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Perspectivas & Olhares na planície

Perspectivas & Olhares na planície

Serpa: gastos desnecessários...

Detalhe do Contrato 

Data de publicação no BASE 13-06-2017
Tipo(s) de contrato Aquisição de serviços
Tipo de procedimento Ajuste directo
Descrição Eleboração do projeto para Monumento ao Cante Alentejano
Fundamentação Artigo 20.º, n.º 1, alínea a) do Código dos Contratos Públicos
Fundamentação da necessidade de recurso ao ajuste direto (se aplicável) ausência de recursos próprios
Entidade adjudicante - Nome, NIF Município de Serpa (501112049)
Entidade adjudicatária - Nome, NIF José manuel da Silva Teixeira (138142661)
Objeto do Contrato Eleboração do projeto para Monumento ao Cante Alentejano
Procedimento Centralizado -
CPV 71242000-6, Preparação de projecto e concepção, estimativa de custos
Data de celebração do contrato 09-06-2017
Preço contratual 9.050,00 €
Prazo de execução 10 dias
Local de execução - País, Distrito, Concelho Portugal, Beja, Serpa

Fonte: BASE

O aviso está feito: o valor de 9.050,00 € é a estimativa de custos, logo o projeto para o monumento ao Cante Alentejano vai ser mais caro ao contribuinte serpense.

 

Ora, se todos os anos promovem o Prémio Ibérico de Escultura Cidade de Serpa não podiam aproveitar esta iniciativa e pedir aos artistas participantes que  idealizassem uma escultura que simbolizasse e homenageasse o Cante Alentejano. Justificaram o pedido da contratação do escultor por ausência de recursos, na verdade não sabem fazer sinergias com as iniciativas que promovem. Desaproveitamento sinónimo de gastos desnecessários e para municípios pequenos como o de Serpa é uma forma de gestão dos dinheiros públicos inadmissível. Quando vai dinheiro para algo supérfluo, fica a faltar para a resolução de problemas prioritários para o cidadão que vive em Serpa. 

Caixa Geral de Depósitos: A escravatura das comissões bancárias

 

"Nenhum homem recebeu da Natureza o direito de dirigir os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo tem o direito de a utilizar como entender, tal como a razão."

Diderot, Enciclopédia

 

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) trata os seus clientes tal como a sociedade ateniense (século V a. C.), tratava os seus escravos: sem quaisquer direitos e com a obrigação de trabalhar para o Estado ou para os seus donos. Os clientes do banco do Estado têm de pagar os sucessivos desvarios de diversas equipas de gestão que passaram pela Caixa que a deixaram em

 

Pode interessar 10: Aplicação Registo Viajante

 

A Aplicação Registo Viajante destina-se a quem efetua viagens ou deslocações de curta duração no estrangeiro. O registo no Ministério dos Negócios Estrangeiros é voluntário, fácil e gratuito.
Os dados pessoais inseridos na Aplicação são utilizados pela Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas que garante a sua segurança e confidencialidade.
Quem se inscreve na Aplicação Registo Viajante :
- Recebe recomendações de segurança no equipamento móvel sempre que a situação no país visitado o justifique.
- Recebe informações sobre condições de segurança nos países que pretende visitar.
- Tem acesso a contactos em caso de crise grave no país em que se encontra.
- Pode ser localizado
 
 

Escola Secundária de Serpa: até quando sem obras?

 

 "(...) acabou-se o Alentejo ou então o Alentejo um reflexo no vidro, acabaram-se os campos, acabaram-se os montes, acabaram-se as tabernas à beira da estrada, só sobrevive o vazio (...)"

António Lobo Antunes, Para aquela que está sentada no escuro à minha espera

 

A Escola Secundária de Serpa começou o novo ano lectivo como terminou o anterior: numa escola degrada.

