob esta batuta:

"Houve promessas
E agora faltam peças" 

Navegam às apalpadelas, isso sim!

António Lacerda Sales dixit:  "Não navegamos à vista"!

Para pior antes assim, é o que as sondagens, por exemplo esta, tentam informar:  o Costa só sairá pelo próprio pé. Se as eleições legislativas fossem hoje ganharia e caricatamente perto de atingir a maioria absoluta!?

A Trupe Socialista que está a governar o país lançaria algum feitiço aos portugueses? Ou será que se padece de síndrome de Estocolmo? 

 

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 88

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P&O na Planície: Bom Fim de Semana 88 = É encantador o momento em que as vaidosas nuvens fazem da água seu espelho. Porém, há nuvens ao mirarem a sua beleza nas águas descansadas na limpidez suscitam repulsa e enfado  a quem as observa:

(i)  para homenagear as vítimas do incêndio de Pedrógão Grande irão ser gastos 1,8 milhões de euros num memorial imaginado pelo arquitecto Souto Moura. As pessoas enlutadas e as que perderam as suas casas, os seus sustentos não precisam de homenagens, precisam de ajuda. Há famílias que só conseguiram reconstruir as casas de família, os seus negócios pois tinham seguros. Vão ser desbaratados 1,8 milhões de euros num memorial quando não indemnizaram justamente quem perdeu o que tinha juntado com sacrifício. Ira é o que sinto. Não me canso de escrever: 1,8 milhões de euros para construir um lago muralhado com 1,5 metros de profundidade em homenagem às vítimas ou será para exaltar o arquitecto e promover mais uma cerimónia de corta-fitas com os governantes que tiveram responsabilidade antes, durante e depois do fatídico incêndio de 2017? 

O memorial podia custar 50 euros que já era um insulto para quem fez a candidatura aos apoios para reconstruir as suas casas e viu-se excluído por critérios que o bom senso não consegue justificar tal decisão.  E depois vão ser gastos 1,8 milhões de euros não para homenagear, mas para dar a amarga lição que para coisas supérfluas há sempre dinheiro. A maior homenagem teria sido a ajuda sem compadrios. 

Ainda há quem aceite apoiar esta ignóbil fantochada à  la socialista sem ficar roxo de vergonha.

(ii) Na economia onde impera a lei da oferta e da procura tardava a não existência deste serviço no mercado que felizmente alguém se lembrou de colocar disponível:  com a módica quantia de 40 euros é possível comprar um certificado de deslocação entre concelhos. Tudo certo, portanto, o mercado a funcionar: o consumidor pretende um serviço/produto e o empreendedor/empresário duvidoso  cria esse capricho para ir de encontro ao que o consumidor quer/precisa no momento. Espera-se que o caprichoso irresponsável ao gastar 40 euros no certificado falsificado não desequilibre o complicado  orçamento familiar em tempo de pandemia. Se tiverem o saldo bancário de uma das herdeiras da Corticeira Amorim comprem muitos certificados, têm de ser estes sujeitos  a manter a economia paralela. 

Gostava de saber o que move estes indivíduos a seguir o caminho da ilicitude. O comprador e o facilitador deste esquema, que são os dois iguais: com patologias que deveriam ser estudadas. 

As nuvens negras a reflectirem-se maldosamente no espelho de água e nós de mãos e pés atados sem conseguir mudar o rumo dos acontecimentos.

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 87

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P&O na Planície: Bom Fim de Semana 87 = Dez anos. 1+1+1+1+1+1+1+1+1+1=10. Em dez anos 1,3 milhões de euros fizeram-se indevidamente à estrada para as contas bancárias dos gestores das universidades e politécnicos. O Tribunal de Contas meteu-se a caminho para investigar a razão para a existência de suplementos, subsídios de função pagos aos gestores do ensino superior, ainda por cima à margem da lei. A auditoria não foi calorosamente bem aceite pelos queridos que ocupam estes cargos de gestão que não respeitando a lei atribuem remuneração extra por desempenhar estas funções. Alguns já devolveram os valores recebidos ilegalmente, se bem se lembram essa regularização foi feita no Instituto Politécnico de Santarém; vamos ver se seguem todos o exemplo e depositam o dinheiro a mais na conta do Estado Português.  

Esta pandemia sanitária também serviu e continua a servir para todos constatarmos que as universidades e politécnicos não souberam adaptar-se à exigência que a propagação deste  vírus impõe.  Tardiamente começaram a tomar medidas. As instituições de ensino superior têm uma gestão inoperacional, estão a formar os futuros trabalhadores num desnorte que só sabem estar preocupados em atrair alunos estrangeiros ao abrigo do programa Erasmus. Não há planos de contingência para situações em que deverão seguir o regime semi-presencial (quando as aulas práticas são parte importante e imprescindível na formação) ou o regime totalmente à distância.  Estes gestores a receber suplementos fora da lei não foram perspicazes em dotar as universidades e politécnicos de mecanismos de ensino a pensar no aluno, no mercado de trabalho, nas carências e vicissitudes de um país com problemas económico-sociais estruturais (somando ainda os problemas conjunturais); pensarão que é  só leccionar as aulas em inglês? Que depois  temos um ensino superior de qualidade, inovador, adaptado ao século xxi que se espelha de forma diferente em Portugal e nos outros países do mundo? 

