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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 73

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P&O na Planície: Bom Fim de Semana 73 = "Portugal pode ensinar outros Estados estrangeiros – e também alguns privados – a fazer bons negócios." Então não, o Ministro Pedro Nuno Santos foi comprar carruagens de comboios à colega da CP lá de Espanha (Renfe) que tinham sido promovidas a sucata! O extraordinário Ministro  transformou a sucata em Espanha em algo em segunda mão em Portugal. Não é para todos e tem toda a razão quando disse na altura:  “Foi um grande negócio, ao alcance de muito poucos.” Está ao alcance de poucos ajudar os espanhóis a descartarem-se de carruagens podres, cheias de grafites e amianto e ainda ganharem dinheiro com isso. Limpámos o estaleiro de ferro velho da ferroviária espanhola com uma alegria de parolos.  Vá-lá não fomos enganados no preço, está incluído a retirada do amianto no contrato. Porém, só soubemos agora desse "pormaior": "Não é só a CP que sabia, nós sabíamos. A Renfe não escondeu nada de ninguém. A remoção do amianto é um procedimento técnico muito fácil."

É um "excelente negócio" continua a dizer o Ministro, não duvido, todavia para a Espanha! E diz ainda que a Renfe só vendeu as ditas 51 carruagens porque tinham a mais... claro tem apostado na modernização  dos comboios e respectivas carruagens. Ainda terá mais de sobra é só preciso a CP e o Ministro Pedro Nuno Santos estarem atentados aos restos da Renfe para continuar a fazer bons negócios à portuguesa e assim modernizar e aumentar os serviços ferroviários com a sucata vinda de Espanha. Está bien?

Somos um arbusto seco no meio do céu azul!  

Antes havia um senhor que era o papa concursos...

... agora é o Virologista Pedro Simas que papa tudo o que é programas de televisão! Lá vai dizendo que não é especialista em saúde pública no meio das informações gastas de tão repetidas que vai transmitindo nos segmentos informativos em todos os serviços noticiosos de todos os canais generalistas e/ou de notícias, para além, das inúmeras entrevistas de duas páginas em todos os jornais que ainda não faliram,  porém as solicitações não pararam por aí: lá foi dar um pé de conversa nos programas de entretenimento das manhãs que andam em guerra de audiências.

Hoje, o cientista Pedro Simas atingiu o pleno: esteve no programa de análise futebolística da TVI24 a comentar o facto de os estádios ainda não terem pessoas para lançar os petardos e cadeiras para o relvado durante os jogos. Pois vai ser este o público que vai ocupar as bancadas a meio-gás!

O Pedro Simas vai a todas! Falta fazer uma participação especial numa novela. Estará já agendada? 

Pode... mas o António Costa sem Silva não quer!

Tem outra ideia para Beja...

O António Costa Silva disse que: "Beja pode ser a capital ibérica contra a desertificação.” 

Pode se o António Costa sem Silva estivesse interessado realmente em apetrechar Beja com o básico: melhorias no IP 8, arrancar a construção da auto-estrada, electrificar a linha ferroviária, mas não é o caso. Não vai haver esses investimentos prioritários para que Beja consiga competir com outras cidades servidas com boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias. Falta-nos mais coisas, todavia se estas se fizessem seria o pontapé de saída para tirar a Pax Julia do marasmo.

E os governantes locais pouca pressão fazem. Tem de haver sempre uma "entretenga", neste momento, andam entretidos com a  composição das listas para se eleger um outro igual a tantos outros presidentes da CCDR Alentejo.

O tacho anda a fugir, parece que tem rodas!

A novidade é que vai ser eleito e não nomeado. É para rir. Pois se não tiver carreira partidária em nomeações a sua candidatura à presidência não será bem-vinda nas hostes do poleiro partidário. Portanto, é uma eleição de faz de conta!

Por acaso se eu quisesse apresentar uma lista para liderar nos próximos tempos essa CCDR Alentejo aceitavam? Obviamente que não!

Vai o Ceia experimentar os almoços com o tacho a transbordar da CCDR Alentejo, pois enjoou os almoços a ver o fundo do tacho na Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. Muito bem. Uns medicam-se para passar o enjoo, outros saltam para outros cargos no domínio político para desenjoar! É o que dá ter bons conhecimentos!

"Maneiras" que gostei muito do seu esforço, António Costa Silva, de se ter lembrado de Beja. Fico-lhe grata. Para já a ideia do António Costa sem Silva para a minha cidade de nascimento é outra;  então não é que anda deserto em continuar o empobrecimento "sustentável" a que está a ser submetida a cidade que tem a torre de menagem mais alta da Península Ibérica?

O que vale é que o António Costa sem Silva está de passagem no cargo e Beja ficará sempre estoicamente. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Exemplo devia vir da Câmara Municipal de Serpa

Serpa (des)governo 7

A Câmara Municipal de Serpa está num braço de ferro com o Ministério da Educação devido ao facto de não querer comparticipar metade da verba financeira (a outra metade fica a cargo do Ministério da Educação), para que as obras de requalificação avancem na degradada Escola Secundária que o concelho de Serpa disponibiliza. Refere que não tem os 500 mil euros  para gastos extra (quase 170 mil euros por ano, sabendo que a obra tem o prazo de três anos) para que haja luz verde na candidatura aos fundos europeus. Dou de barato que não têm meio milhão para tirar do orçamento municipal que logicamente é atribuído pelo erário público que resulta do pagamento de impostos pelos contribuintes. 