É inaceitável a única escola secundária no concelho de Serpa, com a valência de ensino básico, não proporcionar as condições de comodidade e segurança exigidas para a prática de um ensino que se pretende de qualidade por mais que os docentes se empenhem e os alunos colaborem. Em Janeiro deste ano, os telejornais abriram com o protesto e a decisão do director de fechar a Escola Secundária Alexandre Herculano, no mesmo dia os alunos e docentes da Escola Secundária de Serpa organizaram um protesto contra as condições precárias do estabelecimento de ensino. Porém, este protesto não abriu telejornais, como sucedeu com a Escola secundária Alexandre Herculano. A Escola Secundária de Serpa fica num município do interior profundo de Portugal, por isso só tem direito a um directo no jornal da hora de almoço e às notícias de rodapé. Em contraposição, a Escola Secundária Alexandre Herculano fica na cidade do Porto logo, tem direito a abertura de jornais da noite a semana inteira com reportagens a detalhar a degradação do edifício e com diversas entrevistas aos VIP's que estudaram no Liceu para testemunhar a pseudo-consternação pelo edifício estar à beira do colapso. Nada contra. O que me indigna é a diferença de tratamento dos órgãos de comunicação social, duas escolas com o mesmo problema, contudo em primeiro plano colocaram a Escola do Porto e remeteram para segundo plano a Escola de

Ora, o problema das salas fechadas com infiltrações na escola do Porto, não será da mesma ordem de gravidade o problema das salas fechadas com infiltrações na Escola de Serpa? Ora, fizeram vista fina aos problemas nas redes de esgotos, canalização, eléctrica e à falta de isolamento visíveis na Escola do Porto, e fizeram vista grossa aos problemas nas redes de esgotos, canalizações, eléctrica e falta de isolamento na Escola de Serpa. Esta dualidade de critérios feita pelas televisões vem acicatar a existência de portugueses de primeira e portugueses de segunda.

O que é certo é que a Escola  Secundária Alexandre Herculano foi requalificada e a Escola Secundária de Serpa continua a sua senda pela decadência. Bem sei que a requalificação da Escola Secundária é função do Ministério da Educação, mas o Presidente da Câmara de Serpa tem demonstrado pouco interesse pela causa, pois só fica preocupado quando há protestos organizados por outrem e aproveita para dizer presente e divulga que tem treinado o seu dom de escriba, dadas as tantas missivas que enviou para o Ministro da Educação. É pena quando escrevinhou o seu programa eleitoral se tenha esquecido de incluir como uma das prioridades na área da educação a reivindicação junto do Ministério da educação a requalificação da única escola secundária no concelho. Mais uma vez expresso que é pena que o Presidente da Câmara de Serpa, em relação ao problema da escola, não tenha despendido o mesmo afinco e a mesma capacidade de mobilização aquando do processo da candidatura do cante alentejano a património imaterial da humanidade. Para a valorização do cante, que nem é exclusivo de Serpa, bateu a todas as portas, viajou até à capital, tudo por causa do cante, já para resolver o problema da escola o seu esforço resumiu-se a umas cartas escritas ao ministro que tutela a educação. Pouco, muito pouco. O Presidente da Câmara de Serpa e Ministro Tiago Brandão Rodrigues apresentaram o mesmo critério: o da indiferença. O ministro relativizou as cartas e o que é que o autarca fez de Janeiro até ao momento? No debate Prós e Contras desta semana, na RTP 1, debateu os constrangimentos e dificuldades no Alentejo e, nesse sentido estavam presentes vários autarcas para mostrarem e exigirem a resolução dos problemas dos seus munícipes, onde estava o Presidente da Câmara de Serpa? Pois, a cobertura da escola ainda não desabou! Será que a Escola Secundária de Serpa é elegível em alguma categoria catita de salvaguarda do património da UNESCO ou organismo semelhante? Esta pergunta tem pertinência, uma vez que o Presidente da Câmara de Serpa está especialista em gizar candidaturas com elevado índice de aprovação em organismos como a UNESCO.

Ironias à parte, o que importa relembrar aos intervenientes do poder central e local é que estão a perpetrar uma desmedida injustiça com a menorização dos problemas das coberturas e isolamento da escola, com a existência de laboratórios obsoletos pedagogicamente e tudo aquilo de positivo que a renovada escola do Porto tem para proporcionar aos seus alunos e que, infelizmente os alunos da escola de Serpa não podem usufruir, neste momento.

