O comboio da discórdia
Não, não vou comentar nada acerca do TGV pois já estou extremamente farta de pessoas a favor ou contra este comboio!
Vou falar dos outros… os que existiam e já não existem!
Ainda com o aeroporto às moscas (pois aviões nem vê-los, e mesmo as companhias com larga participação do estado julgam-se no direito de nada querer com o Alentejo), Beja perde agora o comboio que a ligava à capital. A CP bem podia fazer obras faseadas, bem podia levar apenas os 6 meses que tinha previsto inicialmente, mas não… a linha vai fechar durante um ano. E não se sabe se abrirá no futuro pois há quem diga que é apenas um pretexto para encerrar definitivamente dado que não dá lucro. A verdade é que somos poucos e por isso não damos rendimento às grandes empresas… que depois são subsidiadas pelo estado por prestarem serviço público.
É serviço público mas não é para todos!
O serviço da Rodoviária/ Rede Expresso fica igualmente muito aquém das necessidades da população pois se, por acaso, um habitante de uma das aldeias do concelho de Beja, sem transporte próprio, decidisse trabalhar em Évora (50 minutos de carro) apenas lá chegaria ao meio dia… chegaria a Beja às 8.00 no mínimo e o primeiro autocarro para Évora parte às 7.10… sendo o seguinte apenas às 11.30 (chega depois das 12:30 ao destino). Sem falar do preço!
Enfim… cada vez mais perdidos na planície (ou talvez “deserto” como salientava coerentemente Mário Lino)