O Pelé assombrou o Eusébio com os seus jogos de bastidores. Agora tenta assombrar o Cristiano Ronaldo: Pelé desafia Cristiano Ronaldo a bater o seu recorde de 1.283 golos.

Eu que não sou fã do Cristiano Ronaldo, mas vou abrir uma excepção e vou defendê-lo da astúcia do Pelé: o Cristiano Ronaldo de facto marcou oficialmente 700 golos. Em contrapartida, o recorde de 1.283 golos do Pelé é deveras duvidoso. O Pelé não foi só muito genial com os pés, tem sido, principalmente, com a cabeça. 

Que perseguição diabólica!

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 33 = Os figos não nascem na nespereira. Porém, é de salutar a iniciativa da eurodeputada (e bejense) Maria da Graça Carvalho de levar ao Parlamento Europeu uma comitiva de 25 elementos, incluindo o movimento cívico Beja Merece +. Antes que se cimente a inquietação legítima de quem financiou a ida a Bruxelas deste grupo de pessoas é essencial esclarecer: uma vez que se tratou de um convite promovido pela eurodeputada portuguesa  enquadra-se no regime: grupos patrocinados, em que são atribuídos subsídios pagos pelo Parlamento Europeu aos grupos convidados (se pretender saber como é feito o cálculo dos subsídios e/ou outras informações ver em: Grupos de visitantes e visitas individuais ao PE).

Como referi os figos não nascem da nespereira, porque a concretização das reivindicações para lá do que merecidas são exclusivamente da responsabilidade dos governantes nacionais: primeiro-ministro e ministros.

A nespereira “dá-nos” as nêsperas (fundos europeus) e nós que precisamos dos figos: “a melhoria da estrada Sines/Ferreira do Alentejo/Serpa/Ficalho, a ligação ferroviária Casa Branca/Beja/Funcheira, assim como o arranque da segunda fase do hospital de Beja” , e os vários donos da figueira têm enviado os figos para as zonas onde há mais densidade populacional. Certa maneira é aí que se ganham ou se perdem eleições e/ou se ganham as maiorias absolutas.

Frases em destaque:

"O Baixo Alentejo tem sido uma região bastante esquecida, comparado com outras regiões de Portugal". (Eurodeputada Maria Graça Carvalho)

"Há regiões onde as infraestruturas ainda são muito rudimentares e estão por acabar". (Maria da Graça Carvalho);

“Cada vez que vou a Beja vivo esse problema, ao passar dentro das cidades e ver ali as obras de uma auto-estrada que começaram a construir, mas depois não acabaram e isso é, obviamente, triste”. (Eurodeputado Carlos Moedas);

"há nove anos que decorrem reuniões para uma ligação ferroviária direta de Beja a Lisboa". (Contador de histórias Jorge Serafim)

Merece a pena referir que durante o “convívio” apareceu o eurodeputado Carlos Zorrinho na esperança de cumprimentar o seu camarada de partido e presidente da capital de distrito do Baixo Alentejo, todavia esfumou-se porque estava ausente. Certamente, a ausência de Paulo Arsénio justifica-se pelo medo de o prometido figo seco com sabor a bolor não seja oferecido…

Diretor do Polígrafo apanhado no caso Máfia do Sangue

Fernando Esteves foi, enquanto jornalista, sócio de uma empresa que fez a "gestão da crise " para o principal arguido, Paulo Lalanda e Castro (in Revista Sábado)

O troféu Grammy de Excelência Musical já está nas mãos do português José Cid e a caminho de Portugal. Enquanto não chega o laureado com a mini grafonola ... Ouçamos músicas:

O Instituto Politécnico de Beja ao que tudo indica está a formar futuros quadros superiores desde 1979.

“O IPBeja faz 40 anos!