 

 

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Post Scriptum: as condições miseráveis que o edifício da Escola Secundária de Serpa apresenta, não pode ser justificação para o desleixo que se assiste continuadamente nas áreas exteriores envolventes à escola. Ou seja, entramos no portão principal da escola e olhamos para o lado esquerdo e em vez de se ver um espaço verde a ladear o parque de estacionamento, vemos os funcionários a fazerem da escola uma extensão das suas casas: capoeiras com galinhas, casotas com cães, sujidade, lixo... Sem esquecer a erva por cortar que vai secando sem que algum funcionário inclua nas suas tarefas diárias o corte do ervançal. Se calhar o dono das galinhas ainda não se lembrou de ter uma ovelha para pastar nos terrenos ervosos da escola!!! Fica a sugestão...

 

E se fosse no Alentejo?

“Chuva apanha autoridades desprevenidas numa altura em que finalmente estavam com tudo a postos para a época de incêndios”

 

Morreram mais de cem pessoas nos incêndios este ano! Faltou, na maioria das situações, um atempado e coordenado aviso às populações, corte eficaz das vias de trânsito e redireccionamento dos que por elas transitavam. Não se admite que com aquele cenário a A25 continuasse aberta! Depois de visionadas as imagens captadas nos telemóveis pelos que nela circulavam, percebemos que poderia ter sido ainda bem pior.

O SIRESP não funciona, ou pelo menos não funciona devidamente, e já todos tivemos prova disso. No meio do Atlântico, barcos e aviões conseguem comunicar com terra… mas infelizmente em território português, durante um incêndio (e possivelmente em qualquer outra situação de catástrofe), não temos comunicações viáveis. Porquê? Não há satélite por aqui?

Mas esta falha das operadoras de comunicações percebe-se no dia-a-dia alentejano! Muitos dos que vivem na Serra de Serpa ou Mértola simplesmente após a introdução da TDT ficaram sem televisão ou com uma televisão que só funciona às vezes. Em dias de vento raramente há sinal. O que fizeram os Presidentes das Câmaras alentejanas para resolver esta fraca cobertura das operadoras? NADA. Relembramos que uma das cláusulas para a privatização era a cobertura nacional, que não acontece. Caso tenhamos por cá uma catástrofe, a descoordenação provocada pelo caos das comunicações será tão nefasta como a que aconteceu no interior da zona centro. Possivelmente agora aquela zona até ficará com uma cobertura razoável devido aos milhões atirados para fechar os olhos às populações. MAS O INTERIOR ALENTEJANO CONTINUARÁ NA MESMA.

 

Podíamos ter tido desde logo o exército a patrulhar a floresta, drones (que nem custam muito dinheiro), pilotos da força aérea a comandar aeronaves … mas NÃO quiseram. Tínhamos que pagar milhões a empresas privadas de aviação civil, milhões a lobbies de diferentes sectores, desde logo oficiais da própria força aérea pois estes (segundo foi noticiado pelo Sexta à Nove e não desmentido) tiram férias em agosto apenas para pilotar aviões privados bem pagos (e que se saiba a legislação desde logo proíbe que se trabalhe de forma remunerada nas férias), …

O Perímetro de segurança nas estradas está legislado… o que fizeram os Presidentes das Câmaras afectadas para colocar em prática a legislação? Nada. E depois passam o tempo a dar entrevistas e a falar em falta de meios, a elogiar bombeiros e populações (populações essas que na sua generalidade também nada fizeram para proteger as suas casas e os seus terrenos a não ser quando não o deveriam ter feito, ou seja aquando do incêndio)

E depois há os incendiários… que ora não sabiam o risco de queimadas ou de atirar foguetes em festas populares, ora estavam perturbados… e vão todos para casa contentes. O povo paga e pior ainda…há pessoas a morrer queimadas. Uma morte horrível (mesmo que não exista uma morte boa como dirão alguns).

