Que OLHAR Oportuno {15}
Vale mesmo a pena ler a entrevista do Professor José Pacheco, o fundador da emblemática Escola da Ponte, concedida ao Observador. Destaco alguns trechos:
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Vale mesmo a pena ler a entrevista do Professor José Pacheco, o fundador da emblemática Escola da Ponte, concedida ao Observador. Destaco alguns trechos:
P&O na Planície: Bom Fim de Semana 22 = Semana marcada pelo Editorial do Financial Times. E o António Costa mais ou menos nas nuvens! Vou nestes dois dias de pausa à procura do país que o jornal económico britânico elogia e diz ser um exemplo a seguir na Europa (!?). Um certeza: Portugal não é! (Aceito sugestões).
Estou a constatar que vou ter muito trabalho no fim de semana, pois para além da tarefa de detective, vou analisar qual dos candidatos a futuro Primeiro-Ministro de Portugal apresenta um perfil mais adequado para não hesitar e aplicar as recomendações que o mesmo editorial alude.
Bem, não perco mais tempo e vou já andando para adiantar a pesquisa da primeira tarefa...
... O PCP é que não vai achar muita piada à brincadeira e vai fazer finca-pé para que esta proposta eleitoral não seja concretizada:
E se CDS-PP levar a sua "avante", o PCP terá de aumentar o dízimo aos seus camaradas para conseguir pagar tanto IMI: porque o PCP continua a ser a força política com maior número de propriedades.
Não haverá mais nenhum sítio melhor para o Festival Rock in Rio comemorar os 15 anos em Portugal?
O José Cid, recente vencedor do Grammy Latino por "Excelência Musical", tem uma música que personifica o adormecimento que a governança do António Costa está a sujeitar a maioria dos portugueses. Não há forma de sairmos desta dormência, deste "caos" psicológico a que este Senhor Sagaz paulatinamente tem vindo a implementar em Portugal. Só se discute se vai ou não conseguir a maioria absoluta. Porque vencer as eleições pela primeira vez, pelos vistos já não é assunto. É um não assunto, sendo assim!
Vimos pouco a pouco
O mundo acabar
E ficámos calados
Não se ouviu um grito
Não se fez um gesto
Nem a própria ruína
Nos conseguiu manter acordados
Eis a música: José Cid O Caos
.......................................................
Letra:
Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, dixit:
"Devemos ir ao médico com regularidade, mesmo sem sintomas" (revista Prevenir/ Lifestyle Sapo)
[A ministra da saúde do António Costa é que não achará piada às salas de espera transformadas no Metro de Lisboa em hora de ponta. A tarefa de fazer desaparecer pessoas sentadas nas cadeiras em fila ou a circular pelos corredores para desentorpecer as pernas não seria tão fácil como foi a tarefa de limpeza no sistema dos nomes dos doentes em lista de espera para ficar com as estatísticas do SNS bonitinhas]
P&O na Planície: Bom Fim de Semana 21 = O António Costa comporta-se como se não fosse um Primeiro-Ministro em funções. Vai daí decidiu organizar uma excursão para percorrer Portugal de norte a sul sempre pela estrada na cional 2. É pena não incluir todas as estradas nacionais no seu roteiro de propaganda, oops de viagem, como por exemplo, a EN 258 que liga Brinches a Serpa. Para ter uma viagem regada de pulinhos e apimentada de travagens bruscas para se desviar dos buracos e buraquinhos que decoram cronicamente esta nacional 258. Com a real possibilidade de no meio do percurso o seu motorista arregaçar as mangas da camisa para substituir a roda com o pneu furado. (Nessa hora morta aproveitava para cair em si e cancelava essa aventura de excursionista e ia tratar do caos em que se encontram os serviços públicos).
O que é a estirpe? Recorrendo ao dicionário do costume aparece-nos os seguintes sinónimos: “ascendência, espécie, grupo, progénie, raiz, tipo”.
Miguel Cervantes no seu Dom Quixote associa estirpe à virtude: “A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale”. Tendo a concordar com a sua perspectiva: somos herdeiros da estirpe, porém o que adianta termos ascendência distinta, achamos nós, se depois temos comportamentos desviantes ou atitudes deselegantes. Sem virtude no carácter, ou seja, brio, hombridade, bondade, retidão, ética,… Não há estirpe ilustre, pensamos nós que pertencemos a ela, que nos salve do desrespeito e do desmerecimento por parte do nosso semelhante que caminha na mesma sociedade connosco.
No passado mês de Julho foi inaugurado o empreendimento turístico Herdade dos Delgados - Dark Sky View Hotel & Spa, em Mourão (Évora). Todavia, inesperadamente o protagonista da inauguração não foi a abertura de um hotel de quatro estrelas com vista para o Lago de Alqueva, mas antes uma das anfitriãs: a Cinha Jardim que pertencia à comitiva de “socialites” presente na cerimónia oficial de abertura do “Dark Sky View Hotel & Spa”. O protagonista ficou para segundo plano, quando a antagonista decidiu destacar-se com esta sua opinião desafinada: o “aparecimento de pessoas de outras estirpes sociais, televisões e revistas” são as responsáveis por divulgarem “a beleza que no fundo já existia” no Alentejo.
[Esta educativa resposta surgiu no decorrer de uma interpelação feita pela Rádio Campanário: “Se o Alentejo estava na moda?”]
A Cinha Jardim – o seu nome profissional (?!) – pertence ao tal grupo social fútil do mundo das revistas cor de rosa em que todos os seus elementos têm comportamentos culturais padronizados, tipo código de conduta, que permite que sejam identificados a léguas por outros grupos sociais. Estes elementos são as tais personagens que não negam a linhagem douta em “finger food” – no croquete e no rissol, claro está –, mas mesmo assim acham que quem não pertence à estirpe deles tem de pedir desculpa por existir ou tem de pedir licença para ocupar o espaço que é de todos e que ao mesmo tempo não é de ninguém.