É com carinho e orgulho que disponibilizamos o convite/programa desta efeméride. Contamos com aqueles que trabalham no e para o IPBeja. Contamos com aqueles que estudam no IPBeja. Contamos com aqueles para quem o IPBeja tem um significado de relevo, seja ele qual for: estão todos convidados!

Ajuda a construir um IPBeja cada vez mais forte e mais cooperativo!”

Não é todos os dias que um estabelecimento de ensino superior comemora a bonita idade de 40 anos. Excluíndo a imprensa local, não vi em nenhum órgão de comunicação social, nem em nota de rodapé, o anúncio desta efeméride.

O suposto manifesto desinteresse da nossa imprensa de Lisboa pelos 40 anos do IPBeja deve estar ligado ao facto de no programa de comemorações não constar o Presidente da República ou alguém que representasse o Governo, por exemplo, o ministro do ensino superior, porque o António Costa já esteve em Beja e agora só quando o Governo cair é que retornará ao local de nascimento da Rainha Dona Leonor.

Recolhendo o ensinamento das sábias palavras de Helmut Kohl: “Mais tarde ou mais cedo os visionários provaram ser verdadeiros realistas”, a equipa do IPBeja tomou uma medida proactiva e realista: pagou para ter um Governo em Março no auditório do Instituto Politécnico de Beja. O Governo Constitucional não se predispõe – nunca aparece tanto faz o verbo estar no presente ou no pretérito perfeito –, a oferecer o seu tempo e conviver com os nossa academia, ao menos podemos dizer que o outro Governo, o Governo Sombra, desceu até à Pax Julia. Não vieram  pro bono, mas já se paga e bem pelos humoristas sem graça liderados pelo António Costa que no máximo conseguem que os cidadãos esbocem um sorriso amarelo. Ao menos por 13.520.00€ (+ IVA) houve humoristas de profissão e sempre deve ter havido valentes gargalhadas à conta das piadas inspiradas no outro Governo, desta feita, no Governo Constitucional que ainda tinha o cognome de Geringonça.

Programa Prós e Contras, na RTP 1, subordinado ao tema: exploração de lítio. Olho e vejo o José Sócrates! Fecho os olhos e ouço o José Sócrates!

Porém, não  é o José Sócrates. É o João Galamba. 

"Primavera" da Escultora  Adália Alberto (Praia Fluvial de Mourão )

P&O na Planície: Bom Fim de Semana 32 = Oito de Novembro de 2019 é o dia nacional da igualdade salarial. As mulheres continuam a correr atrás do prejuízo. Simbolicamente vão-se criando bonitas esculturas, já é um começo para se conseguir maiores façanhas!

Joana Gíria, Presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, dixit: "Havendo uma disparidade de 14,8% de rendimento em desfavor das mulheres, fazendo as contas, são 54 dias por ano que as mulheres teriam de trabalhar a mais para atingirem os rendimentos dos homens. Ou, de outro modo, os homens poderiam deixar de trabalhar no dia 08 de novembro e as mulheres teriam de continuar até ao fim do ano para receberem o mesmo salário." (continuar a ler em SIC Notícias)

Não quero ser igual ao homem, como muitas mulheres se esganiçam a defender. Quero ser Mulher por inteiro. Exigindo respeito pelas minhas especificidades enquanto mulher e ter sim, apenas e só: igualdade de oportunidades na ascensão de cargos de topo nas empresas e nos organismos onde se pode fazer a diferença, por exemplo, uma mulher a chefiar um governo  em Portugal.

Quando as mulheres gritam a ditadura: queremos igualdade entre homens e mulheres, estão a impulsionar a que as mulheres olhem e exerçam os cargos de poder com os olhos dos homens, só assim granjeiam algum respeito. Atualmente para a mulher se impor e conquistar o poder tem de comportar-se como se fosse um homem nessas funções de liderança. Nada mais errado. Com esta ânsia de trocar a  feminilidade pela masculinidade, a mulher corre o risco de cometer os mesmos erros dos homens. E que nós mulheres tanto criticamos e repudiamos. 

