Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 44

20190709_202217.jpg

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 44 = Em semana do “Adeus”: a bandeira da U.E. irá ser recolhida em definitivo no Reino Unido; o Livre abandonou a Joacine e a Joacine está por sua conta na Assembleia da República; o Bruno Fernandes finalmente conseguiu o SportingExit na sua vida.

Também foi a semana das “continuidades”: a incógnita da origem específica do “CoronaVírus” aparentemente anda a monte e não pára de contagiar e se espalhar pelo mundo; o “LuandaLeaks” permanece na estrada a causar acidentes  (o Banco de Portugal não tem culpa e o Teixeira dos Santos do EuroBic participou no pique-nique como figurante, por isso não provou os bolos); o Rui Pinto informou que coisas quentes e boas vão surgir, porque os portugueses têm direito à verdade. Estou com esperança que apareça alguma sebenta sobre submarinos, se não for possível esta, ao menos sobre as estratégias para se manter (as) “portas” blindadas à condenação judicial.

Entre o “Adeus” e as “Continuidades” nenhuma importância deram às “100 perguntas de Carlos Alexandre a António Costa.”

Percebo esta indiferença. O António Costa conseguiu aquilo que pretendia no caso Tancos: testemunhar mas por escrito.

Testemunhar por escrito não serve para nada.  É uma perda de tempo. E não deveria ser permitido e nem válido. Se testemunhar presencialmente  é passível de harmonizar as declarações de acordo com os nossos interesses, imagino testemunhar por escrito; Estão reunidas todas as condições para as respostas serem elaboradas para contar a história da carochinha. E com recurso ao escritor fantasma. As respostas às cem perguntas compiladas devem originar quantas páginas? Enquanto escrevem por si as respostas para o Juiz Carlos Alexandre ler como se tratasse de uma entrevista sua dada ao Jornal Expresso, o António Costa devia  pensar no título a dar a essa obra-prima.  Será um desperdício para a humanidade portuguesa se não for editado em livro a sua versão fabulada do Caso Tancos.

Ainda lhe proponho uma sugestão: pense no título do livro  – será um conto ou um romance? – numas mini-férias que tanto gosta de fazer para fugir quando os infortúnios, as desgraças, o caos se abatem sobre os portugueses.

Alugue um barco (Marina Amieira/Alqueva) e desfrute.  Não tenha pressa de regressar… 

OLHAR Musical para Hoje @ 18

(Chicão é o novo Presidente do CDS)

Agora que o apelido 'dos Santos' anda na boca do mundo pelas péssimas razões que estamos carecas de conhecer, o CDS resolve eleger alguém que carrega esse epíteto 'dos Santos' para fazer oposição ao António Costa e Rui Rio. Apareceu na Revista Forbes e não gosta que publicamente lhe chamem Chicão. Quer ser pai de todos. Quer ensinar. Quer aprender pouco. Tornou-se  pai do partido. Haverá momentos em que teve pena de não ter sido mais tempo filho do partido para ouvir: " Quero aprender com o teu pequeno grande coração /Meu amor, meu Chicão..." 

 

OLHAR Musical para Hoje @ 17

(Chicão é o novo Presidente do CDS)

Agora que o apelido 'dos Santos' anda na boca do mundo pelas péssimas razões que estamos carecas de conhecer, o CDS resolve eleger alguém que carrega esse epíteto 'dos Santos' para fazer oposição ao António Costa e Rui Rio. Apareceu na Revista Forbes e não gosta que publicamente lhe chamem Chicão. Quer ser pai de todos. Quer ensinar. Quer aprender pouco. Tornou-se  pai do partido. Haverá momentos em que teve pena de não ter sido mais tempo filho do partido para ouvir: " Quero aprender com o teu pequeno grande coração /Meu amor, meu Chicão..." 

 

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 43

20190519_154140.jpg

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 43 = Com a legitimação e o impulso de certa comunicação social os nossos governantes apenas dão importância às situações, aos problemas temporários que podem prejudicar os seus interesses políticos de inovar esquecendo que nada há para inventar no teatro de aparências nas actividades políticas.

Vivia-se em Dezembro as consequências do Furacão Lorenzo e a continuação dos ventos e chuvas fortes e ninguém dormia nas redações dos jornais e TV não com a preocupação de os nossos irmãos das ilhas das Flores e Corvo terem uma ceia de Natal quase despojada de alimentos; mas antes  expectantes  na impossibilidade de o Marcelo Rebelo de Sousa não cumprir o seu programa de artista de variedades: fazer o revilhão na Ilha do Corvo. Os habitantes das ilhas das Flores e Corvo desde  13 de Dezembro que não viam por mar a chegada de produtos de primeira necessidade, porém viram “pelo céu” a vinda do produto gourmet, a 31 de Dezembro: o caviar e que felizmente não apanhou nenhum susto:  “Correu muito bem a vinda das Lajes para aqui e a aterragem correu muito bem", disse o Presidente da República.