Acontece que a Cinha Jardim ao afirmar que o que contribuiu para o Alentejo estar mais na “berra” foi o esforço das “pessoas de outras estirpes sociais, televisões e revistas” está a potenciar o etnocentrismo cultural, fenómeno cultural que é apanágio do grupo dos colunáveis desinteressantes. Isto é, há uma enorme tendência dos membros da “socialite” terem a presunção da superioridade da sua própria cultura face aos demais cidadãos.
Neste caso, a Cinha Jardim dá a entender que se não fosse a suposta estirpe sofisticada e esteta a que ela pertence (?!) a promover e atribuir civilidade ao Alentejo, estaríamos mergulhados no marasmo da parolice composta por gente nada cortês e com espírito tacanho.
Se é para alargar os nossos horizontes, então fico grata que a sua estirpe interrompa os seus imensos afazeres e venha ao Alentejo dar mais colorido cultural, de plástico, evidentemente!! Santa ignorância, haja paciência para tamanhas barbaridades decoradas e debitadas em meia dúzia de segundos.
É uma estirpe que desvaloriza o facto de a par da cultura dominante existe a cultura dominada, também conhecida por subcultura. A sua presunção leva-os a não respeitar e asfixiar determinadas especificidades que caracterizam os Alentejanos: os nossos usos e costumes culturais, os nossos regionalismos no modo de vestir, de falar e particularidades gastronómicas. Sabemos que a nossa subcultura (como também as subculturas beirã, algarvia, por exemplo) tem pouca autonomia dado o domínio da cultura dominante. Uma vez que deve predominar a ordem social e para que tal aconteça pressupõe uma articulação saudável de todas as subculturas com a cultura dominante. Porém, não há necessidade de subjugar e humilhar nada nem ninguém.
Todos temos vários papéis sociais para desempenhar e cada papel social corresponde a uma posição social e por sua vez o conjunto de várias posições sociais dá origem ao estatuto social. Sabendo que o estatuto social é aquilo que a pessoa espera que a sociedade reconheça das várias posições que ela ocupa; a Cinha Jardim na posição de acumuladora-de-presenças-em-festas-de-espetadas-de-fruta-e-Detox-e-de-programas-televisivos-descartáveis acreditará que o comum mortal lhe reconheça valor capaz de lhe atribuir sapiência naquilo que diz aos microfones de uma rádio local. Esta “socialite” e outras da sua estirpe não perceberam uma das principais características da Socialização que é o facto de ser um processo dinâmico por pressupor adaptações constantes e permanentes da pessoa à sua sociedade.
Como a sociedade está em contínua transformação temos de acomodar-nos ao tempo presente, não aos aspectos sui generis da sociedade em que a dita “socialite” estava inserida há quarenta anos. Muitos terão memória curta ou revelar desconhecimento dos factos da nossa história, mas a mim não me apanham a fazer a curva em contramão.
“A estirpe não transforma os indivíduos em nobres, mas os indivíduos dão nobreza à estirpe” (Dante) e, por isso, sinceramente não me senti ofendida com esta opinião que assinala a mentalidade da subcultura das aparências e do dinheiro fácil da estirpe da Cinha Jardim e de outros pareceres que se vão somando e derretendo com a cálida soalheira alentejana.
Leio e esboço um sorriso irónico para as figurinhas tristes que estas “socialites” à portuguesa têm de fazer para que à noite os seus jantares sejam uma vichyssoise desenxabida.
Se os Portugueses pensavam que teriam um agosto para descansar bem podem esquecer porque:
- há outros portugueses bem parvos que nem precisam circular com o carro mas ainda assim fazem as filas crescer para tão só colocar 5 euros (que é o máximo que o depósito comporta). Os restantes que esperem…
- temos um sindicato que, tendo em abril comprovado o seu poder, acha que pode parar o país cada vez que lhe apetece.
- uma associação de patrões (ANTRAM) que agora acha que pode nem se sentar à mesa (quando governo e sindicatos apelam a que o faça) e que acha que os contribuintes podem pagar diariamente a agentes da polícia para acompanhar camiões que trabalham para si. Devem pensar que sai grátis!
- um governo que percebeu que uma greve e uma posição dura com os grevistas lhe pode valer votos nas eleições (teatro já feito com professores e enfermeiros) e para isso não faz o suficiente para que exista negociação. Ainda que a Requisição Civil esteja bem decretada podia ter sido feito mais, nomeadamente obrigar patrões e sindicatos a sentar à mesa, em vez de tomar desde logo a posição da ANTRAM contra o sindicato. E até deveria ter apoiado o sindicato no que se refere a colocar aquilo que é vencimento na rubrica salário base, em vez de ser em extras (muitos deles não tributados). Ninguém deveria ganhar mais em extras que em salário base!
Posto isto, quem se lixa são os Portugueses normais!!!!!
P&O na Planície: Bom Fim de Semana 20 = O Governo com a Antram encheram de pedras o caminho dos motoristas de matérias perigosas. Por sua vez, muitos contribuintes ao entregarem cheques... carecas para fazer o pagamento dos impostos colocaram muitas pedras no caminho do Governo. Um dia é da caça, outro dia é do caçador. O António Costa devia equacionar decretar o regime de requisição civil para recuperar os 3,7 milhões de euros que deixaram de entrar nos cofres das finanças devido às façanhas de certos contribuintes. A minha sugestão agrada-lhe, meu caro Primeiro-Ministro António Costa?