Segundo o relatório da OCDE, Portugal ocupa o quinto lugar dos países em que se consome mais antidepressivos. Há frente de nós estão  países como: a Islândia, o Canadá, a Austrália e o Reino Unido.

A maravilha maior é quando o relatório anuncia que a toma de antidepressivos aumentou o triplo (tendo como referência o intervalo temporal de 2000 a 2017). Ou seja: "Portugal apresentava em 2017 um consumo de 104 doses diárias de antidepressivos por mil pessoas, quando em 2000 pouco ultrapassava as 30 doses diárias."

A “Health at Glance 2019” considera que: “o aumento do consumo de antidepressivos pode refletir melhorias no reconhecimento e diagnóstico da depressão, a disponibilidade de terapias e a evolução de guias de orientação clínica.”

Tendo a concordar. Porém, este aumento excessivo de consumo de antidepressivos não estará na sua génese a abusiva prática dos médicos de clínica geral em passar a receita médica com o dito antidepressivo? Quantas pessoas tomam esses comprimidos e nunca foram a uma consulta de especialidade? É mais fácil recorrer ao médico de família do que explicar que fomos “conversar” com o psiquiatra. Há o estigma que só os malucos vão às consultas de psiquiatria.

E quando vão, já com muitos anos de toma de antidepressivos e o  psiquiatra recomenda o fim da prática, pois não precisa ou melhor nunca precisou?! Acontece...

Pergunto-me: o médico de família pode substituir-se ao psiquiatra? Ou mais grave, terá competência para fazer um diagnóstico que distinga uma depressão de um desequilíbrio emocional temporário originado pelo cansaço? Por exemplo, está avalizado para diagnosticar a bipolaridade?

Estar triste de manhã e no dia seguinte estar mais umas horas taciturno não significa que estejamos com depressão.

Infelizmente, todos conhecemos alguém que toma antidepressivos e nunca foi a uma consulta de psiquiatria (nem no privado).

É um facto que muitas vezes levam à exaustão a exigência feita ao médico de família de uma receita médica com o ansiolítico, o calmante, o antidepressivo… Tomam-se com a mesma leveza (in)consciente como se toma um  paracetamol.

Quando ouvi esta notícia na rádio automaticamente lembrei-me da personagem Cabé do romance Conhecimento do Inferno da autoria do António Lobo António.

Lembrei-me do hilariante Cabé porque para resolver o sarilho onde estava metido decidiu fugir para o Hospital Miguel Bombarda para ser internado como louco. O sarilho era: tinha o casamento marcado pelos irmãos da noiva, e o Cabé não podia casar, uma vez que já era casado.

“ –Quero ser internado porque estou maluco”.

“(...) – Se os irmãos da noiva me caçam fazem-me a tromba em oito. E a agitar as rendas dos pulsos num apelo patético:

– A única maneira de me safar é aceitarem-me por maluco no hospital.”  

A Ministra Ana Mendes Godinho não conseguiu levar o Tom Cruise do Top Gun para a reunião da Concertação Social. Achou aborrecida a ladainha sobre o salário mínimo nacional, porque, no imediato, acha que os salários de topo é que devem ter um tecto limite. Assim, não haveria um grande fosso entre os salários: mínimo, médio e superior. Para que exista uma harmonia salarial nas empresas privadas e PÚBLICAS. E depois tratar de aumentar o salário mínimo nacional... 

Mas, como não é este o guião do filme, ainda bem que o querido Tom Cruise fez a gentileza de lhe emprestar os seus óculos de sol Aviator. 

Uma saudação ao Piloto Maverick que está sempre  pronto a distribuir o seu charme em personagens alheias.

No último dia de interrogatório (Processo Operação Marquês), à saída do Tribunal, o José Sócrates disse aos jornalistas que: "não ficou pedra sobre pedra". 

As pedras podem cantar, valha-nos isso!