Desde que os órgãos de gestão começaram a alinhar-se visceralmente com o partido que forma o Governo Constitucional e assim as universidades e os politécnicos começaram a marcar passo. Os vícios desta rotatividade governativa de nomeações está a trazer os seus frutos: um ensino superior a caminhar na estrada do passado, como há muita estrada, não há interesse em caminhar para o presente e, consequentemente, para o futuro. 

Em mais um fim de semana de confinamento, desejo-vos um Domingo Valentino esplêndido.

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 86

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P&O na Planície: Bom Fim de Semana 86 = Notícia que não teve o devido destaque nos serviços noticiosos televisivos: "Supremo manda guardar escuta de Costa sobre lítio em cofre."  Acalento a ideia que este cofre não seja o cofre da Mãe de José Sócrates. Nunca se sabe, a família tem destas coisas, pode haver um afastamento, porém quando há algum membro em situação difícil, unem-se  com espírito  tribalista. 

É uma sombra, mais uma diria eu, na reputação "imaculada" do Primeiro-Ministro António Costa.  

Há sombras que são melhores do que outras. O sol, por exemplo, proporciona sombras magníficas a certas horas do dia. Todavia, a suspeita oferece sombras pouco entusiasmantes de serem apreciadas.

Entre gostos, não se discute; por sua vez, cada um sabe de si! 

 

 

 

OLHAR Musical para Hoje @ 40

De acordo com um relatório elaborado pela revista "The Economist", Portugal deixou de ser um “país totalmente democrático” para regressar à categoria de “democracia com falhas”, um recuo impulsionado pelas medidas restritivas impostas pela pandemia.

Pois  a pandemia. A  Democracia.  O que dizer  da democracia portuguesa cozinhada pelo PS de Costa... respondo com música.  É melhor, desconversar com a ajuda da música!

Excelente Noite!

 

 

Os Pífios do Costume e as Vacinas contra a Sars-Cov-2

"O bom senso evita muitos aborrecimentos."

Agustina Bessa-Luís, Fanny Owen

"A verdade vive isolada do registo em que pode ser contada ao mundo."

Agustina Bessa-Luís, Fanny Owen

1. Os pífios do costume. Há fraude com tudo em Portugal, estranharia tal não acontecesse com o processo de vacinação contra a Sars-Cov-2.

As pessoas reles que o sistema político democrático produziu e que nós, cidadãos portugueses, lhes fortalecemos a sua influência e lhes cimentámos a sua permanência em todos os sectores preponderantes  no desenvolvimento e gestão de um país. Estamos minados destes reles que só pensam no seu umbigo, em que se aproveitam dos cargos de poder, funções privilegiadas inadvertidamente. Em suma são uns desonestos que são competentes em atingir os seus objectivos pessoais e dos seus grupos protegidos. 

É uma máfia de pífios que manda em Portugal. 

Nauseada assisto ao usurpar de vacinas por quem não tem escrúpulos. Nesta primeira fase as vacinas são escassas e seriam supostamente para os grupos prioritários, porém começou a lei da salvação dos pífios para subverter os critérios e assim serem abrangidos. É indecoroso. 

Esta prática de vacinar quem pertence ao grupo não prioritário começou em Reguengos de Monsaraz; foi aí que se fez a sessão de boas-vidas à fraude, à prevaricação. Esse Senhor que se serve da causa pública não foi capaz, não quis, nunca se interessou em  implementar as boas práticas de tratamento dos idosos que estão no lar, mas já soube usar o seu cargo para usufruir ilegitimamente de um benefício que não lhe pertence. Aí não se ausentou, pelo contrário soube onde era a porta para estar presente para receber a primeira dose da vacina. Depois seguiu-se o somar de maus exemplos de gente reles que se infiltrou na lista de nomes consignados aos grupos prioritários.  Quando nem metade desse grupo foi vacinado, outros e outras sem pinga de senso vão passando à frente, temos de tudo: padre, mãe de padre, empregada da mãe do padre; staff de escritório e empregadas domésticas da delegação do INEM norte; a pastelaria contígua à delegação do INEM Norte de bracinhos livres de roupa para receber a primeira dose da vacina;  director de hospital não satisfeito inclui a esposa que ainda  vai ser voluntária e a filha médica que não quer esperar pela sua vez, que tarda; o responsável por uma IPSS  antecipou-se aos meses que teria de esperar, incluiu a filha que andou a trocar lençóis de camas voluntariamente, reforçando que a filha é dirigente numa instituição social, logo "fazer camas" é um trabalho para os subalternos e merecidamente fez a inoculação como recompensa pelo dobrar as costas, sem esquecer a esposa que arduamente esteve na cozinha a "olhar" para as cozinheiras que faziam realmente os cozinhados; autarcas, assessores todos na linha da frente para de forma oportunista desviar doses para si e seus familiares; e o que dizer da delegação da Segurança Social de Setúbal? Lentos para resolver requerimentos que lhes chegam à secretária, porém rápidos para ir ter com a enfermeira que administrou as vacinas.