Todavia, não conseguem tirar uns míseros euros do orçamento do município para consertar a rotura de água que está há semanas na freguesia de Vila Verde de Ficalho? 

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Para pequenos arranjos de dia a dia de equipamentos desgastados e serviços deficientes em que a Câmara Municipal é a única responsável também não há dinheiro? 

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O Município pede, e bem, para termos parcimónia no consumo de água, depois assistimos ao constante desperdício de água potável dias a fio por via da tardia ou imperfeita reparação  das inúmeras roturas que nascem como se de cogumelos se tratassem. As roturas de água vão ficando e encorajando os limos de nascerem e desenvolverem-se à rédea solta! 

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É certo que nós (in)voluntariamente não poupamos a água que devíamos poupar, porém a Câmara Municipal de Serpa não será um bom exemplo a copiar no que se refere à poupança de água!

Assim, adaptando a célebre frase de Shakespeareà realidade da eterna Vila Branca: algo vai mal no Reino de Serpa!

 

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* expressão original: "Something is rotten in the state of Denmark" (tradução mais comum: algo vai mal no Reino da Dinamarca) surge na peça de teatro Hamlet de William Shakespeare.

 

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 72

20200905_180537.jpgP&O na Planície: Bom Fim de Semana 72 = Findo o ano de transição, "finalmente", a caprichosa lei que pune com coimas quem atirar as beatas de cigarros e relacionados para o chão começa a ser "fumada" aplicada. 

Não sei se alguém já teve o (des)prazer de ser punido pelo acto incivilizado de despejar os cinzeiros pela janela dos carros confortavelmente nas estradas ou ruas de uma localidade qualquer? Tantas beatas que se tornaram peças de decoração imprescindíveis (começaram a ter a competição dos dejectos caninos e das ervas) nas ruas, ruelas e becos deste país à beira mar plantado.

Ainda não sinto a falta delas, das beatas, continuam instaladas nas vias públicas. Mas, estou a ter uma conclusão precipitada: as beatas podem ser velhas e ninguém as ter varrido!

As coimas variam entre os 25 e os 250 euros para quem gosta de emporcalhar o "chão" que é de todos. 

Quem terá sido o felizardo de ser o primeiro a levar com uma coima em flagrante delito? Ainda não percebi bem quem vai começar a vigiar os fumadores desta maldade de mau senso pela limpeza do espaço que é de todos. Quando presenciar este acto administrativo em plena rua, contarei.

Não vai ser comigo. Não fumo. Sou adicta de pastilhas, rebuçados! Todavia, não deito para a calçada a pastilha com quilómetros de mascar até ficar com sabor a borracha. É uma questão picuinhas da minha educação: os caixotes do lixo servem para depositar os detritos que nós criamos! 

Se for como as coimas para os donos dos cães que não apanham os dejectos dos seus patudos nos passeios e espaços verdes, estamos conversados; pois não conheço ninguém que tenha sido presenteado com uma coima. 

Estas leis a impor comportamentos de respeito no convívio em sociedade de forma a não prejudicar e ou respeitar terceiros revelam que evoluímos muito pouco nos nossos padrões de conduta em sociedade.  Educar atitudes e comportamentos que são básicos na formação cívica de um indivíduo não faz sentido  ser uma lei. Falha-se na educação! Os pais falham na educação! Os adultos falham por não adquirirem ou enriquecerem a sua conduta com a mudança de atitude de acordo com a evolução dos padrões de higiene e segurança.  A razão é simples mais instrução não significa mais e melhor educação para os seus filhos e/ou para os próprios. Ainda é preciso o Estado  corrigir os maus hábitos educacionais que continuam a subsistir na nossa sociedade. O saber estar na gregária ainda depende muito da iniciativa do Estado e das suas leis. Se não há adaptação às novas realidades de preservar o bem comum, o Estado faz esse papel de moldar, por via sempre de mais uma lei.

É cultural.

O acto de deitar a ponta de cigarro para onde calha por não lhe existir cinzeiros  é uma desculpa muito... portuguesa! 

Outra coisa muito cultural nossa é o sistema de incentivos financeiros para aplicar as medidas,  que em muitos casos nada inovadoras, que nascem das leis (des)necessárias. Por isso, outra coisa não se podia esperar: "Incentivos para comprar cinzeiros não chegaram a cafés, nem restaurantes no último ano, como estava previsto. Tutela vai gastar 60 mil euros em prémio de design para incentivar à deposição de beatas no sítio certo." Os restaurantes, hotéis e afins estão à espera do paizinho Estado para comprar os benditos cinzeiros. O paizinho Estado não difere dos demais paizinhos com a mania das grandezas: prometem aos filhos um presente inútil mas de fazer inveja aos amiguinhos, depois percebem que o plafond do cartão de crédito estourou e levam a vida a adiar a concretização da promessa!

É cultural. Somos latinos! Corrijo: somos latinos à portuguesa! Desengane-se que esta degeneração é tolice minha. Basta olhar naquilo que somos como cidadãos  e naquilo em que nos transformámos enquanto Nação.

Há pior, sim!

Porém...

Há bem melhor, também!

Bom domingo!

 

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