É sintomático: as prioridades dos governantes estão sempre em conflito com os interesses e bem-estar da população que devem servir e não devem servir-se dela. Apareceu barco e avião para o Marcelo Rebelo de Sousa. Ao contrário não surgiu nenhum avião da Força Aérea para efectuar o abastecimento de produtos alimentares, gás e outras mercadorias normais que nós no continente temos ao virar da esquina e estes habitantes têm de forma condicionada e no intervalo dos constrangimentos meteorológicos. A culpa foi do Furacão Lorenzo destruiu o Porto das Lajes e o único navio que abastecia as ilhas parou a 13 de Dezembro.  Depois continuaram nas culpas do tempo: outra vaga de mau tempo, todavia o transporte aéreo de mercadorias nunca foi equacionado, essa  é que é a verdade.

Não seria natural a existência de planos de contingência (soluções para cenários de emergência) para solucionar estas situações específicas de quem vive em ilhas que apesar de, citando: “Governo dos Açores diz ter feito o possível no abastecimento às Flores e Corvo”, custa acreditar que foi feito o possível, uma vez que chegou-se a 12 de Janeiro e o relato era que as prateleiras dos supermercados estavam completamente vazias.

Marcelo Rebelo de Sousa quando pisou o chão da ilha do Corvo disse: “Cá estou eu, cá estou eu.”  

Uma habitante das Flores, por sua vez desabafa:  “Sinto que somos tratados como cidadãos de segunda. Mas os nossos impostos são pagos de igual forma. Não somos mais nem menos que os outros. Somos pessoas que trabalham, que têm família, que dão vida aos lugares. Já há escassez de coisas básicas, nomeadamente de frescos, de iogurtes... Não encontro uma alface há um mês. Há escassez de iogurtes e, em alguns sítios, nem congelados há.

Devido à inoperância e incapacidade dos nossos medíocres governantes: (sobre)viver ao dia-a-dia nas Flores e no Corvo é um desfolhar de tristezas e desilusões que não voam. Onde, por vezes, as suas belezas poéticas apenas residem nos seus nomes: Ilha das Flores e Ilha do Corvo.

 

 

Falam do problema B, mas sem o problema A não existia o problema B!

 

“(...) uma imagem reflectida num espelho é sempre mais baça, e um pouco distorcida. O convexo e o côncavo trocam de lugares, a falsidade vence a realidade, a luz e a sombra enganam os olhos.”

 

Haruki Murakami, Underground – O Atentado de Tóquio e a Mentalidade Japonesa

 

[Preparem os paus para acender a fogueira… Vou ser lançada viva para a fogueira]

 

“(...) – Porque temos de fugir da verdade quando ela nos está a cercar?”*

 

Quando utilizamos os transportes rodoviários de passageiros temos de perceber que há um decreto-lei  n.º 9/2015 (15 de Janeiro) que regula os direitos e obrigações das operadoras bem como dos passageiros.

A vítima, em certas ocasiões, só se torna vítima quando não respeita as regras básicas que tem de cumprir para usufruir um dado serviço. Tudo o que aconteceu paralelamente foi despoletado por uma atitude incumpridora por parte da cidadã: o facto de ser obrigatório a apresentação ou aquisição do título transporte quando solicitado pelo motorista (art. 8.º, n.1). Como a filha da cidadã não levava o título de transporte, o motorista do autocarro só cumpriu com a sua obrigação: ou comprava o bilhete ou não podia seguir viagem. Simples. O motorista tem de cumprir a lei e não pode “fechar os olhos” perante o esquecimento do passe. Esta é que foi a razão principal que depressa foi esquecida com as situações lamentáveis e intoleráveis que se seguiram a posteriori: agressões verbais, violência física e o aproveitamento político para aqueles seres que se alimentam deste tipo de ‘sangue”.

A verdade  é que não houve a intenção de cumprir uma obrigação, por mais razão que a cidadã tivesse, existe a lei para a contradizer e o motorista não pode ser condescendente com as desculpas e soluções que não estão previstas na lei: dura lex, sed lex. Se a cidadã tivesse acatado as ordens, se se tivesse lembrado das suas obrigações de utilizadora de transportes rodoviários de passageiros não estaria a viver esta situação em que a única prejudicada é ela mesma.

Agora resta esperar as averiguações necessárias e as consequentes punições para os actos criminosos e de violência que foram cometidos de parte a parte: pela cidadã e pelos polícias. Quanto aqueles que se auto-intitulam de varredores de serviço para eliminar o racismo, a xenofobia… que vão existindo à conta destes casos que vão ludibriando à  sua medida para marcar a sua agenda porque  fazem o culto da cor de pele, da etnia e da religião; Merecem que nós não percamos tempo com eles… Eles potenciam a discriminação e são muitas vezes parte do problema e um obstáculo à verdadeira integração e inclusão das pessoas na sociedade vigente e actualizada.

 

--------------------

*Naguib Mahfouz, As Noites das Mil e Uma Noites.

 

Pág. 1/3