 Ainda a festa vai a meio, mais casos de roubo de vacinas vão ganhar tempo de antena. Enquanto que os bombeiros, os médicos e enfermeiros de outras especialidades que continuam à espera que os chamem,  estes prevaricadores recusam a admitir que cometeram um crime.  

É comovente observar a solidariedade organizada  nos pífios: todos apresentam a desculpa que foram vacinados ora devido  às sobras,  ora devido ao facto de fazerem voluntariado ora para não desperdiçar o líquido precioso (no caso da decisão do INEM com a escassos metros o quartel de bombeiros). Ninguém admite que errou, que deviam ter recusado a inclusão dos seus nomes nas listas ou nas decisões em cima do joelho,  ninguém.  Pelo contrário,  culpam as sobras, a missão de ser voluntariado que em muitos casos são porque lhes dá jeito neste momento ser para usufruir destas benesses e não a intenção de ajudar verdadeiramente o seu semelhante. 

Estão a ser instaurados processos de averiguação na apropriação das doses de vacinas, mas já se sabe que ninguém vai ser responsabilizado. Ainda há dúvidas?  O crime compensa, em que não há  pejo em passar por cima dos outros injustamente para se ganhar imunidade à Sars-Cov-2 pensando que são mais importantes que os demais.  

A ganância cega domina, acham que têm de ser os primeiros na fila em tudo. Por mim podem ficar com a minha vacina, dupliquem a vacina nas vossas veias, atinjam a imunidade a duplicar; não faças mal à espera que venha o bem.  

 

"(...) Os intelectuais julgavam ir ao leme dos acontecimentos quando eram remadores unicamente."

Agustina Bessa-Luís, A Ronda da Noite 

"O país estava a funcionar sob a fresca maneira dos politocratas. Já não era uma arte confidencial, era um desempenho de palco, com maquilhagem, provas no alfaiate recomendado, cores conforme o conselho da televisão. "

Agustina Bessa-Luís, A Ronda da Noite 

2. Outra vez os pífios do costume em plena actividade de açambarcamento. Ora vejamos: que sentido fará os deputados entrarem no grupo prioritário da vacina? Os idosos que optam por permanecer em casa com familiares e auxiliados por cuidadores formais/informais continuam por vacinar, contudo o deputado que está nas lides de fingir que trabalha na Casa da Democracia é prioritário.  Estranha-se muito estas ultrapassagens sinistras destes políticos. Para que servirá as listas com os grupos prioritários se depois se as adaptam de forma a abranger os seus interesses? 

O Secretário de Estado Lacerda Sales é favor da vacinação em massa dos políticos. Os bombeiros que fiquem de fora do grupo prioritário, é isto que está nas entrelinhas.

No máximo defendo que o Primeiro-Ministro entre na lista,  uma vez que estamos a presidir à União Europeia neste preciso momento.  E claro o Presidente da República. Quanto ao resto, esses ficam para a terceira fase,  pois do viveiro em que vieram estes deputados, secretários de estado, ministros, há mais iguais a estes lá à espera de uma oportunidade. Por isso, podem ser substituídos com muita facilidade, não vale a pena estas ultrapassagens para ganharem rapidamente as vacinas. 

 

"Os ricos são pessoas muito especiais, vivem por sua conta que é uma coisa que mais ninguém faz. O gosto, que tem a tendência a estabelecer os princípios da moralidade, é influenciado pelo preço e não pela noção  do sublime."

Agustina Bessa-Luís, A Ronda da Noite 

3. Nasceu um nicho de mercado no sector turístico. Fazer turismo para ser vacinado contra a Sars-Cov-2.

Segundo a notícia no Jornal de Notícias: Um clube exclusivo de viagens e "lifestyle", sediado no Reino Unido, está a levar os seus membros aos Emirados Árabes Unidos e à Índia para serem vacinados contra a covid-19. Fazem muito bem os milionários. São milionários à séria, não são mesquinhos em tentar infiltrar-se no processo de vacinação gizado pelo governo britânico, por exemplo. Têm dinheiro,  pagam. 

Espero que estejam alguns milionários portugueses inscritos neste clube para usufruir deste benefício.  Mas, se não estiverem,  espero que espécimes como: Ricardo Salgado, o Joe Berardo, Zeinal Bava,  Henrique Granadeiro, Duarte Lima, Dias Loureiro e outros que não me vêm à memória tenham encontrado forma alternativa  para se vacinarem sem ser à custa do contribuinte, uma vez que já nos deram muito prejuízo.