É preciso tornar a mão da justiça mais pesada, é preciso fazer cumprir as leis que já existem e criar outras mais eficazes, é preciso montar uma proteção civil que funcione, … e sobretudo é preciso coordenação (com comunicações a sério) para não colocar vidas em risco e proteger o erário público de gastos desnecessários e ineficazes.

 

A ver vamos se a história não se repete com as cheias ou um sismo de maior dimensão.

incendios.jpg

 

E se fosse no Alentejo?

“Chuva apanha autoridades desprevenidas numa altura em que finalmente estavam com tudo a postos para a época de incêndios”

 

Morreram mais de cem pessoas nos incêndios este ano! Faltou, na maioria das situações, um atempado e coordenado aviso às populações, corte eficaz das vias de trânsito e redireccionamento dos que por elas transitavam. Não se admite que com aquele cenário a A25 continuasse aberta! Depois de visionadas as imagens captadas nos telemóveis pelos que nela circulavam, percebemos que poderia ter sido ainda bem pior.

O SIRESP não funciona, ou pelo menos não funciona devidamente, e já todos tivemos prova disso. No meio do Atlântico, barcos e aviões conseguem comunicar com terra… mas infelizmente em território português, durante um incêndio (e possivelmente em qualquer outra situação de catástrofe), não temos comunicações viáveis. Porquê? Não há satélite por aqui?

Mas esta falha das operadoras de comunicações percebe-se no dia-a-dia alentejano! Muitos dos que vivem na Serra de Serpa ou Mértola simplesmente após a introdução da TDT ficaram sem televisão ou com uma televisão que só funciona às vezes. Em dias de vento raramente há sinal. O que fizeram os Presidentes das Câmaras alentejanas para resolver esta fraca cobertura das operadoras? NADA. Relembramos que uma das cláusulas para a privatização era a cobertura nacional, que não acontece. Caso tenhamos por cá uma catástrofe, a descoordenação provocada pelo caos das comunicações será tão nefasta como a que aconteceu no interior da zona centro. Possivelmente agora aquela zona até ficará com uma cobertura razoável devido aos milhões atirados para fechar os olhos às populações. MAS O INTERIOR ALENTEJANO CONTINUARÁ NA MESMA.

 

Podíamos ter tido desde logo o exército a patrulhar a floresta, drones (que nem custam muito dinheiro), pilotos da força aérea a comandar aeronaves … mas NÃO quiseram. Tínhamos que pagar milhões a empresas privadas de aviação civil, milhões a lobbies de diferentes sectores, desde logo oficiais da própria força aérea pois estes (segundo foi noticiado pelo Sexta à Nove e não desmentido) tiram férias em agosto apenas para pilotar aviões privados bem pagos (e que se saiba a legislação desde logo proíbe que se trabalhe de forma remunerada nas férias), …

O Perímetro de segurança nas estradas está legislado… o que fizeram os Presidentes das Câmaras afectadas para colocar em prática a legislação? Nada. E depois passam o tempo a dar entrevistas e a falar em falta de meios, a elogiar bombeiros e populações (populações essas que na sua generalidade também nada fizeram para proteger as suas casas e os seus terrenos a não ser quando não o deveriam ter feito, ou seja aquando do incêndio)

E depois há os incendiários… que ora não sabiam o risco de queimadas ou de atirar foguetes em festas populares, ora estavam perturbados… e vão todos para casa contentes. O povo paga e pior ainda…há pessoas a morrer queimadas. Uma morte horrível (mesmo que não exista uma morte boa como dirão alguns).

É preciso tornar a mão da justiça mais pesada, é preciso fazer cumprir as leis que já existem e criar outras mais eficazes, é preciso montar uma proteção civil que funcione, … e sobretudo é preciso coordenação (com comunicações a sério) para não colocar vidas em risco e proteger o erário público de gastos desnecessários e ineficazes.

 

A ver vamos se a história não se repete com as cheias ou um sismo de maior dimensão.

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